Coleção pessoal de jemilena
Mal consigo respirar perto de você, me rouba todos os sorrisos, encosta na minha pele e provoca todos os meus sentidos.
Tenho passado os dias ofegante, com o coração batendo em todos os compassos e dentro de mim parece que habitam mil corpos devassos, todos te querendo e me torturando e implorando desesperados pelo teu cheiro.
Sou devorada todos os dias pela saudade, pelo meu querer, pelo relógio que arranca a minha sanidade até doer no meu corpo enquanto espero você chegar.
Acordei com o teu abraço e me estampei de uma felicidade linda como as borboletas, que duram só 24 horas, e logo precisarei de mais e mais das cores que você pinta em mim.
Durmo e acordo na contagem das horas pra te ter; beijo, na ânsia do próximo beijo; fecho os olhos sem medir a altura do abismo e desejo como se não houvesse a manhã seguinte.
E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero – eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu. e você é você. É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um “isto”. Não vai parar: continua.
Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.
Cantando a gente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar: sem nenhum pudor, sem pecado.
Canto para espantar os demônios, para juntar os amigos.
Para sentir o mundo, para seduzir a vida.
Guarda estes versos que escrevi chorando,
Como um alívio a minha saudade,
Como um dever do meu amor; e quando
Houver em ti um eco de saudade,
Beija estes versos que escrevi chorando.