Coleção pessoal de Jehffersoncastro
Aurora
O tempo não passou
A vida não parou
Um vórtice vertiginoso
Na vida um momento
Moléculas,partículas,fragmentos
Quatro ventos que eros soprou
Na direção do teu corpo
Solenemente no cortejo
Em que os anjos em coro
Se libavam
Suas belas formas formaram
A formação do amanhecer que
Um dia tem de belo pra oferecer
Os miosótis azuis
Na beira da estrada
Tem a linguagem de DEUS
E se ele a mesma línguagem nos deu
Todos miosótis são
Seus
Quando as flores impossíveis nascem
Sobre a pedra sabe-se que a primavera do coração
Traz num rebento raro
O presente da suprema natureza
Pode se ver pela fresta da porta do sol
O arco-íris de um novo amanhecer
A viagem
Venho de longe muito longe,
Do mais profundo espaço,
Muito antes existia
Me encontrei no teu abraço;
Agora mesmo estou aqui,
Daqui a pouco não estou mais,
Tenho as marcas do passado
No sofrer que não me apraz;
Tudo passa e fica os rastros,
No caminho das estrelas,
No proscritos até dos astros.
O senhor do meu destino
Achou melhor que seja assim
Na trajetória do caminho
O escolho é por mim;
De saber que é mais profundo
Do começo até o fim.
Sua beleza é adorável
E a morte inexorável,
Sua luz alva e pura,
Que o tempo não segura
Venho de longe muito, muito longe
Reviver pra te ver
Hoje te encontrei,
Amanhã de novo partirei,
Nada se perde nada se cria,
Tudo se transforma,
Mas na hora da partida,
Quero você na plataforma.
Primavera dos anjos
Fecho os olhos vejo luz
Mas se abro se reduz
Escoa do rebento
Aura etérea que traduz
São tão belos seus jardins
Anjo , arcanjo,serafins
Nos seus átrios vê florais
Colorido nos vitrais
Que seu ritmo acompanho
Pastoreando seus rebanhos
Em verdes campos de verão
Com seus brotos coloridos
Esbaldando refloridos
No refolho da estação
Sopra o vento estuante
Que um pronuncio se faria
Sua voz só quer cantar
Neste canto recitar
As mais belas poesias
Vulto
Espinho na carne
Sangue na flor
Alívio na alma
Calma na dor
Enfrento o confronto
De versos em versos
Estão soltos no vento
No solo dispersos
Procuro e não acho
Na busca do encontro
De novo o confronto
Conflito e dor
No mel o sabor
Do amargo labor
Da peleja distante
Que busca aos olhos
Amiúde e constante
A figura do amor