Coleção pessoal de jeronimocesarina
Nada torna-se claro,
Nada torna-se percebido
Nada faz sentido,
Simplesmente nada!
Em nada se torna o que eu digo
Porque eu sou o nada!
ALIENAÇÃO
Olho bastante, olho com muita anteção
Olho exaustivamente para o nada
Mas nada vejo
Ouço palavras, Escuto vozes
presto bastante anteção em tudo
Mas nada percebo.
Tornei-me cego e surdo
Tornei-me nisto e naquilo
Que mundo distante e indiferente que eu vivo!
Olho antetamente para o Vazio dos gestos
Sinto o vazio em mim
Vazio nas palavras não percebidas
No silêncio das vozes que se falam
Nada torna-se claro,
Nada torna-se percebido
Nada faz sentido,
Simplesmente nada
Em nada se torna o que eu digo
Porque eu sou o nada!
Tu e eu somos pedaços partidos,
Nós somos um verso quebrado.
Míseros e não escrítos, encanecidos
No abismo de um papel esquecido.
DESABAFO DE UM OPERÁRIO
Nós somos a voz que grita, sem ser ouvida.
Fomos a cantiga em choros, sem ser sentida.
Nós temos sido os mais miseráveis nesta vida,
Os mais tristes, encovados, e mais despresíveis.
Tu e eu somos pedaços partidos,
Nós somos um verso quebrado.
Míseros e não escrítos, encanecidos
No abismo de um papel esquecido.
E se no querer fosse perder,
Então, no amar fosse morrer!
No silêncio seria viver?
(Amores no silêncio)
E se eu disser que já te quero!
‘’Querer” seria aos Lusíadas,
Ou, dor e morte embaladas?
(Amores no silêncio)
No meu silêncio para ti?
Talvez seja silêncio de palavras não ditas- [Morte, se calhar…(se eu ousar em te dizer)]
(Amores no silêncio- editado)
No meu silêncio para ti?
Talvez seja silêncio de palavras não ditas- [Morte, se calhar…(se eu ousar em te dizer)]
Quando calo, como tu me vês?
Quando no meu silêncio tu me desnudas?
- Tu vês meu amor em um olhar?
- Ou, um beijo suave de Judas?
(Amores no silêncio- editado)
"E se eu disser que já te amo?
Seria amor a liberdade, ou cativeiro a ti?
...
Tu no silêncio me ouvirias até ao fim?"
(Amores no silêncio)
O que são palavras para ti?
Coisinhas pequenas que se diz,
Ou censura da alma que condiz?
(Amores no silêncio)
Amores no silêncio!
O que são palavras para ti?
Coisinhas pequenas que se diz,
Ou censura da alma que condiz?
O que dirias das minhas palavras?
Seriam loucuras eternas de um Romeu,
Ou forma na desforma de um plebeu?
E se eu disser que já te amo?
Seria amor a liberdade, ou cativeiro a ti?
Um Soror ao verso que te clamo...
Tu no silêncio me ouvirias até ao fim?
Meu silêncio?
Um abismo de palavras (Morte, se calhar…)
E que dirias do silêncio que desnudas?
Meu amor em um olhar,
Ou beijo suave de Judas?
E se eu disser que já te quero!
‘’Querer” seria aos Lusíadas,
Ou dor e morte embaladas?
E se no querer fosse perder,
Então, no amar fosse morrer.
No silêncio seria viver?
E se eu disser não te querer?
Então, seria que nem mentido
Assumindo o medo de te perder!