Coleção pessoal de IntoTheVoid

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⁠Homens falariam até com as árvores se elas dessem o primeiro passo

⁠Aqueles que, ao contrário, sentem intensamente o ódio, o desespero, o caos, o nada ou o amor, que cada experiência consome e precipita em direção à morte; aqueles que não podem respirar abaixo dos cumes e que estão sempre sós, ainda mais quando estão cercados de gente – como poderiam seguir uma evolução linear ou cristalizar-se em sistema? Tudo aquilo que é forma, sistema, categoria, plano ou esquema procede de um déficit dos conteúdos, de uma carência de energia interior, de uma esterilidade da vida espiritual.

⁠Aqueles que têm poucos estados de alma e ignoram a experiência dos confins não podem se contradizer, uma vez que suas tendências reduzidas não saberiam opôr-se.

Trazer filhos para este mundo é como carregar lenha para uma casa em chamas.

⁠O homem é o ser trágico final, porque ele aprendeu o suficiente sobre o mundo para perceber que o mundo estaria melhor sem a presença da humanidade.

⁠A barbárie moderna de "salvar" o suicida é baseada em uma incompreensão horripilante da natureza da existência.

⁠Cada nova geração pergunta – Qual é o significado da vida? Uma maneira mais apropriada fazer essa pergunta seria: Por que o homem precisa de um significado para a vida?

⁠Nós somos mais felizes hoje porque outros o fizeram para nosso bem? Que bem? Se alguém sacrificou-se verdadeiramente para que eu fosse mais feliz no presente, eu sou, na verdade, mais infeliz do que ele, pois não concordo em fundar minha existência sobre um cemitério.

⁠Viver só significa nada mais pedir, nada mais esperar da vida. A morte é a única surpresa da solidão. Os grandes solitários nunca se retiraram para se preparar para a vida, mas, ao contrário, para esperar, resignados, seu desfecho.

⁠O homem faz um doloroso esforço para salvar – mesmo na total ausência de certeza – o mundo dos
valores em que vive e ao qual contribuiu; faz uma frustrada tentativa de vencer o Nada da dimensão temporal a fim de alcançar o universal.

⁠Os jovens falam da morte como de um evento exterior; uma vez atingidos em cheio pela doença, eles perderão todas as ilusões de sua juventude.

⁠É próprio das pessoas normais considerar a morte como algo que surge do exterior e não como uma fatalidade inerente ao ser. Uma das maiores ilusões consiste em esquecer que a vida é cativa da morte.

⁠Os homens ainda não entenderam que o tempo das admirações superficiais passou, e que um grito de desespero é bem mais revelador do que a mais sutil das argúcias; que uma lágrima tem sempre fontes mais profundas do que um sorriso.

⁠Esforçar-se para entender o sofrimento do outro não diminui, portanto, a intensidade do nosso próprio. Em tais casos, as comparações não têm qualquer sentido, pois o sofrimento é um estado que se manifesta na solidão interior e que nada de exterior pode aliviar. Poder sofrer sozinho é uma grande vantagem.