Coleção pessoal de jeffwriter

1 - 20 do total de 32 pensamentos na coleção de jeffwriter

SILÊNCIO MUNDO
O mundo é poeticamente correto
É sim! Tudo o que há de bom e ruim
Cabe em qualquer obra artística
Com ou sem rima, cai bem num poema
Seja de tristeza ou felicidade
Tudo aqui nestas linhas cabe
Ô mundo barulhento, orquestra sem fim
Há quem diz que vai acabar um dia
Mas não acredito muito nessa história
Acho que é só um ensaio
Com músicos pra todo lado
Cada canto produzindo um som desigual
Notas descompassadas, outras harmoniosas
Estrondos altos que saem do norte e soam no sul
Corais armados em cenas, com coreografias e tudo mais
Ouvem-se também baixinhos murmúrios, berrinhos...
Parecem sofridos tons pequenos de chorinho
Não acredite que se acabe sem finalizar uma obra equilibrada
São tantos talentos por aí desperdiçados
Uns nos traz dramas, outros nos traz piadas
Ô mundo abençoado, digo assim pra não citar o contrário
Mundo que não se explicou de qual principio surgiu
Quanto mais explicaria se tormenta tantos filhos
Alguns bastardos, outros também bastardos
Embora alguns trazendo tesouro e outros vendendo o próprio couro.
Ô mundo sem jeito, que não respeita nem a condição de liberdade
Pra tudo criou uma prisão, pra todos terem um pouco de ocupação
Tentando se resolver de alguma forma a própria equação
Se medindo na vida, enquanto a morte os espreita.
Meu mundo, mundinho, faz assim não...
Esse barulho todo, tanta usina, tanta buzina, tanta chacina
Tanta injustiça! Mundo o que foi que aconteceu?
Que evoluiu tanto, mas tudo anda igual há tempos atrás
Mundo, cadê a educação? Cadê a paz?
Cadê pra aquele moço lá na calçada, deitado, fazendo rua de casa
Cadê pra ele, a segurança, a verdade que ali não é o lar
Cadê pra mim, o destino prometido, de que tudo vai ser muito lindo
Com trabalho, respeito, cidadania, e boa comunicação entre os homens
Mundo, tudo fica aí só no barulho... Faz assim, fica quietinho...
Para só um pouquinho o ensaio dessa orquestra...
Afina esses instrumentos, dê um jeito nessa nesta gente
Pra ver se produz uma vida-obra que presta!
Mas faz isso, logo, logo, fica quietinho!
Faz silêncio mundo!

PLACAR (By JeffCruz)

Doeu?
Ah não diga! Pensei que tivesse sistema anti-ataque.
Que pena que sua armadura não foi tão eficiente
Não me vinguei de você, vê, fui mais esperto
Quando esperava minha derrota, minha depressão
Eu fiz foi uma pressão maior na minha evolução
Saltei tão alto que nem percebeu, fiz recorde
Ai! Desculpa, mas sou um atleta bem preparado.
Nossa! Bem sei o quanto tive que treinar.
Eu sei a hora certa de fazer meu gol e sair de campo
Você ficou então com seu jogo sujo, trapaceando
Perdendo, buscando os pênaltis.
Ei! Espie só!... Eu fazendo embaixadinha, e você na baixaria
Placar 10 x 0! Estou cada vez mais craque nesse negócio
Já levei meu troféu pra casa. E você... Sei lá... Nem sobrou medalha!

ESCADA (Por Jeff Cruz)

Não me importa se lá de cima me vigiam os satélites
Não vejo também nenhuma excitação às câmeras urbanas
E se eu fosse uma celebridade dessas que todos fotografam
E seu fosse uma figura de um belo quadro de exposição
Nem se meus pés estivessem marcados na calçada da fama
Mesmo que meu nome fosse comentado por todos
Não, nada disso chamaria minha atenção, não
Não me orgulho nem me satisfaço com tantos flashes sobre mim
Somente se teus olhos se concentrarem nos meus
Somente se você pronunciar meu nome devagar ou gritando
Ou se você autografar teu nome junto ao meu num papel sulfite.
Assim eu sentiria prazer pela vida!
Mas se você ainda nem existe num meu universo
Se não sei teu nome, nem tu sabes o meu
Se ainda somos desconhecidos, e faço idéia de quando nos encontraremos
Então fico aqui mesmo nessas escadas, do qual adoro me sentar enquanto vou subindo devagar.
Fico aqui em meio a tantas pessoas, que sobem e descem apressadas
Fico aqui sozinho, na calma, quem sabe você passa por mim.
Quem sabe não se senta aqui ao meu lado e puxa conversa
Falaremos da vida, dos degraus que percorreu, e do quanto ainda percorrerá
Então nos ajudamos a levantas, sacudimos a poeira da roupa.
E continuamos nossa caminhada, nós dois de mãos dadas.
Assim mais fácil e prazerosa se torna a escada

MEU CORPO FALA

Vai me encarar?
Reaja aos meus beliscões na sua cintura
Poe uma postura, se concerte!
Se concentre nos meus olhares
Não pertencemos uma ao outro, mas ande com os meus passos
Eu ando embutido nas suas sombras
Viver assim é bom, vê se entende, vê se me preenche
Não quero as horas vagas, eu quero os minutos inteiros meus…
Quero que esqueça o relógio, senão eu quebro os ponteiros.
Eu sou as suas horas, eu sou o seu tempo que não se esgota
Não quero um olhar ligeiro, de quem não me viu, de quem em mim nada viu
Quero um olhar que me congele, que me embarace
Quero tropeçar com esse embaraçoso olhar
Quero simplesmente perder o fôlego ao te beijar, e depois respirar bem fundo
Quero chegar próximo como se fossemos imas com os lados invertidos
Porque acho linda essa luta de querer se tocar, e a natureza não colaborar
Quero que me olhe com tanto desejo, que minha roupa escorrega devagar
Reaja! Anda! Faz alguma coisa! Estou aqui e meu corpo fala com você

Você não tem, você não é, você não faz!
Porquê antes de tudo você teria que ser de verdade.

A terra está cheia de pessoas querendo... Buscando... Quase não há lugar para todos
Mas quando se voa, percebemos que há espaço até mesmo para brincar.

“Mim mesmo, quer voar? É só esticar os braços e encher os pulmões de ar”

Se quiser comigo voar siga as seguintes instruções:
Não disponho de pára-quedas, por isso crie suas asas

Pois nem tudo no mundo é de graça, nem mesmo as bênçãos do papa

PAY PER VIEW (By Jeff Cruz)

Foto, holofotes, tapete vermelho...
Estou na fama, não tenho mais segredo
O que me refletia se estraviou, agora é espelho quebrado
São vários pedaços de mim espalhados, quase um inventário
Deixo meus desejos como oferenda numa mesa para banquete
Ou protegido dos famintos populares dentro do armário
Eu sou um artista, não desses que atuam na televisão
Para uns sou eu mesmo sem script e figurino
Para outros prefiro ser apenas uma ilusão
Se quiser rir, eu faço piada, se quiser chorar também estou à disposição
Se você é quase nada, eu sou quase tudo que lhe preenche
Vou transformando teu espaço no meu cenário
Vamos inventar uma história e ganhar ibope no noticiário
A língua do povo nos ajuda... E os pagamos ocupando-lhes o tempo
Se ao povo, o sofrimento e o vazio não tem cura
Então vai aqui mais uma cena para medirem nosso temperamento
Ora se de drama, tragédia e romance enchem-lhes o papo
Ora se é entretenimento de que precisam, assinem então “Pay per View”
Pois nem tudo no mundo é de graça, nem mesmo as bênçãos do papa
Por isso comprem meu nome, está lá vendido na praça
Tem titulo bonito, tem foto e tem capa
Meu conceito está na vitrine ao lado em destaque está o meu perfil
Leiam tudo, consumam tudo, mas tudo mesmo, tudinho...
O lucro vem depois com minha marca num outdoor estampada
E você, que tanto me observa, que tanto de mim fala, continua crescendo para o “nada”

MAU CAMINHO (By Jeff Cruz)

Se quiser comigo voar siga as seguintes instruções:
Não disponho de pára-quedas, por isso crie suas asas
Meu caminho não tem um ponto de chegada
Mas tem várias despedidas, e sim, algumas pistas de pouso
Você verá o céu, estrelas, nuvens e as chuvas
Enfrentaremos mistérios, impérios e temporais
Se não tem coragem de abrir as asas e seguir a rosa dos ventos
Aconselho-te a olhar para o ponto mais alto e se enxergar lá
E então, seu desejo torna-se tão forte, que de repente o chão some dos pés
E você começa a sentir-se leve, como se estivesse carregado por uma força
Mas a força, simplesmente, vem de dentro, desde quando o deseja vira entusiasmo
Para voar você precisa criar um compromisso, dá aos sonhos uma ordem
E colocar o próprio sistema pra rodar no automático
Assim como eu fiz, quando olhei uma só vez para o alto e disse:
“Mim mesmo, quer voar? É só esticar os braços e encher os pulmões de ar”
Voar é uma questão de petulância em desafiar as leis e a convenção social
Voar é um prazer que só você mesmo pode proporcionar
A terra está cheia de pessoas querendo... Buscando... Quase não há lugar para todos
Mas quando se voa, percebemos que há espaço até mesmo para brincar
Talvez eu esteja te induzindo ao mau caminho
Afinal as pessoas estão acostumadas com “tragedinhas”
E eu acostumado com transgressão, imensidão e um belo par de asas
Talvez eu seja um pedaço de mau caminho, porque te ofereço as nuvens e não o chão
Porem se as instruções você seguir e comigo pretender voar, já sabe...
É voando comigo que vai conhecendo outros pedaços
Cada um com as suas asas!

DO BIG-BANG AO BANG-BANG (By Jeff Cruz)

O iluminismo das velas, terços e patuás.
Sinalizam a procissão se aproximando
Maquiagem natural de sofrimento no rosto
Vestígios de trabalho desenhados na mão

Mãos cravadas ao rosário
Acompanham o menino Jesus
Mãos firmes, no símbolo,
Carregam a cruz

Signos de morte na romaria
Existencial de vidas póstumas
Seguem em busca ritual
Da pós-fome, pós-sede, pós-carne, pós-alma.

Sagrada romaria de fé
Esse é o espírito tradicional
Enraizado no mundo materialístico
Onde o poder do homem robótico é mais holístico

Do big-bang ao bang-bang
Assistimos confortáveis no sofá
Homens compressos e miúdos
Em cenas esmiuçadas na TV

Guerreando por lucros entre as nações
Manifestando o luto nas emoções
E a luta de todos nós
Sobrevivendo à aventura lunática

Tomamos comprimidos
Para não regurgitar
Ingerimos toxinas de ganância e ódio
Injetamos venenos de prazer para no remediar

Respirar, voar, nos locomover...
São valores meramente convencionais
Estamos cada vez mais convencidos
Que a realidade de viver é consumir a vida

A propina empina o nariz e ensina
Que Deus é dinheiro no bolso
E muito dinheiro no bolso
É plástica no nariz

Assim, entramos numa cegueira coletiva.
Que nos impõem as imagens televisivas
Imaginem que ate mudo ficamos
Para não resmungar

Estamos regredindo ao tempo zero
Regularizando os parafusos industriais da cyberlogia
Se adaptando às condições
Da nova hipocondria social

Viva à antropofagia entre os homens cegos!
Viva ao homem entrando no pântano!
Viva as nossas prisões pessoais!
Viva cada vez mais aos carnavais!

Armaram um atentado para o amor
É o terrorismo entre os homens
Erguendo os muros altos de Berlim
E fazendo fronteiras pelas terras-do-sem-fim!

Solidificando-se...
Compressando-se...
Com pressa voltando à caverna
Escura e lodosa de Platão

Filas plantão nos hospitais
Para ver Madalenas apedrejadas
Para fotografar Joana D’Arc queimada
Rir do Judas condicionado à corda proposital

Estamos a um passo da cova
Covardes que somos,
Esquecemos Lutero
E pagamos indulgências pelo paraíso eterno

É que inventaram que existe
Imposto ate no céu
E o orçamento do purgatório
Parece estar em promoção

Que SUS-to! E vejo filas enormes
Parece o SUS!
Voltem depressa para a estrada
Certa e segura das romarias de JE-SUS!

Regozijem-se da herança prometida
Nas profecias de João
Porque o tempo... Ao contrario de Cazuza:
- O tempo pára!

ACESSO NEGADO ( By Jeff Cruz)

Eu só existo num lugar onde ninguém pode me encontrar.
Eu resisto à chuva enquanto há onde me abrigar.
Eu insisto nos propósitos quando há ditames.
Eu sou frio quando não há um cobertor.
Sou chato quando não há quem me faça rir.
Sou inconveniente quando não sou convidado.
Eu não choro, eu deságuo…
Eu não me desanimo, eu desisto…
Eu não espero, eu precipito…
Na verdade eu sou mesmo complicado.
Só há um lugar onde está meu manual de instruções.
- Na minha mente!
Mas o acesso é NEGADO!

O que vê
O que sou ou não sou, ainda é o que você vê
Prefiro ser o que não sou no que você não vê

RESISTENTE (By Jeff Cruz)


Mais uma foto nossa, e de que isto importa?

Mais um mês de casados, e o que ficou marcado?

Meus sistemas estão superlotados

Talvez eu precise de mais espaço na memória

Talvez mais um backup, talvez Black out

Há quem diz frases de feito…

Há quem ignora!

Há quem exprime o amor através de beijos…

Há quem somente chora!

O amor às vezes parece subverter a lógica

No lugar de manjares, traz esmolas

Quem sabe o amor só existe da boca pra fora

Quem sabe o amor esconde-se da boca pra dentro

E no encontro de línguas ele se revela?

Quem sabe estamos ainda na fila de espera?

Quem sabe o amor nos deve a felicidade

Porém só nos paga em parcelas?

Vou acender velas, lançar chamas, e ligar as luzes,

Resiste quem não teme, vence quem enxerga!

ALICE (By Jeff Cruz)

Conheci Alice
Vou com Alice
Não volto com Alice
Na fantasia me jogo com Alice
Iludir-se por amor não é tolice

Aprendi nos tempos de meninice
É bom ter um amor que me enfeitice
Vou correr, pular e cair na sandice
Se te amar é uma ilusão, uma ceguice…
Prefiro ainda ser a própria ALICE!

FATO (By Jeff Cruz)


É fato que concluo o impacto

Do seu beijo que me deixa intacto

Cada amor que fazemos é um pacto

Delicio-me do seu olhar tático

Sou um alvo indefeso nesse berço aquático



É fato que concluo o impacto

Do teu jeito ao meu encontro estático

Com você por perto o mundo é fantástico

Abrace-me de imediato

Da tua boca quero mais que vogal e hiato.



É fato que entre nós há falsos cognatos

Vou me confessar do anonimato

Prefiro não ser julgado por Pilatos

Não quero ficar na sua historia como artefato

Quero que reconheça meu real amor, de fato!

SÓ UM INSTANTE (By Jeff Cruz)

Um instante que vou me desarmar
Jogar fora as palavras cortantes
E engessar as fraturas causadas


Nada disso é circunstancial?
Seu amor por mim é presencial?
Será que estou mesmo tão radical?


Um instante que vou me esconder
Da razão de estar apaixonado
E do papel de ter diariamente declarado.


É um incomodo eu ser ainda aprendiz doméstico?
É um incomodo a minha fraqueza diante das suas repreensões?
É um incomodo eu exibir minhas habilidades com firmeza?

Um instante que vou me defender
Meça o tamanho dos olhos, o molde dos lábios e o timbre da voz.
Deixe-os bem regulados, expressando paciência e ternura por mim.


Não entende que me entreguei a você por inteiro?
Não entende que não quero em troco teus pedaços?
Não percebe que não sou dedicado aos teus predicados?


Um instante que vou me erguer
Vou olhar bem longe onde minhas vistas não alcancem tuas mentiras

ALMA E FLORES, CORPO E BOSQUES! (By Jeff Cruz)

Meu amor não é um evento fútil
Em que se repetem beijos, gestos e declarações emocionantes.
Nem é uma fase relâmpago de treinamento para outra etapa.
Meu amor não é fábrica de futuras amantes.
Quantas vezes continuarão caprichando na cena?
Pra dizer que me ama? Quando para mim, o amor não é passageiro.
Estamos de acordo com o presente que passa num rastro de pólvora?
Ou com o futuro de uma proposta maior?
Queremos nos aprisionar no tempo ou deixar o tempo passar?
Somos atores, e eis o papel dramático desta cena.
Corta! Vamos repetir tudo do começo.
Seguiremos assim até que a cena se gaste.
Ou pulamos os capítulos e vamos direto para o fim.
Perfeito! Fantástico! O final muito bem ensaiado!
É bom respirar o ar cênico e cínico!
Prefere ter o amor como uma festa
Prefiro tê-lo como parte da alma.
Os telespectadores preferem que seja colorido
Assim seja, pintamos de vermelho e preto.
O vermelho pelos belos momentos de paixão.
E o preto pelo luto merecido em todo final.
Minha alma não quer um amor que acredita no próprio fim.
Alma está para flores, assim como corpo está para bosques!

O BAILARINO E A PIANISTA (By Jeff Cruz)


Os acordes eruditos do piano

Insistem em tocar logo cedo

É a expressão de fortes arquejos

Que me acordam num ritual fértil e dionístico



Nesse despertar prima-VIRIL

As partituras do corpo dela fazem-se de melodia nas manhãs

Cortinas ainda fechada e pálpebras

Minha bela adormecida de Tchaikovsky

Despertara sem meus beijos matinais

Nem arcanjos a te vigiar



Levanto-me com passos imprecisos de embriaguez

E sigo numa espécie de transe ate a janela,

Vejo o sol

Minha pianista tateando minhas costas

Agarra-me como se agarra uma harpa

Pronta a tocar, sirvo de instrumento.



Ela me guia e viajo num tension-release

Como ao ballet moderno de Martha Graham

Intenso é a sensação,

Penso que estou flutuando



Numa ‘volta’ seguro seu corpo e giro-a sobre mim

Contratempos, e voltamos para o berço.

Tombes e cabriolés, entrelaçamo-nos.

Seguindo mise-en-scenes calorosos

Bailamos suados em pas-de-deux



Eu e ela: O bailarino e a pianista

Ao fundo musical de Villa Lobos

Que figura bela, quase simétrica de formas geométricas.

Desenho com ela em meu colo

Eu sem collant, ela colando-se em mim.



Sapateias um fox trot, minha mênades!

Sapateias que te equilibro

Num sagrado-profano ritual dualístico da pele

Duelemos compenetradamente irracionais

E os acordes do piano não cessam

Enquanto não chegamos ao apogeu ufânico do prazer