Coleção pessoal de juvenilcosta
TEU SORRISO
Autor: Juvenil Gonçalves
Teu sorriso é como uma estrada sem fim
É como um bolo doce que não se acaba
É como um temporal que desaba
Sobre as flores de um jardim
É como uma nuvem branca passageira
É como na floresta a clareira
De uma luz penetrante e feliz;
Da aurora até chegar ao arrebol
Com a intensidade dos raios do sol
Aquecendo as águas de um chafariz
Ah... teu sorriso às vezes fogo
Às vezes frio às vezes vulcão;
Ah... teu sorriso às vezes tristeza
Às vezes tempestade sem maldades
Teu sorriso sempre paixão
Na praia, brisa e frescor
Um sorriso todo feito de amor
Romântico de Romeu e Julieta.
Da fanfarra o som da clarineta
Nas selvas, voz de passarinho
Da natureza toda a inteligência
No capitólio completa a benevolência
E em teu rosto, riso de Jesus menino
Teu sorriso às vezes chuva
Às vezes sereno às vezes trovão
Ah... teu sorriso às vezes febre
Na gelada e alva neve
Ah... teu sorriso paz no coração.
Ah... teu sorriso luz colorida
Da árvore de natal
Teu sorriso flor de margarida
Teu sorriso fantasia de carnaval
Ah... teu sorriso luz de pirilampo
Viajando pelas madrugadas
Perambulando pelos campos
Incendiando as alvoradas
Ah... teu sorriso...
Luz de pirilampo
Reflexo de relâmpago
Sobre um pântano
Arborizado e florido
Folhas verdeadas
Rosas enfeitadas
De borboletas douradas
No néctar colorido
Mas...
É um sorriso tão brilhante
Como as estrelas no infinito
Faiscando sobre o mar
Onde o nauta canta canções
Recita um poema soleando
Na lira do deus Apolo:
LA VITA NUOVA de Dante
Em louvo a Beatriz
E segue de mar a dentro
...e novamente canta:
Um sorriso da cor do céu
Um sorriso da cor do mar
Um sorriso de doce mel
Um sorriso de doce olhar;
Um sorriso refrescante
Um sorriso de pureza
Um sorriso apaixonante
Um sorriso de princesa
Covid-19 EM ALITERAÇÃO.
A POESIA DE JUVENIL GONÇALVES.
Corona covarde, carrasco de coroa cromada, cristalizada, crostada, criando carnificina, comandando cobras cascavéis que comem carne crua cuspindo chuva contaminada, cunhando coisas cruéis como chacais carrascos, carniceiros, cancerígenos, capazes de causar cheiro chulo de chulé clonado e coado nas cloacas chocas causando crise de carona no carro corola conduzido com Covid-19... Caramba!
Vírus voraz, viajante, viciado, viscoso, viajando, vagaroso, veloz, vagueando pelas veredas das vidas veladas vacanciosas, voláteis, vendo vítimas vivenciar com vontade vitalícia de volúpia, vacilando nas vísceras dos velhos vulneráveis, voando velozmente no vento venenoso. Víbora, vendo à vista a vontade de vencer o verme de virada chamado vírus vampiro...
Milita
Autor: Juvenil Gonçalves
Milita menina dengosa
Com seu vestido azul anil
Chapéu com botão de rosas
Exalando perfume juvenil
Piscando como diamante na areia
De um jardim de acácias
Cantando como uma sereia
Num universo de galáxias
Mas será que Milita
Pode vir aqui me ver
Com esta distância analítica
Que me faz enloquecer?
Deusa cubanita
Autor: Juvenil Gonçalves
Lá se vai minha cubanita
Rosto lindo pelo vento beijado
Chuva lambendo os cabelos dourados
Lavando os fios esticados
O espírito brando e acalmado
Sentimento por mim enamorado
O corpo de manequim desenhado
Com o hálito perfumado
Com os passos ensaiados
O nariz bem afilado
O sorriso de neném mimado
Os dentes branqueados
O sutiã bem apertado
Os seios empinados
Parecendo uma flor de ipê rosado
Sob um luar prateado
Vindo de um céu todo estrelado
De um paraíso encantado
Cheio de cupidos apaixonados
Que de tanto amor me deixou embriagado.
PRINCESA DA MONTANHA
Autor: Juvenil Gonçalves
De todas as rosas já beijadas
Existente em todos os jardins, inclusive no Éden
Apreciadas por todos os colibris
Daquelas que foi fabricado o mais nutritivo mel
E também enfeitado a grinalda mais bela
De uma famosa manequim na passarela
Desfilando reluzente e deslumbrante
Como a mais sex das donzelas:
É flor sem cheiro, é somente maranha
A rosa mais perfumada és tu, Princesa da Montanha.
De todas as princesas deste mundo
Que viveram do ocidente ao oriente
Que venceram as batalhas mais intrépidas
Que conquistaram os reinos mais difíceis
Designando conjuntamente as simuladas
Pelos melhores escritores, narradas
Nos livros para adultos e crianças
Nas histórias reais e contos de fadas:
Não tem sentido, pois não é a Princesa Mantovana,
A mais real de todas, a Princesa da Montanha.
De todo metal precioso
Existente em qualquer mina
Concentrado nos antigos castelos
Ou que pertenceu a algum senhor feudal
Que teve milênios de duração
Que já foi propriedade de Califa ou Sultão
De Marajá da Índia ou guerreiro do Japão:
Não tem valor, não vale barganha:
Muito mais valiosa és tu Princesa da Montanha.
De todas as esmeraldas faiscantes
Possuídas por rei, rainha ou imperador.
Depositadas no alforje de um pirata
Ou infiltradas na constelação de Andrômeda
Vacilando no fundo de rio ou de um mar
Que já estiveram em poder do ladrão de Bagdá
Até mesmo as enfeitiçadas por um Grão-Vizir
Ou conquistadas por Ali-Babá:
Não faz sentido, pois não é a princesa mantovana
A mais real de todas, a princesa da montanha.
De todas as palavras que rolaram o tempo
Encontradas em todos os vocabulários
Interpretadas em todas as línguas
Até as escritas no Código de Hamurábi
As que formaram os provérbios do rei Salomão
Incluindo todas que compuseram Alcorão
Levando em conta as neológicas
Inventadas por Sócrates ou Platão:
São todas feias, ridículas e estranhas
Comparando-as com o teu nome, Princesa da Montanha.