Coleção pessoal de JulianaBellafronte

Encontrados 17 pensamentos na coleção de JulianaBellafronte

porque você foi a construção da minha destruição
a paralisação da minha atuação
o teor da minha difamação
o calor que fez suar as minha mãos
você foi a porta pro meu alçapão
o medo da minha ambição
o verme da minha decomposição
o meu ouro de aluvião
a situação da minha condição
os transtornos da minha ilusão
o leão do meu brasão
a minha mina de carvão
a maior parte da minha decepção
o motivo da minha indisposição
as dores nos ombros da minha tensão
o guarda da minha prisão
as correntes da minha escravidão
a arvore da minha colisão
o padre da minha inquisição
você foi a vontade da minha introspecção
as ervas daninhas do meu pedaço de torrão
o mormaço do meu verão
a causa da minha reflexão
o escuro da minha solidão


25/10/2013 ás 00:15

Eu não preciso do menos
do escuro
do pobre e podre
Eu não preciso do afago obrigado
abraço implorado
de uma conversa forçada
Eu não preciso de nada que venha de mal grado
de forma a não respeitar por não concordar
não preciso de um ombro por obrigação
e sim, por disposição, altruísmo, compreensão.


16:49 08/09/2013

Domingo 19/11/2012

A TV e o computador coloriram aquele dia que não passava de:
Olhos inchados refletidos no café preto
Olhar pra cima, querer chorar
Ações imaginadas na frente do espelho
Sonhos sonhados deitados na cama
Cafés tomados na caneca com desenho de flores
Risadas cansadas em frente a TV
Raiva em frente ao computador
Agua tomada na garrafinha de plástico
Sementes de melancia espalhadas pela pia
Ações não concretizadas
Sonhos não realizados
Cafés não tomados
Risadas não ridas
Raivas não posta pra fora
Sementes não plantadas
Palavras não ditas
Situações não narradas
Desejos não partilhados

Eu tenho um futuro ideológico falacioso e maroto, transposto em emoções explicitadas a beira do nada, que claro, sendo o nada, não convence. Converter esse futuro ideológico ao seu oposto me traria de volta um passado falacioso concreto. Com representações falsas de uma imagem simbólica incoerente, audaciosa. Não que não a seja agora, é. É com todo esmero, audaciosa. Verdadeira imagem efetiva coerente, vibrante. Explicitamente cercada de caráteres migrantes e destoantes aos seus discursos fantasiosos, por vezes, concretos, destoantes. Semblantes de seres reais, mutáveis indefinidos, que na constituição dessas ideologias técnicas migram, navegam, buscam diversas maneiras de se encontrar. E se encontram. Encontram-se nas falácias contraditas de sonhos não sonhados, nas penumbras dos olhares cansados ao horizonte, nos discursos ditos, mas sentidos e efetivados de forma contrária, nos surtos de solidão em meio a multidão, nos olhares que transbordam sentimentos, na vontade de agregar pra si o sentido de pleno, próspero e completo desses seres reais, nos contextos fora de contextos que causam um anseio que perambula sem ser percebido, apenas sentido. Sem ser visto, mas exercendo seu total poder travestido de vontades próprias ou alheias adquiridas por influencias definidas como sendo boas, a si próprio, aos outros.


06/06/2013 22:44

Passei batom, você mandou tirar
Coloquei um rock pra ouvirmos, você mandou desligar
Quis falar sobre as coisas do rádio e da tv, você não quis escutar
Fui falar das emoções e sentimentos, você mandou eu me calar
Onde antes fora tudo ao contrário, agora tenho claro
O carnaval passou
Nosso amor acabou

06/05/2013 23:18

Meu amado,
não seja acanhado
contribua para o seu legado
prove o sabor aqui deixado
de frutas doces, mel, café.
Doce café, que desce quente
Nos esperta, nos acende.

Meu amado,
nunca tivemos um passado
nem iremos ter
nosso passado é o agora, o nosso agora é o pretérito
pretérito mais-que-perfeito
e isso basta.

Meu amado,
você não se pauta em perspectivas
jamais estarei em suas fantasias
jamais serei tua alegria, tua pupila
teu querer.

Meu amado,
agora me vou
deixo aqui minhas palavras
que não valem de nada
com um copo de café, meus devaneios se vão
as obrigações aparecerão.

06/05/2013

Me leve pra ver as brilhantes estrelas
Eu não estou rindo, mas tenho certeza que você está, mas eu não ligo
Eu não sou esse tipo e pessoa que se importa
porque tudo o que quero são coisas simples, um papel e uma caneta, uma taça de vinho, Chopin e um jardim
Um belo dia de sol, frio e uma breve criatividade ociosa pra jogar no papel
sem medo
Eu tenho certeza que você esta dando risada, mas eu não sou esse tipo de pessoa que se importa


03/05/2013 00:05

Hó meu amigo, externar esse sentimento fraternal e colossal aqui, não se faz uma tarefa fácil.
Ao som de Brahms, essas letras seguem seu ritmo, minadas pelos afazeres acadêmicos, não posso me desdobrar por mais tempo ou linhas.
Nessas poucas aqui expostas, cada dia é um dia, um humor, um assunto.
Porque as noites não são iguais. Não essas quentes noites frias.

15/16 de abril de 2013

Cenas vivas, mas imóveis. Cenas com movimentos claros, porém, entorpecidas. Pelo tempo, beleza, caixas de vidro, luz e calor apropriados. Cenas mortas. Mortas cenas que um dia tiveram vida nas mãos agitadas, nas paletas com cores primárias e suas derivadas, nos infinitos pincéis que quando posto na horizontal, poderia ir pra qualquer direção. Sem restrição, ressalva ou observação. Nos olhos vivos, a crueldade e indelicadeza, nos mortos, brilho e clareza. Ambos, sem dissociar o tempo, o espaço, o credo, a ideia, a classe, o talento.

Essa distancia está certa, fiquei aí mesmo, pois, você não me parece legal. Parece um criminoso andando a solta por aí, você é perigoso e não acha isso ruim. Você domina as doces cabecinhas doentes, as salgadas carnes fracas. Gosta do que vê, do que fala, do que faz. Gosta quando fazem tudo a sua maneira. Pois bem, sua doutrina está funcionando. Continue meu caro, continue, eu gosto disso. Gosto porque não sinto, não vejo. É abstrato, surreal, simbólico. E esse negócio de ficar pensando no infinito com esse cachorro latindo não tá legal. Isso é outra coisa meio irracional! Vamos, vamos, não pare de formar, treinar, orientar e mandar. Seu escravo cá está. Esse pensamento infinito com trilha sonora de um latido canino antes era movido por emoções e sensações. O criminoso perigoso às roubou. Roubou porque não é com emoções e sensações que se criam esses acontecimentos, nem com pensamentos no infinito. Talvez com o pensamento na terra, pode até ser que dê, mas no infinito é impossível.
Roubaram os infinitos.
Os infinitos.
Infinitos



19/03/2013 as 23:25

Síndrome De Brega - Lobão

"Não tem mais condição nem sim nem não, é guerra
A minha posição é uma só, num ferra
O nosso habitat é um só, a Terra
Eu tenho os pés no chão e você na estratosfera
Estou na minha e tenho os meus compromissos
E eu sou Mangueira e quem tem a ver com isso?
Tô sem vintém mas não devo nada a ninguém
Não devo nada e quero ver quem vai peitar, ah ah ah!
Quem vai? Ah! Ah!
Existe sim a sídrome de brega
Essa chantagem emocional que você prega
Você só dá valor e amor ao que te cega
A tua moda roda, roda, mas não pega
Existe sim a síndrome de brega
Não tem mais condição nem sim nem não, num ferra
A minha posiçào é uma só, é guerra
A tua moda roda, roda, mas não pega"

Não se preocupe, meu caro. Se você foi capaz de refletir sobre o que foi lhe dito, então não esta tudo perdido!

17/03/2013

Se os ditos "detentores do conhecimento" estivessem mais preocupados em desenvolver senso crítico e olhares analistas nos seus alunos, ao invés de "vomitar" em cima deles seu "conhecimento", a sociedade seria outra.

Agora dou-me conta que
teus olhos e cabelos negros,
tua boca rosada e sua desenvoltura me fazem falta.
Carinho, dedicação, compreensão
e conselhos dirigidos a mim
com uns tapinhas no topo da minha cabeça
me ajudavam a por as coisas no lugar
o carinho que tenho por ti não me cabe
simplesmente amo-te, sempre com detalhes em vermelho, sempre.

07/01/2013

Essas pradarias úmidas são escorregadias.
mas não existe a preocupação de cair, já caímos, não a conhecíamos.
Agora, a conhecemos.

Mostre a mim todo o sangue que irá jorrar quando tudo isso acabar
quando não houver mais pra quem correr
ou gritar
quando as forças se esgotarem e a necessidade de sair correndo chegar.

Eu sou nada e isso não me convém.
Toda essa disritmia entre paredes brancas servem pra algo
Pra beber xícaras de café as três da manhã
Pra não perceber o que se passa com as pessoas nas ruas, casas, bares
Pra ver que existe mais além daqueles códigos desenhados em uma folha de papel
Que na chuva se desmancha e vira nada
E o nada não convence.