Coleção pessoal de JanisLana
O caótico virou rotina e a vida perdeu a graça, eis que todo o amor passou como ventania, que devasta como fogo em brasa!
Vivemos num holocausto moderno
onde todos praticam antropofagia.
O mundo é agora um portal para o inferno,
que convida a quem o contraria!
O problema das pessoas nos dias de hoje é que elas vendem aparências de realidades inexistentes, mentem tão corriqueiramente que chegam a acreditar nas próprias mentiras, esqueceram que as maquiagens servem para maquiar o rosto e não a alma e, em meio a todo esse caos que é a vida, sabem muito pouco e falam muito mais do que deveriam, impõem esteriótipos que não se adequam nem a elas mesmas, moralizam os outros sem nunca aplicar suas regras morais em seu cotidiano e, além de tudo isso...amam de maneira egoísta e propagam o ódio de forma coletiva!
Nada no mundo me entristece,
me excita trabalhar meus medos,
o similar me enlouquece...
Me encontrei no lado avesso!
Os dias sempre nublados,
com nuvens negras e chuvas amargas.
As lágrimas que escoam dos olhos
são reflexo da desgraça.
Sempre há uma saída.
Um caminho sem retorno,
num único salto o último suspiro,
uma lágrima, um choro.
A brisa do vento gelado,
carregou toda a tristeza...
Sobrou apenas um corpo pálido
e sua superficial beleza.
O raciocínio humano é um grande buraco negro.
Quanto mais fundo se vai em busca do inconsciente,
Mais tenebrosas são as memórias em nossa mente.
A vida parece não ter razão
e o pior de tudo isso
é a ausência de uma solução.
O amanhã é uma tortura,
sentimentos são pedras duras
que deixam a visão obscura,
tudo isso é uma grande loucura.
A sanidade se intercala
com palavras embriagadas.
O mundo para por um segundo,
num instante tudo fica mudo.
Numa poça
Numa poça surgiu algo,
uma imagem curiosa...
esta poça parecia um lago
que guardava uma história.
Na água se via o céu
azul e esplendoroso,
gotas de chuva caiam
como lágrimas pelo rosto.
Lembranças foram surgindo.
Imagens desfocadas, tortas.
Em pouco tempo se percebia
que eram rascunhos na memória.
Depois de horas ali olhando
aquela poça como um espelho,
com as imagens se encaixando,
percebe-se um grande medo!
É o medo do passado,
das coisas deixadas para trás,
dos sentimentos mais profundos,
dos anseios que não existem mais.
Os esgotos estão transbordando,
vomitando toda a maldade,
os ventos frios correm assoviando,
premeditando a calamidade.
Por longos anos ali ficou trancado,
condenado a infinita eternidade.
Espírito e corpo amaldiçoados.
Um ser eterno, sem liberdade.
A cova rasa foi violada,
libertando o ser condenado,
mas sua maldição arruinou sua alma,
desejava estar morto e enterrado!
As descobertas mudam as mentes.
Que sina viver a se questionar!
Criticar e raciocinar frequentemente
e algumas vezes de opinião mudar.
O ovo remete várias perspectivas,
ele representa o início e a natureza,
por ser similar ao ciclo de vida,
no mesmo elemento há força e fraqueza.
Sua fraqueza está na sensibilidade da casca.
A única proteção para todo seu conteúdo.
Se sua camada exterior for quebrada
deixa de ser a redoma do núcleo.
A sua força vem do fator autossuficiente.
Enquanto ovo, sobrevive a tudo.
não necessita de um outro que o alimente
e é fonte de vida em todo mundo.
Se o importante é ser feliz
vou fazer o que me der na telha
nunca me importando com o que se diz,
pois não me interessa a vida alheia.
Quem sabe amanhã
eu mude de opinião,
mas, enquanto isso não ocorre
sei que não vivo em vão!
É chegada a hora dos reencontros, a vida agora não permiti sorrir, mas no fim o pesadelo vira sonho.
As vozes estão obsoletas.
No mundo não resta nada.
Os anjos tocaram suas trombetas
e consumiram toda desgraça.
Almas guiadas pelas sombras
chegaram ao portal do inferno,
onde se despiram de honra
para queimar no fogo eterno.
Eu caminho pelas sombras para não ser observada, assim oculto numa redoma o que escorre da minha alma.
Nesse jogo de aparências,
sempre guardo meus segredos.
Pois não tenho competência,
para expor os meus medos.
O ruim sempre pode ser evitado.
Dê um suspiro, coma um suspiro
E assim verá que o gosto amargo
desaparece, pois não encontra abrigo.
O doce sobrepõe o amargo
deixando sabor de maracujá
que deixa aberto um vasto espaço
A fim de conhecer a satisfação de amar.