Coleção pessoal de IsmarViana

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⁠Se os brasileiros não conhecerem o papel das instituições incumbidas de garantir a manutenção de um ambiente democrático, nunca saberão, pelo menos na dimensão certa, a importância de viver em um Estado Nacional e Democrático de Direito.

⁠É essencial que agentes do Estado tenham independência e segurança para serem os olhos da sociedade no Estado. Se o agente, contudo, atua mirando em projetos pessoais, a prerrogativa da independência se transforma em privilégio, em instrumento para traições institucionais.

⁠Mesmo diante da omissão daqueles que se furtam ao dever de interditar os arbítrios estatais, as deslealdades e abuso das prerrogativas funcionais, o terreno institucional democrático há de mostrar que a “lei é pra qualquer um, seja quem for”, como cantou Dominguinhos.

⁠O "modus operandi" de projetos ilegítimos de manutenção de poder, que se materializa na máxima “uma mão lava a outra”, pavimenta caminho para os desvios de recursos públicos, irriga o sentimento de impunidade e mina a finalidade preventiva dos sistemas de responsabilização.

⁠A estátua na praça, por si só, não é sinalizador de relevantes serviços prestados, podendo, não raras vezes, ser instrumento utilizado para induzir a fabricação de benfeitores.

Em tempos de transparência de atos públicos, está cada vez mais fácil de identificar o agente público que se autointitula defensor do Estado de Direito, mas age funcionalmente como se ainda estivesse sob a égide do Estado Policial.

Para além de revelar que a vida não é um jogo de improvisar, o correr das horas dita que é a intensidade com que cada passagem dela é vivida que vai definir se os momentos serão ou não eternizados em nossas lembranças.

Sendo as instituições republicanas integradas por homens que vivem em sociedade, a ética que parametriza as relações interpessoais reflete diretamente na ética que pauta as relações institucionais. A indissociabilidade desse vínculo tem causado prejuízos imensuráveis a um povo, por afetar diretamente a tão almejada pacificação social.

Quem escolheu ser agente público deve acolher a ideia de que fez da vida um passeio público. Saber o que faz, onde faz e quanto recebe por isso é o mínimo de satisfação que deve a quem paga por isso.

É a dignidade das pessoas que as torna dignas de respeito.

São as circunstâncias da vida que nos permitem concluir que é preferível acreditar nas pessoas a viver tentando antever as intenções delas em relação a nós.

Somos donos do nosso destino. Por isso, transformem seus sonhos em metas, para que eles não sejam sempre sonhos. Quanto ao alcance delas, tenham em mente que dependerá do esforço empreendido por vocês.

Não dispor de algo para oferecer revelará o valor que você representa para quem necessita.

O dinheiro que sobra para a manutenção de privilégios é o que falta para garantir a oferta de serviços essenciais.

Em torno de uma demanda, cada um se julga detentor do melhor direito, da melhor razão. Eis aí a necessidade de um terceiro verdadeiramente imparcial para solucionar a quizila.

Quem não é a nosso favor não é necessariamente contra nós. Por isso, a melhor forma de demonstrar a nossa imparcialidade é expondo os motivos pelos quais defendemos determinado ponto de vista.

O correr das horas revela que a vida não é um jogo de improvisar.

Impor exemplo demanda exemplaridade de conduta.

Nos dias de hoje, aquele que não perceber que o poder é mero exercício de competência, não podendo dele abusar, suportará as amargas consequências pela falta de lúcida e lógica percepção.

Por mais difícil que pareça ser, o presente não pode impedir de apostarmos no futuro.