Coleção pessoal de Janeilson

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LUZ NO TÚNEL
Acreditar no brilho
Ele vem lá no fim do túnel sombrio
Mesmo que cada passo seja infalso
O cada dele fica mais perto do brilho.

Achar cada sensação um frio
Por a mão e achar fogo
Dar um passo e pisar num poço
Aparente vida do meio.

Involuntário sistema de passo
Não para até passar esse túnel sombrio
E chegar naquele brilho, sem frio
"Bonito túnel com brilho": eu digo.

Foi?
Foi...
Enaltecer o ganho
Abrandar o nórdico
Esclarecer o sóbrio
E engrandecer-se no pódio.

Claro?
Claro...
Não quero dizer
Audaz, vou fazer
Até as portas colapsar.

Ok?
Ok...
Acho que já é o suficiente
Digo mais, vou atrás ferozmente
Digo mais, cala-te.
Se não cair, eu faço cair!

Transmuto de cor a cada hora
Transformo o tom a cada falada
Mudo de rota pela décima passada
Quem diria ser assim, nada para cima.

Mesmo mudando o pensar
Lembrando em falar
Das coisas que nunca me fez aliviar
Para que no fim pare o calejar.

VOCÊ É MAU?
Tem traços de personalidade forte
Fala sobre coisas sombrias tipo a morte
Traduz elipses sem nem um Norte
E além disso, em pensamentos é pobre.

Maldade é trazida pelo o outro
Formada pela ilusão do manso
Regada e rechaçada pelo feitor próprio
E além disso, germina consigo.

Genese não sei muito onde é
Só faz trazer aquele ódio de sentar o pé
Seja nos de afeição ou êmulo isso pede
E além disso, formada aí dentro, exige.

E tá e fala e sem notícia do outro
Inflama o que dizia e não o ofusco
Mas é bom não tá nem aí e ponto
E além disso, talvez isso explique a fereza do tosco

Solito, solicito e dividido
Acabo como náufrago
Inunda as imundas ocas deste corpo
Sofro de novo, mesmo sem adorno.

Cauteloso até demais para sair bem
Astuto e perspicaz, mas não está também
Caindo de repente novamente
Arcabolso de choro: tem.

Agora só resta navegar
Nas lágrimas de desta ilusão
Quem diria que iria mesmo pagar
Pelo que os irmão mente e coração criaram.

SERÁ MESMO, CAMÕES?

Amar nem sempre é fogo
Por vezes, só uma chama
Digo... nem sempre arde
Acaba sendo só morno.

Sinto, nem sempre, tal ferida
Que nem exista no meu mundo
Esvaindo, então, nem dor
Acaba que acaba sendo somente isso.

Talvez seja um ganhar em perder
Confuso demais para contentar
Levando a todos a acreditar
Que essa faísca possa a vir a fogo ser.

Nem preso queira está
Junto a ela poderia até pensar
Se afastando cada vez mais, não dá
Por isso, nem arde, nem há dor.

FAZ SENTIDO?

O sentido da vida por vezes parece estranho
Não diria somente estranho
Colocaria peculiar, trazendo algo desconexo
Pois não faria sentido se não fizesse sentido
Estranho não é nem o sentido
É o sentido criado e transformado
Para de alucinações, sentido eu faço
Traçado passo a passo
Talvez um dia faça sentido.

NÃO!

O sabor é amargo
A textura é meio áspera
Ao invés de entrar pela boca, há é saída
Desafiador, audaz e, por vezes, cômico.

Descreve sucinto e rápido o pensamento
Formador de inimigos, e é bom que tenha
Aproximador de reais amigos, e que venha
Três letras se montão e então, pronto.

Oditnes

Enquanto isso, eu traduzo neurose em palavras
Cada uma uma com seu ritmo
Cada uma com sua falta de sentido
O bom disso é que não ligo.

Bem, pensando nisso, que tal pensar em ligar pra isso?
Acho que não!
Isso é pura extravagação!
O bom é que é bom, o ruim é se for ruim!

MUDANÇA BRUSCA

Cantarolavas mios esquisitos
Sabidos que era nocivos
Continuavas na boca em gritos
Cale-se peste! Pois dói os ouvidos!

Nada de parar a matraca
Mudando o tempo verbal na lata
Justamente para mudar o sentido
Diz-me, o que tens ouvido disso?!

O mundo te rasga
Você não acha certo apanhar
Acaba indo contra toda cena
Se vitimiza no chão sem parar de apanhar.

Levanta a cabeça e não olhe para o chão
O solo é piso para impulso, oh capitão
Capitão de sua vida
Ergue os ombros e tenha decisão.

Não seja vítima do mundo
Dê ao mundo seu crivo
Crivo de ser indubitável de bom
Bom de bater até o mundo está ao seu chão!

Tá!
Paro e penso
Para que fazer isso?
Nunca acho motivo!

Tá!
Será mesmo que isso é lícito?
Não para o mundo jurídico
Mas para meu eu, o eu vivo!

Tá!
Paro novamente e penso
É isso que vou fazer para o mundo
Então cala eu, você e o mundo!

VALENTE MOÇO
Valente moço!
Por aturar rabujas
Deste ser sem alcunhas
Nem de ao menos aguarrás.

Valente moço!
Tolera coisa alheia
Faz de te luz que incandeia
E deixa os sonsos se debaterem.

Vejo-te na minha retina dia após dia
Vejo-te nos meus pensares noite após noite
Vejo-te, vejo-te, vejo-te.

Vejo-te longe dos meus braços
Longe dos meus abraços
Longe dos afagos.

Triste fim deste
Só por pensar no deleite
Em amar quem desvanece dele.


Noites mal dormidas
Sonhos sem alcançar
Batalhas internas adormecidas
E ainda insisto em sonhar.

Traçado do desesperado
Que ressurge a sonhar
Calejado dos não's recebidos
Porém vivo, quem sabe chego lá.

EXCELÊNCIA
Traduzir o que falo é fácil
Complicado é compreender
Embora não saiba de nada
Me preparo para saber
Nunca atingindo o ápice
Mas sempre em busca dele é meu dever
Se nada fizesse, mediocridade já houvera instalada
Sem deixar se abater, embora confuso ficasse
A excelência hei de buscar a cada instante.

VIVA!
Será momento ou exclusão?
Dia passa demorado, embora seja
Se o tal momento fica entre o crepúsculo e a penumbra, que torre nos irradiados raios do sol
Se o tal momento encontro na escura noite que derrame o deleite da tristeza e fique pura
Se excluído, que viva
Intensidade na alegria de ter aprendido
O recado é: Viva.

VACILO
Vacilo do século XXI não trás nada moderno
Já existente no paleolítico, hoje enaltecido e escondido se repete de paradoxo em paradoxo
Ditado dito que gato tem sete vidas
Confiança só tem a única, frágil e duvidosa
Quebrada vai-se escorrendo nos confins da angústia
Do ser mordido por criatura
Que muda de cor a cada curva

SOL DO OUTRO DIA
Formando um tipo de entrelaço
Redes neurais, química maravilhosa cerebral
Advindo de um ser maestral
Porém conduzindo a dois caminhos talvez distintos
Um serotonina dança valsa
Outro dor física e psicológica não se diferenciam
Nociva dor de tal rebelia
Outrora trouxera intelecto para o Sol que irradia no outro dia

PRESENTE
Horas e horas aqui a esperar
Esse tal de futuro nunca chegará
O tempo que se passa e você a esperar
Talvez aquele amor, ou amores vê passar
Te atenta ao presente pois a Conquista vive lá
Cuidado para não estragar, vendo o Seu chegar e você a recusar
Talvez esse venha a buscar alguém que possa enxergar o presente, pois de praxi Eu vivo lá.