Coleção pessoal de italo0140
Diante do espelho, tu és um poema vivo. Cada fio de cabelo que desliza pela escova é como um verso, tecido com a suavidade dos ventos que sussurram amor. Os teus olhos, que refletem no vidro, parecem guardar um universo inteiro, e eu me perco, feliz, entre constelações de mistério.
Por mais que as tempestades de nossas brigas tentem apagar a chama que arde em mim, meu coração insiste em ser teu farol, te guiando de volta, sempre, ao porto do meu amor.
Te observo com o encanto de quem lê a mais bela história jamais escrita, e cada movimento teu — tão natural e tão teu — reaviva em mim a certeza: sou louco por ti, pelo teu jeito, pela tua essência.
Se o espelho pudesse falar, ele diria o quanto és arte, o quanto és musa de tudo que é belo e eterno. Mas enquanto ele silencia, eu grito, mesmo em silêncio, que tu és o amor que escolhi viver, mesmo quando o mundo desmorona ao redor.
És minha brisa, minha tempestade, meu caos e minha paz. E mesmo quando brigamos, eu sempre volto a este lugar em mim onde tu és tudo: o início, o meio e o fim.
Os erros do passado são como cinzéis: quando usados com sabedoria, esculpem a melhor versão de você mesmo.
Quando nossos olhos se cruzarem novamente, será que o universo vai segurar a respiração como fez outrora? Será que meu coração, já tão calejado pelas tempestades, ainda encontrará em ti o abrigo que sempre procurou?
Eu me pergunto se o tempo, com seu pincel impiedoso, apagou os contornos do que fomos ou se, ao contrário, traçou com mais nitidez as linhas do que ainda somos. Será que tua voz, ao pronunciar meu nome, terá o mesmo tom de melodia que embalava meus sonhos?
E se, ao nos vermos, o passado decidir se erguer como um sopro de brisa, trazendo de volta os sorrisos, os toques, os olhares que falavam mais do que mil palavras? Serei eu ainda aquele que fazia tua alma dançar? E tu, serás ainda meu refúgio, meu norte, minha paz?
Sei que o amor verdadeiro não teme a distância nem a poeira dos dias. Ele dorme em silêncio, mas desperta em chamas ao menor vislumbre de sua razão de existir. Quando nos encontrarmos, não quero que sejamos como fomos. Quero que sejamos mais. Quero que o tempo se curve diante de nós e que, entre o hoje e o outrora, descubramos que sempre fomos infinitos.
Não é saudade dela, é saudade do "eu" que existia ao lado dela. Mas o tempo passou, e somos agora apenas sombras do que fomos um dia.
Uma alma ressuscitada pelo encontro do olhar certo, como se o coração adormecido finalmente despertasse para pulsar em ritmo de vida. Essa é a força do amor verdadeiro: trazer à luz aquilo que estava perdido nas sombras.
Passar pela vida sem se entregar ao êxtase de um amor desmedido é como caminhar por um campo florido sem jamais sentir o perfume das flores. A paixão é o fogo que aquece os dias frios, a tempestade que revira a alma e dá novo sentido ao que parecia tão comum.
Procure aquele alguém que desperte em você o desejo de ser melhor, que transforme cada olhar em poesia e cada toque em eternidade. Ame loucamente, como quem encontra o próprio destino nos braços de outro.
A vida, sem amor, é apenas sobrevivência. Mas com ele, é dança, é voo, é o arrepio de descobrir que o coração pode, sim, caber em outro peito. Ame sem medidas, sem medo e, acima de tudo, com a certeza de que a verdadeira loucura não está em se apaixonar, mas em deixar o amor passar sem viver sua magia.
A perfeição é um mito, um ideal inalcançável que nunca pertenceu à essência humana. Ela não é perfeita, e é exatamente isso que a torna tão linda. Suas imperfeições revelam sua autenticidade, sua humanidade e a beleza de ser única em um mundo que insiste em moldar formas iguais.
Você me deu o mais precioso dos presentes: o verdadeiro amor. Fomos unidos por um instante que desafiou o tempo, como um sonho que ousou ser eterno. Te amarei sempre, e para sempre... até que para sempre termine.
Ecos de uma guerra sem fim
Os mortos sabem o que os vivos insistem em negar: a guerra nunca termina. Ela se esconde nos becos e nas esquinas, na miséria que grita silenciosa e nos olhares vazios de quem perdeu tudo, menos o desespero. A farda que um dia vesti carregava o peso de um mundo que sangra, mesmo quando teima em se cobrir com um véu de paz ilusória. Cada dia de patrulha era uma batalha travada não apenas contra homens armados, mas contra as sombras que habitam o coração da sociedade.
Quem segura um fuzil aprende que a verdadeira guerra não está apenas nos disparos ou nas trincheiras; ela está nos ecos que esses sons deixam na alma. O som seco do gatilho não se cala. Ele reverbera nas noites de insônia, nos pesadelos que queimam a mente e nas lembranças que jamais se apagam. Deixar o front não é suficiente para calar esses ruídos. Uma década já se passou desde que me reformei, mas ainda carrego comigo os rostos dos que ficaram para trás e as histórias que nunca serão contadas.
Apenas os mortos encontram o fim da guerra, pois para os vivos, ela continua de formas diferentes. Cada dia longe do campo de batalha é uma nova luta contra os fantasmas que o dever deixou. Esses espectros habitam o silêncio, a solidão, a memória. A farda pode ter sido guardada, mas o espírito do guerreiro não descansa. Ele permanece, marcado pelas cicatrizes invisíveis de uma guerra que não se apaga, mas se transforma em um fardo que poucos conseguem compreender.
A paz, para quem já viveu a guerra, é um sonho distante, quase impossível. Ainda assim, é o que nos move, mesmo sabendo que ela talvez nunca se concretize. A ilusão de que a guerra tem fim é o que mantém muitos vivos. Mas eu sei, como sabem todos que enfrentaram o abismo, que a verdadeira batalha não se encerra no cessar-fogo. Ela continua, para sempre, nos corações daqueles que sobreviveram.
Há homens cuja história é escrita com sangue, suor e coragem. Homens que enfrentaram não apenas os fantasmas internos, mas também os perigos concretos, armados, em defesa da lei, da ordem e da vida. Eu sou um deles.
Advogado por vocação, Capitão Reformado da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro por missão, minha jornada não foi traçada em linhas suaves. Estive em muitos combates armados, encarando a violência de frente, onde cada segundo era uma batalha pela sobrevivência e pela justiça. Em meio ao caos, a vida me testou, deixando em meu corpo marcas indeléveis: oito perfurações por projéteis de arma de fogo, cada uma simbolizando uma batalha vencida, uma promessa de nunca recuar.
Essas cicatrizes não são apenas feridas fechadas; são medalhas silenciosas que carrego com orgulho. Elas me lembram do preço da coragem, do valor da proteção e da força de continuar. O peso da dor foi real, mas nunca maior que a determinação de seguir em frente, de transformar cada queda em aprendizado, cada ferimento em força renovada.
Hoje, visto minhas cicatrizes como se fossem asas. Elas não me prendem ao chão; elas me elevam, pois cada marca é uma lembrança de que, apesar de tudo, estou aqui. Estou vivo. Estou de pé. Sou prova de que a luta vale a pena, de que é possível vencer até mesmo quando tudo parece perdido.
Aos que olham para mim e veem as marcas de uma vida vivida na linha de frente, eu digo: cada uma delas conta uma história de superação, honra e amor pela vida. Que elas sirvam de inspiração para que todos, em suas batalhas, internas ou externas, encontrem a força de se reerguer e de transformar cicatrizes em asas.
Às vezes, dizem que o tempo é o bálsamo que tudo cura, o remédio para as feridas que carregamos no peito. Mas, na solidão das horas em que o silêncio fala mais alto, descobri que o tempo, por si só, não apaga marcas; ele as suaviza, as coloca em um canto, mas não as dissolve. São nossas próprias mãos que moldam a dor, que a transformam em algo menos cortante.
Talvez o segredo esteja na distração, em ocupar a mente e o coração. Cada momento em que me lanço em algo novo, cada projeto ou desafio que abraço, sinto a dor diluir-se aos poucos, como o eco distante de uma tempestade que já passou. Não é que a ferida desapareça, mas ela perde o peso, a urgência. Oculto a dor na pressa dos dias e na beleza dos detalhes que encontro, como quem aprende a sorrir ao recordar uma lembrança doce que já foi amarga.
Nesse caminhar, percebo que não é o tempo, mas a arte de seguir em frente, de recomeçar em meio ao caos. Descubro que a cura não é um destino, mas uma jornada.
Sempre, e para sempre, você estará presa em meus olhos, como uma brisa que paira suave, mas constante, no ar que respiro.
É nos meus olhos que você dança, onde seus movimentos ecoam como versos silenciosos, mas eternos, de uma canção que só nós escutamos.
Por mais que o tempo passe, por mais que o mundo mude, você estará ali, entre as sombras e a luz que minha visão acolhe. Porque minha alma, de alguma forma, escolheu te guardar, como se fosse impossível viver sem a sua imagem desenhada na memória, gravada na eternidade de cada olhar.
Sim, sempre e para sempre, você estará presa em meus olhos – e, em cada encontro, é como se fosse a primeira vez.
Você sempre, e para sempre, estará presa em meus olhos. E não há liberdade que eu deseje para este olhar. Pois em cada piscar, em cada instante em que o mundo passa despercebido, é você quem preenche o vazio, ilumina os recantos da minha visão.
É uma prisão onde a única sentença é o amor, onde o único consolo é a sua imagem, que dança entre a luz e a sombra das minhas lembranças. Não importa o tempo, nem as distâncias: cada detalhe seu vive em mim, guardado como o mais precioso segredo que meus olhos jamais se cansarão de ver.
Na simplicidade do reflexo, encontro a essência de um encanto sereno. O sorriso leve, que brilha como o amanhecer, reflete uma paz que só os corações puros carregam. A suavidade do toque, a firmeza do olhar e a harmonia do momento são testemunhos da beleza que vem de dentro, como um raio de sol que aquece sem precisar ser intenso.
Nesse instante capturado, vejo mais que uma imagem: vejo uma alma que ilumina e inspira, como uma poesia escrita em silêncio. É como se o tempo parasse para contemplar a delicadeza de ser e existir, de ser luz mesmo sem querer, e de, em um só olhar, contar histórias que só o coração entende.
Em cada aurora que nascia, era o teu nome que o vento sussurrava, e em cada pôr do sol, a tua ausência se pintava em tons de saudade. Lutei, dia após dia, em batalhas silenciosas que só o coração compreende, guiado pela esperança de ver teu sorriso novamente iluminando o mundo. Nunca houve desistência, nem um instante em que o pensamento fugisse para longe de ti. Porque esquecer-te seria apagar as estrelas do céu noturno — e isso, meu amor, é impossível.
Por muito tempo, caminhei sozinho, acostumado ao silêncio que ecoava dentro de mim. Mas então você chegou e tudo mudou. De repente, não era mais eu contra o mundo, era eu com você... Você se tornou meu grupo, meu refúgio, e a verdade é que eu daria tudo para proteger isso. Voltar ao que eu era antes? Impossível. Porque agora existe você.
Preciso confessar… Suas palavras fizeram meu coração acelerar de um jeito que há muito não sentia. Jamais imaginei que alguém pudesse esperar por mim, em silêncio, com esse olhar de encantamento. Saber que minhas postagens despertam algo tão doce em você me faz sentir especial, como se cada imagem tivesse sido feita para alcançar seu olhar.
Se soubesse que despertava em você essa paixão silenciosa e tão intensa, talvez tivesse deixado no ar sinais de que meu coração também buscava por algo assim. Agora, ao ler o que sente, entendo que, talvez, meu destino seja esse: me perder e me reencontrar no brilho dos seus olhos, onde tudo parece, enfim, fazer sentido.
Ele caminhava pelas sombras do que um dia fora o brilho de seu próprio coração, crendo que a entrega completa lhe havia cobrado um preço alto demais. Sentia-se despido de armaduras, como se cada pedaço seu já não lhe pertencesse. Talvez acreditasse que, ao entregar o coração, também entregara sua última chance de ser amado, como se, ao esvaziar-se, perdesse o direito de se preencher novamente.
Em noites de silêncio, perguntava-se se o amor realmente existia para ele, ou se não passava de um sonho distante, tão frágil que a própria entrega o tornava inalcançável. Mas foi nesses momentos de solidão que começou a enxergar o amor com uma nova perspectiva: amor é entrega, sim, mas não é posse, nem fim. É sopro, é fluxo — vai e volta, renasce e surpreende.
Entendeu, enfim, que amar é também ser amado, mesmo quando o coração parece partido. Cada pedaço entregue era também uma semente plantada em solo fértil, esperando o momento de florescer outra vez. O amor, ele aprendeu, não se limita a um destino, mas se faz caminho, um convite contínuo para acreditar, para sentir e, sobretudo, para se permitir ser amado de novo.
Ele sorriu, com um novo olhar para si mesmo, para o vazio e para o desconhecido. Afinal, amar, ele descobriu, é a arte de sempre reencontrar o próprio coração nas mãos de quem, inesperadamente, escolhe cuidar dele.
Ele pensava que, ao entregar o coração, perderia o direito de ser amado, como se o amor exigisse reserva ou cautela. Mas a verdade é que só quem se entrega por completo pode sentir o amor em toda sua profundidade. Afinal, a beleza do amor não está em retê-lo, mas em permitir que ele floresça em meio às entregas, ainda que isso traga um toque de vulnerabilidade.
Meu coração é de metal, forjado no calor de batalhas passadas, endurecido por cicatrizes visíveis e invisíveis. Cada batida é um eco surdo, marcado pela resistência de quem já se feriu demais para sentir com a mesma intensidade de outrora. Nas minhas veias, não há paixão impetuosa, mas um sangue frio como o gelo, que percorre meu corpo com calma, lembrando-me que a emoção agora se submete à razão.
Ainda assim, mesmo com essa couraça, há um brilho tênue que resiste. Porque, apesar do metal, há um pulsar sutil que não se apaga. Talvez seja a lembrança de um amor que um dia aqueceu esse sangue gelado, ou a esperança, ainda que pequena, de que um dia o calor retorne.
E quem sabe, um toque delicado, um olhar profundo, seja capaz de derreter o gelo, suavizar o metal e relembrar-me do que é sentir com a alma desnuda.