Coleção pessoal de Jaquelikes
E eu econtro com você, curiosa e os mesmo tempo triste com o que possa acontecer, e você me oferece chocolate, conversa me faz rir, já desconfio acho tudo muito estranho me pede pra contar como foi o meu dia, como eu estava. E eu simplesmente responde: Vamos me diga logo o que tem que ser dito, pare de me enrolar, e você olha para o chão procurando palavras que não me fariam surtar, e diz: vamos conversar um pouco depois eu conto é que é muito sério, não quero deixar um clima tenso. E eu respondo : não quer deixar um clima tenso? Não se preocupe pois já está...
E então você começa a falar, e eu me perco de mim...
E você me olha mais uma vez com aquela cara, aquele olhar que ah, só você sabe, e me me encontra me envolve me diz tudo sem dizer nada, e segura a minha mão como se fosse a ultima vez que iria sentir a minha pele macia.
E me diz com aquela voz de : tudo bem pode gritar, pode me bater, pode me chamar de idiota estupido que eu sei que são essas coisas que você tem a dizer. E eu ali parada sem reação alguma olho naqueles olhos e digo : o pior ou melhor, que não eu quero te abraçar forte e dizer me acorda agora desse pesadelo! Quero dizer não importa eu tenho você, não tenho? Quero o mais curto e breve ato de carinho, qualquer coisa, se você disser que sente minha falta, eu fico, eu fico sim! E aquele sorriso que eu tenho por só olhar pra você some e por um momento eu queria que você sumisse junto. Me perdi, me ausentei de mim, e então você diz: minha cabeça está a um milhão, você não vai dizer nada? Vai ficar assim quieta? E eu com um sorriso irônico digo: O que você acha que eu tenho que dizer? Não consigo dizer nada (...)
E você solta, o que eu vou fazer? Como vou lidar? Qualquer coisa, só diz alguma coisa.
E eu respondo: E o que você vai fazer agora?
Você diz: não sei... Não tenho a minima idéia.
Eu continua parada sem reação olhando para a lua, as estrelas, procurando palavras para dizer o que eu estava sentindo naquele momento.
E naquele momento em que o silêncio nos dominou, eu peguei na sua mão, tentando ser forte segurando as lagrimas que se batiam para escorrer pelo meu rosto, eu disse: você sabe que pode contar comigo, sabe que eu estou aqui, mas neste momento como amiga, não sou forte o suficiente pra isso...
E aqueles olhos me olharam novamente, como se algo estivesse errado como se quisesse escutar o idiota estupido, e respirei, respirei fundo e o abracei me sentindo segura em seus braços escutando o seu coração acelerado e o meu que mal batia, com aquelas lagrimas se acumulando e a sua mão grossa e quente acariciando o meu rosto fragil e macio, e as lagrimas se libertam e eu me afasto e viro o rosto escodendo o meu sentimento.
E pra piorar o momento você diz: Eu imaginava um futuro do seu lado, uma vida com você, a gente tava dando certo, e a unica coisa que eu queria era gritar, correr sair dali o mais rapido possivel e nunca mais olhar para aqueles olhos, ah aqueles olhos!
{...}
Então a despidida, você me beija como sempre, mas eu não consigo te envolver nele... me afasto a cada tentativa.
você me olha e diz: esse não vai ser nosso ultimo beijo, você sabe disso.
Eu olho e não digo nada, e vou embora, e meu coração acelera como se só estivesse em paz perto de você, e pedi um tempo, que não durou nem uma semana pois minha vida sem o seu carinho, o seu sorriso, seu beijo, seu abraço, não é vida!
A minha beleza não é aquela de parar o transito, a minha beleza não faz os homens mexerem comigo na rua.
Não preciso daquela beleza escrachada, como se quisesse chamar a atenção de tudo e de todos, com aquela roupa apertado ou aquele decote profundo.
A minha beleza é o olhar que te paraliza, aquele sorriso que te faz sorrir e te deixa sem graça, é aquele jeito mistorioso que deixa um ar de curiosidade, é aquele jeito bobo de querer esconder o que tem de mais bonito : A simplicidade.
Hoje acordei feliz, mesmo tendo tantos problemas e tão poucas soluções, hoje eu acordei determinada a mudar, hoje eu acordei com vontade de arrumar as coisas, hoje eu acordei menos egoista, acordei com vontade de amar os meus amores.
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!
O Contrário do Amor
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Vida
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
O amor não é uma desculpa. Você não pode justificar o ciúme com o amor. Sinto ciúme de você porque te amo demais. Eu já disse isso, mas hoje vejo diferente. Se eu amo demais, o problema é meu. Dizer que ama e quantificar o amor só serve para quem sente. Se eu tenho o maior amor do mundo, o mais puro e o que mais me faz feliz o problema é exclusivamente meu. Sabe por quê? Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.