Coleção pessoal de Juliano_Cosme

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Meus cortes não ardem no corpo
Mas sangram e doem
Mutilo a mente com o que não existe no presente
Arranco pedaços e ela chora e agoniza por perdão e aceitação
Seus cortes ardem nas próprias chamas
Ela se afoga no próprio mar de sangue
O aroma do vermelho a adoece
Mas ela tem medo que a cor mais quente não suma
E continue a queimá-la
Ela só quer soltar as pedras que achou no caminho
Pois elas não brilham
Apenas escurecem com o tempo
Apenas a matam com o tempo
Tantas coisas matam-a lentamente
E ela não dá mais conta de si
Se sente cansada do cotidiano negativo
Sente a esperança desbotando com o tempo
Mas nesses momentos mais complexos ela lembra
Lembra claramente dos dentes brancos e amorosos que teve a chance de corresponder
Lembra do tom agradável que já ouviu que junto a sua voz criava uma
harmonia macia
Molhar a ferida arde
Mas cada gota é única
Algumas brilham mais
Outras menos
Mas cada gota conta
Cada gota cura
Elas apaziguam sua personalidade instável
E purificam aos poucos o seu ser
Sozinha a pobre mente não se cura
Ninguém se cura sozinho
Seus músculos se fortalecem a cada dor
Sua agonia se desfaz cada vez mais com o tempo
Pois ele também cura
Viver não cansa