Coleção pessoal de IGabriele
Ouvi em uma música que buquês são flores mortas. De fato, buquês são flores mortas, flores que de ti foram colhidas, que das mais belas a vida foi de ti arrancada e aos poucos esvaída. Buquês são o embelezamento de vidas arrancadas, cortadas pela metade. Usados de maneira que trazem felicidade. Mas há felicidade em algo que foi arrancado e interrompido em seu momento mais lindo?
Ouvi também em outra música que as flores de plástico não morrem. Não seria mais fácil que os buquês fossem de plástico? Seria sim, a artificialidade faria durar o sentimento que de início se teve, se é pra trazer felicidade, que ela ao menos dure. Não é mesmo?
Mas porquê há mais beleza no que é morto e ainda continua intacto? Mesmo sabendo que uma hora ou outra vai ser jogado no lixo sem nenhum valor. Não poderia vê o belo em algo que imita o real e deixar que a vida em ti ainda esteja?
De fato a beleza do natural chama mais atenção, mas o natural apodrece quando morre, quando é arrancado. O natural quando arrancado é interrompido, a vida e a beleza acaba não sendo a mesma, porém ninguém pensa dessa maneira.
E porquê a beleza acaba quando as flores murcham? Não deveria ser assim. Se o natural é bonito, porque não deve haver beleza no morto apodrecido? Se é belo o viver das flores e mesmo assim não às mantem, porque não encontrar a beleza peculiar das flores que foram mortas, porém desta vez secas, representando assim de fato, sua vida arrancada de ti. Será que porquê dói lembrar que um dia foram belas? Ou simplesmente porque só é bonito o que os convém?
A vida é fugaz, poucos valorizam. A beleza é fugaz, muitos ainda se importam muito com ela.
Porque não há beleza no diferente? Porque não admirar a beleza de uma coisa que é morta mas de fato relembrar que não há viver alí, admirar a flor enquanto ainda há frescor é fácil, é típico, é muito comum, clichê. Quero ver existir felicidade ao receber uma flor morta que representa a beleza de maneira diferente do comum.
Se uma flor viva pode um dia acabar murchando e um buquê se acabando da mesma forma, porque não dar logo uma flor morta e assim poupar vê-la apodrecer e perder a beleza que é relativa aos olhos de quem vê?
Essa flor pra mim é linda, você vê beleza nela?
Carlos Drummond de Andrade em um de seus poemas disse: Por muito tempo achei que a ausência é falta.
Eu penso diferente, não como sinônimos, pra mim elas se complementam e prefiro pensar assim.
A ausência pode ser definida como ação de afastar-se de casa ou dos locais os quais costuma frequentar. Já a falta pode se dizer que é a supressão da existência; privação, se tratando de esportes chega a ser até uma infração.
A ausência é também a certeza de que você viveu, experimentou, soube o que é e se te fez bem ou não. A falta, você só vai entender depois de viver a ausência.
Talvez não seja tão fácil entender e nem onde essa situação se aplica, talvez nem deva tentar, mas te direi como identifica-la.
Bem, se a ausência te fizer perceber que algo te falta, você saberá do que estou falando. Eu não estou sendo aleatória, não falo de bens materiais ou coisas vazias. Venho aqui falar do vazio/ausência/falta que por muito eu já senti e talvez você também sinta. E não se engane, nem sempre é saudade ou solidão. Falo especificamente do amor, do amor de Deus e da falta dele, da sensação de que nenhum tempo do mundo foi suficiente e da certeza de que não é. Sim, da certeza de que nada e nem ninguém no mundo tem o poder de fazer com que você nunca experimente o que é sentir falta do amor além dEle, por nem ter experimentado direito a ausência do mesmo.
Quando se tem Deus não sobra espaço nenhum que possa ser denominado vazio. Porque Deus supre todas as necessidades vazios e solidão e estar na presença dEle não te faz apenas cheia amor, te faz também transbordar.
Ser amado por Deus, mostrar o amor de Deus, falar do amor de Deus e amar como ele, sem ausência, falta, dor e nem saudade.
Seu eu de hoje não é o mesmo de ontem, a cada dia automaticamente nos fazemos um novo eu. Então não se resuma por atitudes e pensamentos do passado, pessoas crescem e pensamentos evoluem constantemente. E você é pra mim algo que nem você imagina que é e com certeza não é a mesma que já foi pra outras pessoas, porque eu não sou elas.
Por fim, antes do Boa noite que espero que tenha resposta, posso te falar uma coisa? Calma! Não é um "eu te amo"! Posso não ser muita coisa mas ainda consigo ser mais que isso, não precisará mentir. Enfim...
Não desista de mim, não me esqueça, não tenha medo quando eu conseguir ser o “eu” que tanto quero ser, não vá embora.
Dessa vez usei pontos e não interrogação. Só que, assim... você poderia realmente não desistir?
As pessoas odeiam comparações, você odeia a comparação. Então poderia ser aquele alguém que não permite que o igualem simplesmente sendo diferente? É que não sei lidar mais com partidas, mas nessa partida eu te desafio a ser diferente. Continua no jogo comigo? Boa noite.
Carta de apelo para quem entrar na minha vida.
Com amor: Meu eu que muitos não conhecem.
Eu queria muito escrever sobre o amor, sobre felicidade, sobre fazer bem a alguém ou apenas sobre sentir-me assim. Mas como faço isso sabendo que aquele amanhã que o famoso tempo me ofereceu pode não se tornar real?
Mais uma vez essas perguntas sem respostas. É que não posso usar os pontos finais ainda, e se for para usar pontos eu quero reticências ou aquele ponto diferente, aquele ponto que continua, que na escola a professora ensina que é apenas o fim de um pensamento, mas que o parágrafo ainda não acabou; se bem que eu prefiro vírgulas, elas dão mais certeza, você sabe que a história não vai acabar mesmo não sabendo o que vem depois; pontos confundem.
Mas é como eu já disse: Toda história tem pontos, assim como, para todo começo é preciso um ponto. Não necessariamente um final, pode ser um recomeço ou uma simples continuação.
Ainda, assim, eu prefiro, vírgulas;
Você sabe o que é deixar escapar tudo aquilo que você mais desejou e não poder fazer nada além de ser você mesma? Sabendo que não é tanta coisa assim, você não se acha tanta coisa assim.
Sabe o que é se sentir tão incapaz de tudo e principalmente de ser amada a ponto de não conseguir manter alguém em sua vida?
Sabe o que é achar que desconhece o amor e acabar não se amando apenas por nunca ter reciprocidade nos sentimentos que está disposta a oferecer aos outros mas nunca pra si mesma?
Se a resposta for sim para alguma dessas perguntas, então sabe o que é rejeitar o amor quando ele aparece. Entenderá então o que é ter medo de se entregar, ter medo de errar, ter medo de machucar e de, por fim, se machucar também e acabar ferida como sempre. E se sabe disso tudo, está pronta para compreender o motivo de tudo se tornar real, toda vez, outra vez... Porque sempre à entrega de alguma das partes, sempre haverá feridas a serem abertas por algum erro cometido; esses serão os sempres que poderá ter certeza que irão existir; e o motivo é justamente esse pensamento de autoinsuficiência e que enquanto não mudar, nada disso mudará.
Então, contudo, entretanto e porém... Pode me ensinar como faz parar? Eu quero ser feliz com alguém.
Eu sempre falei pra evitar conhecer o pior de mim, mas e quando conhecem o pior antes mesmo de saber que tenho, ainda assim, uma parte boa para mostrar e algo bom a oferecer?
Como sempre, eu e minha mania de fazer perguntas sem respostas, sem as respostas que eu mesma deveria saber, mas eu nunca sei, nunca sei de nada, nunca sei ser eu, nunca consigo mostrar quem sou. Nunca posso dar continuidade em nada que tenho pretensão de ter para mim, e por quê?
Essa pergunta eu sei. Porque eu estrago tudo!
“esse texto não terá final pois ainda se faz presente.”
E qualquer coisa é só lembrar que se conquistou uma vez, pode conquistar outra, só depende do seu querer. Se me quiser, me conquiste.
Até não ter motivos do meu desprezo, ainda serei uma incógnita fácil de encontrar querendo a variável que é você. E tu é de exatas, não é mesmo?!
Sabe aquela chance boa que sabemos e sentimos a necessidade de sempre tê-la? Aquela que te faz querer estar sempre perto, por dentro de tudo que acontece com a pessoa. Aquela mescla de empatia, carinho e apego.
Como podemos definir? Como posso transmitir em palavras um sentimento que nem sequer tem nome?
Queria saber o que acontece comigo quando penso que ontem não te conhecia e hoje te conheço, quando penso que dias atrás era diferente do que sou hoje, a maneira de pensar e ver algumas coisas. É como se eu me renovasse a todo momento depois que você começou a fazer parte da minha rotina e em tão pouco tempo. Foi pouco o tempo, embora eficaz.
Queria saber te passar a mesma sensação só para ter a certeza que sente o mesmo, mesmo que não consiga falar-me.
Quando penso no hoje logo lembro do ontem, e o amanhã me faz ficar cada vez mais curiosa. O que vai acontecer? Quero saber o que estar por vir, o que ainda vai acontecer, a proporção que pode tomar. Mas também tenho medo, tenho medo da mesma coisa que me faz ter curiosidade. O que pode acontecer?
É contraditório, como é possível sentir vontade que o tempo depressa passe se não quero depressa sentir? Quero saber rápido do amanhã, mas essa vontade está intercalada com a vontade de viver o hoje e continuar a sentir todo esse gostar lentamente a ponto de não querer que acabe.
Ah! Deixando claro aqui que não é paixão! kkkkk
Pode ir além da paixão, pode ser melhor, não é passageiro, eu sinto! Não é físico, é questão de alma. Acredito que nossas almas sejam próximas e que estejam interligadas, não sei você.
Somos diferentes mas complementares; talvez por isso sejamos. Nos damos bem até de mais, a coisa flui. É natural.
O que pretendo ao te dizer o que falo agora? Não sei, as vezes tenho essas necessidades de falar, apenas falar. Não quero dizer nada além do que sinto, não me refiro ao que quero. Talvez eu não saiba o que quero, sabe aquele talvez? Então. Mas o que quero no momento é não te perder, viver o hoje e continuar sentindo o que me faz sentir.
Depois que te conheci... É como eu disse, você me faz mudar a forma que me vejo e que te vejo. Meu jeito de te perceber é inconstante, cada dia é uma coisa nova, uma nova sensação. Nunca mude esse jeito de ser mutável, nunca seja apenas uma coisa só, sempre permita esbanjar as mil versões de si mesma, as pessoas merecem conhecer também.
Como não percebemos o quanto nos afeta? É que na hora não se nota, mas quando me vou, a minha felicidade de início aos poucos começa a se esvair.
Do seu lado as horas se passam tão lentamente, mas ao olhar o relógio foi tão rápido que chega a assustar. Eu não quero que acabe, só que percebo que tudo vai se renovar, que vou sentir esses sentimentos novamente e é tão bom senti-los. Mas porque o tempo precisa passar tão depressa conosco? Porque não mais lento?
Queria viver mais outra vez cada momento contigo, só pra estarmos juntas novamente, sem precisar mudar nada. Só pra não sentir o vazio que da quando olho pro lado e não vejo seu olhar, aquele que do nada me encontra e depressa se desvia toda vez que te olho também, é como se não quisesse que o dia acabasse e eu tivesse que partir.
E quando vou, quem nos tornamos? E o nós?
Pode-se dizer que mudamos constantemente, mas o que sou quando tô com você é parte de mim que nem eu mesma conhecia e não muda, nem quero que mude.
Quando vou, só sei que de mim a solidão se apossa, e o vazio chega bem perto de me conseguir outra vez, mas você já preencheu tudo que um dia foi apenas ar e ainda que anteriormente tivera sido real essa solidão, nossa ela não mais será. Temos uma a outra e o sentimento ainda não identificado, ele preenche tudo que de vazio já foi. Não seremos vazio.
Talvez eu não queira ser forte sempre, para que você cuide de mim, pra que sua força seja um pouco minha também. No fundo é isso que eu quero, ser cuidada.
Talvez eu nem seja forte, mas é mais fácil fingir do que mostrar vulnerabilidade. Porém, pra você... pra você eu posso ser a menina frágil que sou.
Prometa deixar-me longe da chuva, do sol, da umidade. Evita-me quedas, rasuras, cortes. Mas não venho com rótulo de fragilidade, então, perceba-me, porque nunca direi do que realmente necessito.
"Love me till i'm me again"
Me ame até que eu volte a ser eu mesmo.
Até eu conseguir te mostrar quem realmente sou por inteiro. Até que os motivos pra ficar sejam maiores que os da sua vontade de partir, até nada ser maior que o seu amor por mim, que o nosso amor.
Me ame até que eu consiga te reconquistar, até eu ser a borracha que apaga os erros que eu mesma cometi. E mesmo que ainda restem marcas, as marcas das letras que foram escritas com bastante força, fique até que elas se desgastem com o tempo e sejam substituídas pelas novas escrituras que as sobrepõe, as que vamos começar a escrever juntos.
Apenas fique.
Tu que conhece meus porquês, apenas fique.
Eu e minha constante vontade de cada vez mais estar perto de você, mas eu não quero te ter e nem ser sua, embora apenas sua presença não me baste. Eu não tenho a necessidade de te tocar, mas eu quero sentir seu abraço.
Como posso não te querer mas te sentir tão inteira em meu interior? E ainda assim te fazer parte de mim mesmo sem sermos parte uma da outra?
Eu não sei o que é, mas não é vontade carnal. Não é vontade de rótulos vazios e finitos. Mas eu gostaria muito de ter uma certeza, a certeza de que nosso amanhã vai ser sempre lado a lado, mesmo que de longe. É questão de cumplicidade mesmo, de sentimentos infinitos, daquele sempre que não é da boca pra fora. Entende?
Relacionamentos destroem laços, rótulos acabam, relações de alma não.
Seria uma relação de alma que temos, que teremos ou eu apenas gostaria que tivéssemos?
Apenas eu?
Sempre fui apaixonada por alguém em alguma etapa da minha vida, acostumada em nunca ter o que eu quero.
É só mais uma fase normal pra mim e a tristeza vai passar, o sentimento demora um pouco mas a gente acostuma, até lá é só fazer o que eu continuei fazendo a vida toda; vivendo.
Eu vou deixar rolar, até o dia de eu ir embora de uma vez e pronto. Porque o que ta acontecendo ta na sua cara e você não percebe, se for tanto faz e tão "sei lá" pra você, pague pra vê e continue assim que eu vou e você só vai perceber quando eu já não estiver mais aqui.
Amor se conquista, vc gosta de alguém e a convivência te faz ama-lo. Não é só chegar e dizer eu te amo, é demonstrar todos os dias que você ta alí e não vai sair tão fácil.
Não tem a ver com ser meloso ou não, primeiro que se você se disponibiliza a ficar com alguém, alguma coisa você sente por ele. Pode ser falso o que se diz, não o que se sente. Então por isso prefira sempre não falar, só não falar e seguir com o que sente, só demonstre.
Nem que fique só pra você ou que só você saiba que ta acontecendo, não contei.
Deixe rolar, sinta. Faça com que o perceba.
Pelo fato de não aprendermos a lidar com coisas boas e de não sermos familiarizados com elas, quando nos acontece algo do tipo e por não estarmos preparados com a sua chegada, chegamos a ter medo e acabamos nos privando de sentimentos que poderiam nos fazer mais felizes e mais realizados. Deixamos escorrer pelos dedos as gotas que poderiam ter mudado o nosso rio de sinas iguais, que sempre acabam dando no mesmo, gotas que poderiam ter dado um ponto final nas nossas historias de sofrimento e mais sofrimento. Tentar e persistir no erro sabendo que não vai dar certo, dói menos que o medo de tentar ser feliz, de querer ser e acabar não sendo. Perceber que perdemos a melhor coisa que poderia ter acontecido na nossa vida por medo, é a pior coisa que se pode acontecer. O tempo não volta.
Ela é daquelas que se você precisar, pode contar. Ela está com você, mas não significa que quer ser sua. Ela é intensa, ela vive mesmo, ama mesmo e fala mesmo se der vontade.
Ela se irrita fácil sim, mas só se você quiser realmente irrita-la. Porque quando é não, é não!
Aaah garoto, nem tenta, você já tentou e viu no que deu.
Quer te-la? Deixa o tempo resolver, espera. Mas não se iluda, ela não vai ser tão fácil assim... Então espera mais, mas não espere tanto, ela pode nunca mudar de idéia.
Vai saber né, ela é intensa. Ela é incógnita. Ela só quer viver e quem tem que impor as vontades dela é ela mesma. Então deixa pra lá, não insista, mas também não desista, quando ela quiser você saberá.
Estou bem, garota. Tô me acostumando à idéia de que ele ainda vai ser meu, de que aquela dor que fazia morada aqui vai passar, porque foi ele quem colocou e só ele tira, porque só ele sabe fazer isso e sei que fará.
Espero a instabilidade e ela virá quando estivermos abraçados e depositando um no outro o que por muito se deixou pra trás, aquele mal tempo não quero que volte, as tempestades não serão mais as mesmas, quero a instabilidade de agora, o azul do céu aberto e iluminado com a loucura que é ama-lo.
É que as vezes tudo fica cinza e, o jeito dele ver as cores é indo pelo pior caminho visando a melhor solução, mesmo não sendo o meu jeito de ver melhor, existe concordância no degradê que ele quer formar. Nunca vou falar que ele estivera correndo para o caminho mais fácil ou pelo caminho menos difícil, porque quando se ama, o fim é tão doloroso quanto o sofrimento de não enxergar mais, até porque, essa é a sensação, não se vê mais nada, o futuro deixa de existir e passa-se a viver diariamente; não sei quais as cores do amor, mas pra mim, são todas, menos preto e branco. Preto é escuridão, branco é vazio, e amor é repleto de tudo que há de bom e ruim, mal e belo, não existe o nada quando se tem amor e com certeza, não somos vazio.