Coleção pessoal de JaquelineFerreira
Da janela ao sinal
Não tenho família
Não tenho brinquedo
Nem escola
Meu futuro é um pouco de esmola
Eu tenho o mundo...
E a moça que do ônibus me olha
Sente uma dor imensa
E pensa: escola, brinquedo, esmola
O que te esperas é a terra
E até lá um pouco de cola
Faça sua parte
E dane - se a humanidade
Ou faça parte
Dane - se sua
Não precisa - se de peças
A engrenagem precisa de gente viva
Treze
Vou ascender uma vela para Stº Antonio
Para me livrar dos homens medonhos
Dos casados e enrolados
Vou ascender uma vela para Stº Antonio
Ah! St Antonio livrai - nos de todo mal
Dos machistas e dos feministas
Livrai do mal capital
E das estrelas perdidas
Livrai - nos da escravidão:
A propriedade móvel que dá prazer
Livrai - nos do nosso coração
A liberdade é o nosso prazer
Antonio Santo ,
Nesse dia treze
Esqueci da simpatia
Que uma velha amiga de dizia...
Treze é o numero dos barbudos
Dos homens de esquerda
Simplesmente cairão em meio às laminas
Que compraram - te um dia?
Ah! Stº Antonio livrai - nos desses
Que pela direita
Deixam cair suas barbas
Já perdidas... à esquerda homens!
Caridade
Pelas ruas, avenidas, ruelas e becos da cidade
Migalhas querem
Lagrimas na face
Dinheiro na mão
Caridade em vão
Se dou - te uma moeda
Tenho o perdão
E fico bem...
Bem diante de tua miséria
Bem com os “santos” a – gentes
Bem com os liberais anteriores e “benevolentes”
Minha consciência ficaria livre
De transformar essa ordem
Bem diante de mim
Ordem que me faz sentir culpada
Por não te dar um centavo sequer...