Coleção pessoal de josue_braun
Tempo ao Tempo
Você que nunca olha pro lado
Não sabe o que fazer quando está tudo errado
E quando nada mais faz sentido
Busca um pouco de vida dentro de um comprimido
Um dia você vai se achar
Tudo prestes a acabar
Sozinho com todos os seus vícios
Daqui não se podem ouvir seus gritos
A coisa não muda
E você se acomoda
Porque a felicidade não machuca
Dar um tempo ao tempo
Não é nada mais
Do que outra desculpa
Todos retratos pendurados
No vazio do seu quarto escuro nada ao seu lado
Seus fantasmas brincam com você
Vive dias normais que só quer esquecer
Não vá se for pra voltar
Coisas passam, mas teimam em ficar
Certo das dúvidas que tem
Escondendo de si mesmo que já é outro alguém
Efeito Moral
A cidade ferve
E a paz não existe afinal
Quem vai pagar a conta
Quem vai poder te ajudar
As ruas estão cheias
Prisioneiros em um mundo marginal
É preciso aprender
A ficar sóbrio nesse caos
É tão normal se acostumar
Que triste é viver sem entender
Viver e não poder errar
O medo nos impede de tentar
Te oferecem um cale-se
E você bebe essa bebida amarga
Vê toda hora coisas que não pode desver
É mais um dia, é tudo normal
Mais uma bomba de efeito moral
Que explode em cima de você
A história se repete
Mas não há mais como voltar
Você paga e recebe
Palavras para se desinformar
Lutar por um ideal
Sonhar com revolução
E no final a verdade é
Uma questão de opinião
Mar Aberto
Eu não quero levantar
Cê tá linda na minha cama
Faz da minha vida correria
Mas eu sei que tu me ama
Quando me olha disfarça o olhar
Sorri de canto só pra provocar
Sai de casa pra me ver tocar
Na minha música tu dança
Eu só quero chegar mais perto
Teu peito é mar aberto
Eu só quero chegar mais perto
Teu cheiro me deixa esperto
Eu quero me embriagar de você
Eu quero fazer acontecer
Eu quero me embriagar de você
Te ter mais uma vez ao amanhecer
Eu quero me embriagar de você
Eu vou fazer acontecer
Eu quero me embriagar de você
Te ter mais uma vez ao amanhecer
Brisa Solta
O tempo passou
E eu vi ela voltar
Dona de si
Calmaria depois da chuva
Poesia da rua
Sorriso na alma
Na vida ela é rima pronta
É brisa solta
Perfume bom no ar
Felicidade que fascina
Corre pro meu lado quando apronta
Me faz querer ficar
Bem mais de boa
Me faz querer ficar
Na cama até a hora de almoçar
Mais Bonita
Será que existe alguém aí
Alguém com quem eu possa conversar
Será que eu perdi a fé
E não consigo acreditar em mais nada
Será que existe alguém aqui
Dentro de mim sussurram palavras
Será que eu perdi a razão
E não importa mais
Aonde leva essa estrada
Mas eu sei
Que algumas noites parecem infinitas
Mas eu sei que a realidade
Nem sempre é a história mais bonita
E tudo o que eu sei
Não significa nada
Depois do Fim
Se eu pudesse te contar
Tudo que eu já senti
Se eu pudesse ao menos acreditar
Que o melhor ainda está por vir
E se os meus sonhos
Não fossem apenas sonhos
E eu pudesse te abraçar e te fazer sorrir
Eu sei, não estaria tão difícil por aqui
Mas eu não vou me entregar
Eu não vou desistir
Se eu pudesse entender
O que eu já não entendo mais
E se eu pudesse te dizer
O que não tive coragem e deixei pra trás
Se eu pudesse voltar no tempo
Eu não te deixaria partir
Se eu pudesse voltar
Faria tudo pra te ter aqui
Mas eu não vou me entregar
Eu não vou desistir
Se tem que ser assim
Saibas que o teu sorriso
Brilha dentro de mim
Se tem que ser assim
Saibas que eu te amei
Desde o início
Até depois do fim
Deixar Levar
A vida é um sopro
Bagunçando os teus cabelos
Levando as ondas no mar
São os carros na rua
Tão depressa
Não te deixam atravessar
Fique um pouco mais do lado de cá
E a tua cara de sono
Desenhada no espelho
Dizendo que ainda é muito cedo pra levantar
É por tantas vezes
Ter um ombro pra desabafar
E outras tantas
Encontrar razoes em si mesmo pra continuar
A vida é sentir
Quando nem tudo faz sentido
É se entregar
Abrir os braços ao desconhecido
E se deixar levar
A vida é ventania
Arrastando as folhas no jardim
Deixando o teu perfume no ar
São pequenos instantes
Olhares que se reconhecem
Sem precisar falar
É tua musica preferida
Tocando enquanto você dança
À luz do luar
Natureza Morta
A natureza morta
Viva no teu olhar
As asas cortadas
O céu a se despedaçar
As vozes estão caladas
Não há porque lutar
Nós somos lembranças
De um passado
Que ninguém vai lembrar
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
Você se apaga
Antes mesmo de queimar
O destino está traçado
Ninguém pode mudar
As cartas foram marcadas
No nosso jogo de azar
Esse deve ser o fim
Mas você disse que não acabaria assim
Esse deve ser o fim
Você continua o vazio dentro de mim
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
A chuva lava
Mas não pode te salvar
E a natureza morta
Volta pra se vingar
De tudo o que fazemos
Ao invés de amar
Mundo Girar
Sempre fui de nenhum lugar
Quem sabe amanhã não é
Um bom dia pra recomeçar
Sempre fica a sensação
De que uma hora, tarde ou cedo
Vem e morre a solução
O vento passa perdido na manhã
Ele me leva e eu vou
Vou longe quanto preciso for
Diz pra mim o que ficou
Mas deixa o sol voltar
Palavras ficam soltas no ar
Deixa o tempo passar
Deixa a luz acesa e vem o mundo girar
Pra trás não interessa olhar
Da janela do quarto
Vendo as estações passar
Não sou o único a não ter certeza
Em cada passa a uma nova luz acesa
O vento passa perdido na manhã
Ele me leva e eu vou
Perder um tempo e ganhar um dia lá fora
Ver a chuva levar tudo embora
Brilhar e não pensar no pior
Vai fazer você se sentir melhor
Sentir Melhor
Você acorda pro mundo
Sentado em uma jaula
E não sabe como se libertar
Está cansado de fazer as engrenagens girar
Ofuscado pela modernidade
E toda caretice que o novo tem
É o velho ditado com uma nova cara
A diferença entre matar e morrer
Viver e sobreviver
Não vire as costas de novo
Não se vire contra ninguém
Nem todo mundo merece uma segunda chance
Dê o melhor de você o quanto antes
Machucar e depois pedir perdão
Exagerar pra esconder a solidão
Acreditar pra aceitar o que vier
Perder a fé pra voltar a ficar de pé
Se eu tivesse uma pista
Eu saberia exatamente o que fazer
Buscaria luz para um canto escuro em você
Sobre Você
A noite acaba
O sol vem socar a tua cara
Mais uma vez
Chorou escondida toda madrugada
Enquanto dançava
E ninguém percebeu
Se sente sozinha
Se sente uma ilha no meio do nada
Tão longe de casa
Tão longe de qualquer lugar
Mas não teme o destino
Como se fosse um rio
Que segue o seu curso
Pra nunca mais voltar
Você não precisa de ninguém
Pra te sentir viva
Pra te sentir bem
Você não deve nada a ninguém
Tua bebida tá paga
E os teus pecados também
Se o teu mundo perfeito
Não existe mais
Chegou a hora de enxugar as lagrimas
E reencontrar a tua paz
E a noite acaba
O sol vem socar a tua cara
Mais uma vez
Chorou escondida toda madrugada
Enquanto dançava
E ninguém percebeu
Se sente sozinha
Se sente uma ilha no meio do nada
Depois de Tudo
Vamos tentar descansar
Porque a vida nos cansa
E a gente sorri pra não chorar
As coisas que acreditamos
E as que não quisemos acreditar
E o que é o amor senão se entregar
Depois de tudo
Olha só onde a gente foi parar
Numa praça, num banco
E não ver o tempo passar
A gente se divide pra não quebrar
Não conjugamos mais os verbos no singular
Melodias que destoam das notas
Que a vida nos lança
Quando a gente não se permite errar
Somos dois em um só
A todo momento e em qualquer lugar
Inventaria desculpas só pra te encontrar
Um Novo Lugar
Vá, não olhe pra trás
Não há porque se arrepender
Não tenha medo
Todo mundo se perde por um momento
Não seria diferente com você
Novos caminhos pelas mesmas estradas
Um novo destino
Pra te sentir em casa
Mais uma vez
Cabe a você encontrar
Cabe a você se tornar
Um novo lugar
Onde você queira estar
Pra onde você queira voltar
Com quem você queira estar
Quando a chuva chegar
Vá, siga em frente
Acredite que o mundo é seu
Não dê ouvidos
A quem diga que não vai dar
Nem todo mundo sabe
Onde quer chegar
Mas eles não são iguais a você
Novos olhares sobre a velha paisagem
Um novo horizonte
Pra te sentir em casa
Demais, Demais
Você precisa ser você
Ninguém deve ter dizer como deve ser
Mas se perder sem querer
Virar as costas e viver
Como quiser viver
E você pode ver
Basta abrir os olhos pra tentar entender
Dessa vez lute pra valer
Não importa o que acontecer
Algumas coisas não têm explicação
Você precisa seguir a sua direção
Mesmo quando tudo parece der demais
Apenas ande seu caminho
Encontre aquilo que gosta e vai valer lembrar
Tantos anos na memória
A gente achava que nunca iria olhar pra trás
Pras respostas às vezes é preciso
Dar um tempo ao tempo só pra pensar
Um dia desses você vai encontrar
Os dias que teimam em voltar
Não Vá
Há tantos planos
Largados pelo chão
Há tantos passos
Buscando uma direção
Encontros e desencontros
Olhares e sorrisos
Que passam despercebidos
Em meio a multidão
E o cansaço vem
Em dias tão normais
As melodias se perdem
Em preocupações banais
Não vá se perder por aí
Mas também não fique sempre por aqui
O que passou não volta mais
Não adianta se desesperar
Com o que não aconteceu
Com o que ainda vai chegar
Singular
As luzes se apagam
E algo novo eletrifica o ar
As ruas se perdem
Transformam início e fim
Em um só lugar
E a razão se mistura
Com a pureza da loucura
E o coração volta a pulsar
Somos todos livres basta acreditar
Entregues à maré
Nós somos o mar
Enquanto o mundo atropela a vida
Eu giro sem pensar
Numa dança cigana tão singular
E a paz que eu procurava
Agora deixo me encontrar
Sei que ela me leva
Sem destino pra qualquer lugar
Qualquer Infinito
Vamos mais além só hoje
Quero o que posso
E o que não posso também
Já tenho há um tempo essa vontade de ir
Poder voltar e nada ser como antes
Fluir
Às vezes a vida nos leva a qualquer lugar
E a gente não sabe onde vai chegar
Já há tanto nesse mundo contra nós
Basta qualquer infinito com nós dois a sós
Atravessa a paisagem, vem me encontrar
Estou de viagem e não posso parar
Acreditava nunca mais conseguir sair
Agora só paro bem longe daqui
Medos Sem Razão
Pelas esquinas da cidade
Os grafites ecoam a solidão
As crianças brincam ao fim da tarde
Sem saberem rezar
Não pedem perdão
Por encontrar a felicidade na simplicidade da vida
Livre de medos sem razão
E as crenças te impedem de acreditar em si mesmo
Os teus olhos fechados mantém
A beleza da paisagem em segredo
E quem você é afinal
O que você encontrou
Os rios mudaram de direção
As folharam caíram ao chão
E você nunca mais voltou
Com Você
Quando estou contigo o tempo passa lento
Fico a espera assim de outro momento
Com você
Você na minha e eu na tua
Quero pôr o pé agora mesmo na rua
Pra te ver
Embarquei sem querer na tua viagem
Não sei porquê
Você ria e eu procurava as palavras
Pra te escrever, mas não encontrava
O que fazer?
O tempo todo a vida nos prega peças
Mas até hoje saímos bem delas
Por assim dizer
Me perdi sem querer na tua viagem
Não sei porquê
Encontrei em você um par
Eu me perdi e não quero mais voltar