Coleção pessoal de jarleni
Não gosto de pessoas rasas. Se não sabe o que falar, cale-se e desista, sem tempo para levezas, se não veio com a intenção de ficar, nem pare. Retire-se!
A ociosidade entedia exaustivamente; agilidade é a palavra, essa sim revigora, estimula..., CORRA! Amo demasiadamente e ignoro na mesma intensidade. Por que minha educação não depende pra quem, mas meu sorriso sim!
Não sou adepta a rotina. Nem a silêncios extremados. Pessoas indecisas, imparciais e preenchidas de dúvidas me dão sono. Procure, invente, faça, renove, crie!
Hiperativa sim, meus cinco sentidos precisam estar ativos e em ação constante. Alimento-me disso.
Fingir é conveniência para ganhos e alcances. Faz parte do universo, por isso, às vezes, sinto-me tão fora dele.
Minha pele está melhor, as olheiras diminuíram, o sorriso sai fácil. Músculos relaxados, as produções no trabalho vão muito bem obrigada. A fila que estou anda mais depressa que a do lado esquerdo, as cadeiras na faculdade esse semestre estão ótimas; o trânsito está mais ágil, a depilação parece menos dolorida, e as pessoas mais simpáticas. É, isso mesmo estou apaixonada. Sinto-me bem, plena e até espantada com tamanha eficácia.
Esse é o melhor livro de auto-ajuda que posso escrever; descrever; indicar! O telefone toca no meio da rua escura, tarde da noite, e não tenho medo de atender, é ele. E é só isso que me importa. Meu amor.
E me olha com uma força de despir, a espinha esfria inteira; as pernas não respondem ao cérebro. É um olhar malicioso que me apavora e pulsa de vontade, mas digo ‘oi’, te dou um beijo no rosto despretensioso; eu preciso ser polida, enquanto na verdade estou louca de desejo. Mas você não deve saber disso, não ainda, não vestido.
Agora que me atraiu até aqui, não faça gestos de ir, não pretendo sair tão cedo. E te peço que fique só mais um pouco, prometo que vai gostar, e depois, duvido que ainda queira fugir, sem mim.
E todas as dores somem quando me lembro do teu rosto distraído, olhando pro nada ou pra mim; da tua boca me falando qualquer coisa; do teu olhar me insinuando bobagens; das tuas feições quando sorri; do beijinho roubado depois de uma briga. Dos teus abraços, o que acalma, afaga, e o que esquenta. É o melhor dengo, carinho , abuso , voz, cheiro! É o melhor de mim.
Perdoe-me. Não me torture perguntando-me o porquê te beijei novamente, se não mais te amava. Mais uma vez te peço perdão, mas eu precisava saber o que eu realmente sentia, se tanto amor havia ido embora, te beijei em prova da certeza se deveria ficar ou ir, eu não queria me enganar, nos magoar numa relação que possivelmente não existia mais amor.
E foi ali, que percebi sem mais dúvidas, que não amava mais. De que adianta agora me perguntar por que, ou como. Entendo tua dor, mas não o espanto; sabes bem que foste tu que o matou, e por tanto tempo te pedi...
Aqui acabou. E só posso pedir perdão, mas também não tenho culpa se no momento em que tive certeza que não dava mais, você percebia também que muito mais me amava. Quantos desencontros. Por tanto tempo te quis assim, certo de que a mim queria pra sempre. E agora uma percepção simultânea, em um beijo casual, enquanto você gritava por mais uma chance e um recomeço, todos os meus sentidos queriam o fim. Acabou.