Coleção pessoal de ignorinu
Tem cara de insuportável, pose de metida e coração de criança.
Ela é real.
Ela que vive com a cabeça na lua, com música nos ouvidos e coração na boca.
Ela é gorda, magra, feia e bonita, da mesma forma e quando quer.
Ela que tem defeitos, mas tá sempre em busca da perfeição, sabe-se lá como. Só ela sabe.
Ela não gosta do que vê, mas sorri pra quem a odeia.
Ela não sabe disfarçar.
Ela se diverte até sozinha.
Ela vai te amar mesmo te odiando.
Ela sorri bonito e deixa os outros querendo descobrir qual é o segredo que faz ela ser feliz.
Ela é crente, tem Deus acima de todas as coisas, supera o preconceito, faz amigos onde vai.
Já brigou, já lutou, já pediu perdão.
Já foi orgulhosa, mais já se humilhou.
Odeia briga, não suporta falsidade.
Ela ama, sente e chora.
Ela é menina e mulher, ela sabe muito bem o que quer. Porque apesar de tudo, ela é HUMANA!
O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais medicina, mas menos saúde. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos...
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.
São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del.
A quem interessar possa
Há tempos estou pra lhe falar algumas coisas. Tudo tem ficado muito confuso, cada vez mais sinto que você me alcança menos e acho que esclarecer algumas coisas pode ajudar. Você diz que me ama, mas talvez esteja enganado. O amor compreende, e o amor só ama de verdade aquilo que o completa. Talvez você ame quem você é quando estou por perto. Talvez você ame apenas a idéia que tem de mim, e isso não sou eu. Isso é você querendo que eu caiba nos seus anseios, nos seus desejos. Vê? Isso é você amando a si mesmo. Essa é a soma das suas perspectivas, que muitas vezes não condiz com o real. Nesse caso, não tendo eu outra alternativa além de ser o que eu sou, a você restam duas opções: me ame, ou me deixe. Me queira com tudo o que eu tenho de bom e de ruim, com todas as idiossincrasias e as pequeninas coisas que muitas vezes você nem considera correto. Entenda que eu não escolhi e nem tenho culpa de ser cavalo selvagem: o fato de você conseguir cavalgar comigo depende unicamente da sua destreza. Entenda que eu sou como um gato, variável , inconstante, mas sempre honesto: uma vez que se sabe lidar com ele é garantia de carinho e apego eterno. Caso contrário, arranhões e comportamento arredio são inevitáveis. Caso contrário, se prepare pra me ver fugir ou te ignorar. Quem quer conviver com bichos selvagens deve estar preparado para as intempéries. No mínimo existe a garantia de surpresa e nenhuma previsibilidade, nunca se sabe o que pode acontecer. Pra uns isso pode parecer desesperador, para outros é apenas imensamente emocionante. É sempre seu direito botar na balança e decidir se quer viver assim na corda bamba, numa aventura sem roteiro pré-estabelecido. Mas se me quer por perto, deixa-me ser. Não me tome por pretensiosa por falar desse jeito sobre mim mesma. É apenas uma tentativa de que eu e você descubramos se existe realmente algum laço real, ou se ele é feito de filó. Decifra-me, ou te devoro. Sem dó nem piedade.
Sobre a morte...basta dizer que, em alguns ponto do tempo, eu me erguerei sobre você com toda a cordialidade possível.Sua alma estará em meus braços.Haverá uma cor pousada em emu ombro. E levarei,você embora gentilmente...
Odiei as palavras e as amei,
e espero tê-las usado direito.
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS - ULTIMA LINHA
MORTE E CHOCOLATE
Primeiro, as cores. Depois, os humanos. Em geral, é assim que vejo as
coisas. Ou, pelo menos, é o que tento.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas, nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!