Coleção pessoal de jessica_golfeto

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⁠“Os homens se tornam ferramentas de suas ferramentas”

Tornamo-nos deuses na tecnologia, mas permanecemos macacos na vida.

Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.

As vezes tenho impressão que esse mundo é a sinopse do filme Matrix e sou a própria sacerdotisa Pítia delirando numa alma errante e aguardando no Oráculo dos deuses até que Morpheus venha me despertar.

" Não tenha medo de tentar, pois o medo do tentar pode apagar a parte mais bonita da sua história".

A-FLOR

Te dou uma flor,
Por onde você for,
Para você lidar com a sua dor,
Com um gesto de amor.

Pensar muito na vida me assusta e me conforta.

Seja o caos que se precisa no mundo.

Oh querida
Sai dessa preguiça,
E vá viver sua vida!

Não é a toa que somos feitos de poeira estelar, pois precisamos de escuridão para brilhar

Certa vez me disseram que eu devia passar por cima de tudo que me causava trauma. As coisas nunca acontecem duas vezes comigo, porque eu não permito que tenha uma segunda vez...

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.

Quando observar tristeza ou preocupação no rosto de alguém, procure ajudar. Se não puder resolver o problema, pelo menos fale alguma coisa. Uma boa palavra e um sorriso de incentivo podem acender naquela pessoa o estímulo que ela está precisando.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman declara que vivemos em um tempo que escorre pelas mãos, um tempo líquido em que nada é para persistir. Não há nada tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório. Não há a observação pausada daquilo que experimentamos, é preciso fotografar, filmar, comentar, curtir, mostrar, comprar e comparar.

O desejo habita a ansiedade e se perde no consumismo imediato. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma inabilidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais o que se está fazendo.

Em tempos de Facebook e Twitter não há desagrados, se não gosto de uma declaração ou um pensamento, deleto, desconecto, bloqueio. Perde-se a profundidade das relações; perde-se a conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas, distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida.

Ao mesmo tempo em que experimentamos um isolamento protetor, vivenciamos uma absoluta exposição. Não há o privado, tudo é desvendado: o que se come, o que se compra; o que nos atormenta e o que nos alegra.

O amor é mais falado do que vivido. Vivemos um tempo de secreta angústia. Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor e os amigos.

“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”

Quando Sócrates disse: "só sei que nada sei", não estava afirmando uma certeza, e sim transparecendo todas as suas dúvidas.

Podemos morrer se apenas amámos.

Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).

Ver e ouvir são as únicas coisas nobres que a vida contém. Os outros sentidos são plebeus e carnais. A única aristocracia é nunca tocar.

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.