Coleção pessoal de jenifferdepp
Á medida que crescemos, percebemos que nada é tão bom que possa nos satisfazer;
E nada é tão ruim a ponto de não suportarmos...
Todos são nada;
Impessoalidade é um dever...
Acho que vou colocar um aplique nos cabelos, afinar minha cintura, e me sufocar com um salto alto...
Talvez assim eu consiga fazer tudo o que eu quiser, e calar a boca de quem eu quiser...
Pois só uma mulher assim, é mulher o suficiente para conquistar alguma coisa...
Falta entusiasmo,
Tempo,
Força de vontade...
Ou exaustão de modo que me prende dentro de um quarto onde não há janelas, não há vento, não há pessoas, e nem vontades...
Não há vozes, medo, ou qualquer coisa assim.
Não tem ninguém...
Nem eu estou lá dentro.
Eu, que muitas vezes me vi, hoje não mais.
Eu que tantas vezes gritei pra que todos se libertassem, hoje fico á mercê da caridade e da prepotência de quem não precisa de mim,
e que apesar de tudo, eu, simples e justamente eu...
Preciso de tudo isso... tudo o que eu não vejo, que eu não sinto, que eu nem sei quem nem o que é.
E assim, caminho entre uma porta e outra de um lugar escuro, onde não existe matéria, nem sentimento, nem nada...
Apenas uma mente malograda, e um cigarro queimando entre os dedos.
...E o simples fato de pensar em você, faz com que eu perca toda a noção do que devo ou não fazer.
Chega a ser repulsante o fato de sempre colocar você em
minhas frases...
De te usar como um modelo de vida e de morte.
Como pode um ser tão comum ser tão diferente aos meus olhos?