Coleção pessoal de iahvicentini

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Durmo mal, insônia, suores, febres. Mas não me entrego não.

Eu não sei por que eu estou escrevendo. Eu não sei. Mas li alguma coisa, uma crônica ou algo assim que me deixou encabulada.
“O gosto horrível e podre de fracasso na minha boca.” Fracasso, e tudo o que eu consigo lembrar quando essa palavra me soa aos ouvidos, é na minha fétida e ridícula tentativa de conquistá-lo.
Pretensão?! Talvez. Ainda não tinha noção que os galinhas não são conquistáveis. Ou apaixonados.
E eu, depois de três meses, brutos três meses, ainda acordo e penso nele, e escovo os dentes, e me troco, tomo café e a cada vez que os cinco minutos de descanso do meu dia me permite, eu penso nele.. E quando vou dormir, a dose da imagem fiel noturna dele me vêm de novo.
E no outro dia, e no outro, e no outro, e no outro. Eu deveria consultar um psiquiatra. Eu deveria. Mas não vou. Eu não vou por que isso de alguma forma me reafirma o que eu já sei. E mata todas as chances dele sair da minha cabeça. É, eu não sei por que estou escrevendo. Talvez esse seja um dos cinco minutos de descanso do meu dia. Não foge a tradição. E eu ainda penso nele.