Coleção pessoal de julianamellocs
Viver um relacionamento com regras pré-estabelecidas com mútuo consentimento é o justo e o louvável. Viver regras que sejam burladas por um só elemento do casal é injusto e dispensável.
E se somos controlados por tendências e tecnologias no mundo do consumo fácil (somos e não podemos negar) por que não o seríamos no campo ideológico? Falta de privacidade e democracia não combinam.
Relacionamentos hoje vão e vêm com a mesma presteza das conexões de wi-fi. E se chegarem os dias difíceis de fim é preciso estar pronto pra não se afetar demais.
Homem quer par, quer amar, quer sossegar. Não duvidem. Ele só é muitas vezes trapaceado e pego de surpresa pela sua natureza. É como questionar o ferrão da abelha quando nos atinge: sabemos que não era nada pessoal.
Portanto, diante de tantos destroços emocionais desse fatídico dia seguinte, comemorem ou lamentem o resultado das eleições, mas, sobretudo, resgatem a serenidade e uma certa simpatia digital se possível for. Readicionem amigos e façam a paz.
Somos seres cheios de instintos e impulsos e vivemos a culpa enorme de pensar no que fazemos. Fazemos porque sentimos, nos arrependemos porque pensamos. Temos desejos, fantasias e perversões. Muita coisa trancafiada, espremida num canto qualquer da gente, pronta pra saltar pra fora, às vezes, antes do término do primeiro drink.
Homem pensa besteira e mulher também. Tem pensamentos que a gente nao admite nem pra nós mesmos. Mas eles existem. E se isso é traiçao, é a traicao perfeita. Não há o que culpar nem o que perdoar. As pessoas traem em pensamento e não há nada nada que se possa fazer contra isso. Encaremos o fato.
Identificar a bondade e a maldade. Quero contrastá-las com toda a clareza possível. Errar é a regra. Somos humanos. Mas errar é diferente de fazer o mal. Quero quem erra, aprende, se humaniza e faz o bem.
Quando nos damos conta de que o tempo é irretornável e o passar dele nos conduz ao fim, perdemos oxigênio por alguns segundos ao menos. Não há o que se fazer, a não ser bebê-lo até o último gole. Se é pra passar, que passe deixando a chance de realizarmos pra nós mesmos.
Ciúme é sentimento universal, presente em todos os povos e raças, mesmo que com manifestações diferentes. Ciúme genético. Ciúme evolutivo (involutivo?). Ciúme tecnológico. Sempre ciúme.
O Diabo continua maquiavélico. Foi ele quem disse pras mulheres incríveis que elas devem se reprimir e se comportar pra serem boas de casar e de serem felizes. Mas ele sabia que a mulher feliz é aquela que tendo só um homem ou tendo cem, é, sobretudo, livre pra se divertir e cultivar sua intelectualidade e libido de forma consciente e independente, casada ou solteira. Diabo invejoso esse!
Faço aquilo em que acredito. Faço porque acredito no que pensei em fazer. Faço por que tenho a coragem de assumir que posso ter feito o errado. Faço sem certeza absoluta ou pretensão. Faço sem saber se é um talento ou não.
Mas tenho coragem de arriscar e inventar moda.
A fruta? A gente morde.
A sede? A gente mata na saliva ou na palavra do outro.
O convívio? A gente vira artista pra encarar.
O dia a dia? Céu e inferno. Faz parte.
A monotonia? Tem que descobrir o veneno pra combater.
A fonte? No corpo inteiro a gente descobre o seu esconderijo.
E se amar é ser pão e comida de quem se ama, o amor, seja ele qual for, vai sempre alimentar.
E nesse vaivém de fantoches humanos por aí, pessoas se esbarram, ideias se encontram e o incrível muitas vezes acontece: afinidades se desdobram em projetos, cumplicidade em parceria e atração mútua muitas vezes em amor. Ou seja, basta que pessoas certas se esbarrem no game e o milagre acontece, certo?
Errado.
Quero viver o suficiente pra fazer valer a minha existência e quero que mais pessoas possam ter essa sensação.
Pura sorte ou obra divina, o acaso não deixa de ser incrível por ser surpreendente, aleatório, soco no estômago ou bilhete premiado.
Desanimar quando não "vem tão fácil" é humano à grande maioria de nós. É difícil ver "o quadro maior", ver à frente do que todo mundo vê.