Coleção pessoal de jfernandanogueira
Quando a violência à diversidade de gêneros se reveste de roupagem religiosa, acende o alarme de que se choca o ovo da serpente. O nazismo resultou também da perversa ideologia religiosa que acusa os judeus de “assassinos de Cristo”.
Deus habita, sim, numa luz inacessível. É um mistério insondável com o qual não podemos brincar. Mas face ao padecimento humano, deixa sua transcendência, toma partido pelos oprimidos contra seus opressores e decide intervir, animar profetas como Oséias e suscitar líderes como Moisés, para libertar seus filhos e filhas humilhados e ofendidos.
Há de se refletir, nos mais diversos meios de nossa Igreja, se as ações pastorais e sacerdotais estão a buscar respostas a estas realidades ou se apenas cumprem as rubricas funcionais de uma “inação litúrgica”, uma vez que ação requer movimento e o não mover-se da liturgia a transforma em peça teatral, um monólogo de quem a preside. [...] a ação litúrgica deve ser como o caminhar de Jesus com os discípulos de Emaús: caminhar com os que perderam a esperança e já não sentem a presença de Deus, ouvindo suas histórias, conhecendo suas experiências e dando-lhes novo sentido ao caminhar.