Coleção pessoal de HildalenePinheiro
E, professora
Existem coisas
Que eu não quero aprender
Oh, a última que tive
Me fez chorar...
Então, eu não quero aprender a
Te abraçar, te tocar
Achar que você é minha
Porque não há prazer algum
Para um rapaz do subúrbio como eu
Cuja professora lhe disse adeus!
Sou negra e não tenho um dia... tenho uma vida uma história uma cultura um valor um sonho. Consciência? mas o que é isso mesmo? Prefiro a inconsciência dos desejos, dos ébrios, dos loucos e dos apaixonados. Meu dia são todos os dias. De consciente mesmo só a minha negritude claramente estampada na retina do branco-branco.
(Poema composto para a peça teatral VAGABUNDOS, Teatro do Sesc, Fortaleza- CE, a pedido do meu genial e predileto ator Getúlio Cavalcante, em 27/03/2014, 14:58)
Quando a gente pensa que a dor no tempo passou, que está tudo bem... o telefone chama e ele diz que quer voltar.
Deus parou de marcar os pontos
Em algum lugar longe daqui
Deve ter nos deixado fora do jogo
Ele voltou-se de costas
E todos os seus filhos
Fugiram pela porta de trás.
Se você for o deserto, serei o mar. Se você tiver fome, tenha fome de mim. Qualquer coisa que você peça é o que serei.
Hoje volto cansada ao ponto de partida. Já não trago no olhar o brilho dos primeiros sonhos nem a certeza de que vou sorrir. Foi tudo tão de repente, tudo tão diferente, que eu mesma não sei dizer se fui eu quem quis partir ou se você forçou a despedida.