Coleção pessoal de Janinekussler
Aqui jazem sobreviventes
E em todo lugar
Do novo velho mundo decadente
Suprimindo suas vozes
Outrora ativas, ferozes
Agora doentes
Corpos meros recipientes
De amor líquido
Numa vida real inventada.
Angustiado coração
Ainda sinto o cheiro
O toque, o beijo
Embriagado de paixão
Latente desejo
Melodia de arpejo
Dependente compulsão
Lascivo e imoderado
Anseia o ser amado
Sestrosa condição
Noite fria
Cama vazia
Enfim sós, melancolia.
Poetizar
Enfim me-ei poetizar
No livre e leve gesto de amar
Enquanto aprendo, ensinar
Em pensamento e ato, sintetizar
O turbilhão de sentimento
Presente em um momento
E propagado pelo tempo
Que nunca há de se apagar.
Então virá felicidade
E junto à ela, liberdade
Pois só aquele que ama, deveras sabe a verdade.
Um querer
Quero em teus braços me perder e em teus olhos me encontrar
Ser sempre tua e pra sempre te amar
Mergulhar em teus lábios, te fazer suspirar
Quero ser teu esteio, tua chama, tua guia
E poder te trazer toda sorte de alegria
Quero ser a mulher, a amiga e confidente
A amante e cúmplice no futuro e no presente
Vou curar tuas feridas e zelar por ti
Porque aquele que ama até a tua dor pode sentir.
A nossa percepção das coisas não corresponde à realidade dos fatos mas cria as condições necessárias à adaptatividade.
Um barco pode cruzar oceanos desde que não deixe que a água que está ao seu redor entre dentro de si.