Coleção pessoal de Juniorfrio
"As vezes não sei se me explico mal, se as pessoas não querem me entender, se não tem essa capacidade... Ou se eu só consigo ver a minha versão dos fatos."
"As vezes, só as vezes é que eu vejo que tenho coragem de enfrentar a minha covardia em não me desafiar e não me enfrentar!"
"As vezes eu sei! Não adianta tentar fugir do que está no seu coração, pois o que está no seu coração, não foge de você."
Poesia marginal
é aquela feita em qualquer esquina
de qualquer lugar, por qualquer ser pensante.
Seja ela de criticas sobre a vida...
Ou o desabafo de um amante
que não segura as palavras
em seus pensamentos
e as transbordam em
tinta e papel, de
qualquer lugar
em qualquer
esquina.
"UM DEVANEIO PRA VC"
AS VONTADES QUE PARECEM NÃO TER MAIS FIM
O DESEJO QUE NOS UNE
E ESSE TEU CHEIRO QUE NÃO SAI DE MIM
TEU ÊXTASE QUE ME ENVOLVE
TUA BOCA QUE ME BEIJA...
NOS TEUS BRAÇOS, ONDE ME PERCO E NÃO ME ACHO.
ME DEIXA TER ESTA OVERDOSE DE VOCÊ.
ME DEIXA TE PERDER E TE ACHAR EM UM INSTANTE
ME DEIXA SER TEU INSTANTE
ME DEIXA IR,SEM SABER SE VOLTO MAIS...
PORQUE EU SEMPRE VOLTO
MESMO SEM SABER.
As vezes as pessoas insistem em nos lembrar dos nossos erros passados, como se dissessem que nenhuma boa ação que agente faça pudesse apagar.
Carvalho Do Dia
"08-12-2015"
Hoje eu acordei
com o gosto de você
na boca,
seu cheiro em mim
uma coisa sua que
ficou aqui...
No meu travesseiro
encontrei um fíu
do seu cabelo, laranja,
como um lembrete
de um daqueles
momentos loucos
que vivemos por alguns
instantes, amantes, talvez.
Mais intenso do que
qualquer uma das outras vezes
nos provocamos, aprazerdes,
uma suavidez em te tocar com
calma, e devagar te sentir
teu gosto bom, com morangos
sim, nos sentir e consentir
delícia, prazer, êxtase que
os anos não vão extinguir.
Mesmo sem saber
se ainda vou te ver
e ate quando vou poder
te ver, eu curto você, abraço você
arrepio você, devoro você, mordo você
beijo você, aperto você
e sempre solto você,
vejo você ir e vir,
sempre é bom te rever
hoje eu acordei com
o gosto de você.
Às vezes só precisamos de alguém que nos ouça. Que não nos julgue, que não nos subestime, que não nos analise. Apenas nos ouça.
FLOR PELEGRINA
E eu que não sei quase nada
sobre as flores de outrora
da primavera que trazes
pluriflora, aflorar.
Na noite de partida, o teu pólen
que brilha na brisa da noite
convida-me a um momento de
embriagues, nem pensei
parei, fiquei, gostei...
Admirei! Observei, fixei
meu olhar discreto em teus movimentos
teus gestos, em teu balançar
encheste meu copo com o mel
de teus olhos, me convidaste a ficar.
Entorpecida pelo luar
e tudo que a noite nos dá
me seduz, me conduz
com suas folhas a me abrigar
tudo preenchido está, e nada está vazio
preciso do teu corpo quente, estou sentindo frio.
Me envolver me elucidar, em meio a tuas pétalas
viajar, afagar e te degustar
deixa chover, deixa ventar, deixa faltar
só quero te sentir, sim, vamos nos torturar
pois a noite ainda dura
e agora sempre durará.
Em suas raízes desprendidas
aguardei a sua despedida
flor nativa, querida
não estais fixada em nenhum lugar
sei que continuas a peregrinar
o mundo é teu, flor Jucá.
As vezes escrevo a mim e para mim, sem receios futuros pois a escrita me permite um registro de sentimentalidades e nostalgias posteriores, dedicado a tudo que existe no universo do pensar, escrever é criar.
As vezes um homem precisa estar só, não com a frieza da tristeza mais digo mergulhado espiritualmente dentro de si mesmo. Pois é lá que ele descobre os seus principais mapas do tesouro.
SINTOMAS DE MIM MESMO
Sentindo-me
no vazio do meu ser
angustia e agonia
por na verdade sobreviver
entre as paredes deste sofrer
tentar e não conseguir esconder
o descontentamento explícito
em minha face ao esmorecer
odiosamente a meu ver
os dias passam-se sem esquecer
nem um momento dos lamentos
jogados ao vento
um alivio por um tempo...
Eloquência na decadência
como um refugio
a minha existência.
Eufórico
deleito-me em pensamentos
e questionamentos
como em uma viagem cósmica
dentro do meu, eu,
após uma aguçada constatação
me encontro
despido de qualquer pesar
disparo risos em meu sarcasmo discreto
pois pensar é tão voraz
quanto agir.
NAS ENGRENAGENS
De casa pro trabalho
do trabalho para casa
assim trabalha o ponteiro
pedalando mais uma jornada
um pouco de óleo para refrescar a labuta
e logo volta ao normal, continua a luta
mais acocho neste, naquele parafuso
confuso, inútil
deve haver algum defeito
erro na configuração
tudo esta se degradando rápido
só as máquinas continuam firmes no chão
engrenagens vivas por sangue pulsante
combustível necessário constante
mediante o custo do caos
desconhecido, estabelecido, incerto.
VESTIGES
Uma vida vivida
nunca se apaga
não importa se foi doce
não importa se foi amarga
uma parte da vida
no presente ou no passado
amor, alegria ou dor
já está registrado
não importa se dói
ou se está cicatrizado.
O ÚLTIMO LAMENTO
Chegaram ao ponto
aponto de se afogarem
em lagrimas de sua própria
crueldade
não tem perdão, não
ao ver corpos espalhados pelo chão
ao sentir o sol irradiando a poluição
secando o sangue que jorra
por muita mãos
o final da pouca vegetação, alimentação
que logo dirá ao homem, não
e a lamentação virá a extinção.