Coleção pessoal de josebakunin
Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria fazer com que amássemos uns aos outros, mas não faz. Somos aterrorizados e esmagados pelas trivialidades, somos devorados por nada.
Inquieta é a mente que me habita e habitualmente me choca contra o mundo-modelo que me impuseram. Deram-me a senha e a perdi. Símbolos, formatações, paradigmas mais fáceis e controláveis não me apetecem: quero e preciso questionar. O amor, o ódio, a vida, a morte, o certo e o errado. Para muitos, belas e incontestáveis palavras; para mim, atrozes e incômodos pontos de interrogação... Sigo indagando o estabelecido e o imponderável.
Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali.