Coleção pessoal de pensadorj
A insinceridade é um buraco negro que consome
o interior das pessoas. Um belo dia elas acordam
pra vida e percebem, tarde, que estão vazias.
Fuja de pessoas vazias. Siga seu caminho.
A estrada é longa. Não mais dê a elas o prazer
de sequer pensarem que te usaram por algum momento.
Eu não sei muito sobre o mar, mas eu sei que o caminho é por aqui. E também sei o quanto é importante na vida... não necessariamente ser forte, mas se sentir forte, se avaliar uma vez na vida, se encontrar pelo menos uma vez na mais antiga condição humana, encarando a cegueira, ficando surdo... com nada pra te ajudar além de suas mãos e sua própria cabeça.
Contar ou não nossos segredos
talvez seja apenas um mero detalhe...
E o que importa é se existe ou não
alguém que realmente queira ouvi-los.
Hoje eu decidi me ignorar,
não vou ouvir as vozes da minha cabeça.
Eu só me cansei, por agora, dessas dúvidas
que logo se dissolverão no ar.
Minha rotina tem sido ultimamente uma verdadeira
inimiga, me afasta de tudo que quero por perto,
de tudo que considero realmente essencial.
Por que no final, o que fica do passado são as lembranças.
Algumas facilmente lembradas, revividas.
Já outras, inevitavelmente substituídas.
Que o calor do sol de toda manhã seja suficiente
pra que eu tenha perseverança e esperança
de que as noites frias sempre passam.
É cruel, mas inevitável:
Quando você olha fixamente uma pessoa à sua frente,
está automaticamente ignorando todas as outras ao seu redor.
Hoje eu quero é que o agora passe...
E que em breve eu tenha tempo. Tempo pra não deixar
que as chances venham, mas as oportunidades passem.
Às vezes me bate aquela vontade de voltar no tempo...
Quando tudo ainda não era assim tão subentendido
e eu já via nos seus olhos, o futuro.
Pior que ver as coisas acontecendo
e não poder fazer nada, é vê-las não acontecendo,
querer muito, e não ter sequer a chance de fazer algo.
Aquele dia foi perfeito,
tudo estava perfeito, inclusive ela, como sempre...
Menos o tempo: já era tarde e eu não insisti em ouvir, falar...
Nos cenários que, ao fechar meus olhos, imagino,
além de todos os meus sonhos e desejos, não me vejo
não sendo um ombro amigo e companheiro.
Sempre me perco tentando compreender pessoas
apenas pelas palavras. Mas me encontro quando vejo
a verdade nos olhos e no tom de voz delas.
Lutando contra minha natureza, estou aprendendo
a não questionar tudo que meus olhos vêem.
No final eu sei que ainda sou míope em percepção.
Busquei em minhas memórias fotográficas,
imagens de momentos em que seus olhos estavam tristes.
Queria poder mudá-las com um simples abraço.
Eu tenho tudo contribuindo, tudo a meu favor,
só esperando eu decidir jogar tudo pro alto e ir embora
pra bem longe... E nem voltar, talvez.