Coleção pessoal de JaciaraGomes
Li um pequeno texto esta manhã que me permitiu refletir! Ele dizia, em resumo, que eu deveria parar o que estivesse fazendo e olhar o céu, perceber suas cores. Sentir a temperatura do dia em minha pele.
Assim eu fiz, o dia está frio, senti este vento gelado que meu deu calafrios, mas ao reparar as árvores e os pássaros, sentindo o cheirinho de almoço preparando no restaurante ao lado, logo assim, tão cedo, me fez compreender que estou viva. Apesar, de triste, existe uma alegria maior, que é viver e poder escolher recomeçar.
Uma vez ouvi dizer, que por definição viver é começar de novo. Pois bem os primeiros passos são vontade e coragem. Acho que nenhum desses dois me falta.
É realmente, talvez eu esteja louca, hoje me definiram assim. Pode ser que se eu estiver louca eu não saiba, mas não me sinto louca, doente. Existe algo em mim maior do que qualquer coisa que me digam: o sentimento. Sempre fui assim, sempre senti. Então, se eu estivesse louca eu sentiria.
Por tanto, sinto só fúria, a chata fúria da desilusão, do sentimento de perda, do estômago embrulhado infeliz. Sinto a dor da decepção e de ver sonhos corrompidos, presente virando passado e bate um medo do amanhã. Eu sempre vou escolher estar feliz, mesmo que isso não seja possível. Não sou de vestir máscaras, ah isso nunca vou, mas sou de vestir vontade, vontade de viver bem.
A minha missão é ser feliz, a missão de todo mundo é essa. E a partir da nossa felicidade proporcionar da mesma forma para o outro.
Vou recomeçar, realmente viver com intensidade o dia, sem medo, ainda triste, pois existem sentimentos inevitáveis. E se eu estiver louca, que tenham pessoas que entenda esta loucura, compartilhe ela comigo e a complete. Nunca pedi para ser normal. Na verdade acho tão chato ser normal.
Até hoje minha maior loucura foi a sinceridade e o amor. Se isso é ser louca, quero enlouquecer ainda mais cada dia.
Quem me dera que tudo fosse verdade. Esperei tanto para viver algo parecido com isso e agora tem cheiro de ilusão. É tão estranho, quando sabemos que estamos errando e seguimos em frente. O que nos leva a fazer isso? Acho que muita gente passa por isso, essa guerra de razão e emoção, guerra de dúvidas cheia de mas e talvez. Eu escolhi ser feliz, só não sei como chegar a isso. Para eu ser feliz só me basta fazer alguém que eu goste feliz, nunca quis muitas coisas, sorrisos me bastam.
Eu quero verdades. Duras ou doces, prefiro verdades. Um cheiro, abraços e olhares ternos. Ouvir música e conversar. Às vezes extravasar. Quero confiar, sentir, tocar. São tantas coisas que quero, mas, essas coisas são simples e básicas. No fim de tudo percebo que algo preenche todos os meus quereres: olhar nos olhos e ver verdades, sentimentos... Quem me dera.
Tanto quis que conseguiu, depois que conseguiu deixou de querer, pois a única resposta para continuar querendo e não tendo.
Nem tudo que queremos falar, falamos. Nem todo modo que queremos agir, agimos. Nem tudo que sentimos, é expressado da forma que queremos! Culpados?! Nós? Talvez... Mas, também aposto na culpa da sociedade, da cultura e da ética... que não nos deixam ser livres... Talvez eu esteja cansada da tal libertinagem, mesmo que é impossível que um dia seja seguida ao pé da letra a tal, verdadeira e desejada LIBERDADE!
Vou morrer sem saber se amei, porque nem as melhores poesias sobre amor que li, conseguiram me explicar o que é amar!