Coleção pessoal de HelomHeSo
Sentou nu sobre a pedra na beira do riacho e chorou, havia vida florindo por toda a parte, e mariposas engaioladas no seu coração, assim feitas do beijo de felicidade que a vida lhe deu, mas a vida é faceira pra fisgar e desentendida pra por o peixe de volta no mar, boboca apaixonado agora vive sem sono, olhando na foto um sorriso escupido que não é seu.
Sentou sobre a pedra, era tão quentinha quanto abraço de mãe, ou sorriso de namorada, e por isso, mesmo sendo um moço tão serio, ele sorriu, e sambou seu coração sentado na pedra, sem de lá sair, o moço sem calças colocou no bolço o beijo da moça sem disfarces, o mesmo bolço que guardou seu coração.
Na beira do riacho, sobre uma pedra grande, sentado estava um moço despido de preocupações, e ao seu lado uma moça florida de intenções,
cujas quais cobiçam o cheiro dele pra si, "senta em mim, moro em ti, guarda-te da solidão", essas em outras ninguém mais me dirá, meu cheiro lavado no rio não desperta amor em ninguém, sentado na pedra chorei por mariposas no meu coração.
Trabalhar pra ter dinheiro, tê-lo pra conseguir status, pra com este engrandecer o próprio ego e assim amaciar(com satisfações sexuais e egoístas) a dura realidade de ter uma vida sem sentido, enquanto "dons" artísticos, talentos com proveito social e engrandecimento filosófico-questionador são deixados de fora da lista de prioridades humanas... me desculpem se não gosto da maioria de vocês!" -Helom Egídio
Mulher deve ser tratada como o cozinheiro trata seus pratos, excesso de ego e ela o fará infeliz e capacho, total falta dele e ela lhe será inimiga, conclusão, não estou apto a namorar, ainda!
Eu desabafo aqui pra não ter que te contar; eu fiz errado, e escolhi errado também; acreditei mesmo, do fundo do meu coração, e era a escolha certa pra nos três, mas alguém tinha que estar de fora desse final feliz, e veja só, era eu... eu escrevo musicas pra você as vezes, então me encho de ira e magoa e as amasso, porque não posso fazer isso com o que sinto; ora, quão idiota eu ainda sou? Um ano se passou, eu te amo e só; aqui escrevo, porque somente aqui tenho o direito de interferir.
A parte mais difícil é aceitar que temos que levantar da cama,
a parte mais difícil é entender que a relação acabou antes do amor,
a parte mais difícil é abrir um livro e desligar a tv, tendo um porquê,
a parte mais difícil é entender a necessidade de desfazer rotinas,
a parte mais difícil é levantar a mão e dizer: "eu que fiz... errado",
a parte mais difícil é listar o que ainda não se sabe,
a parte mais difícil é separar o bom e mau prazer,
a parte mais difícil é fechar o punho e não bater,
pedir desculpas é a parte mais difícil,
a parte fácil é ver e fazer, difícil mesmo é poder entender!
De mim esse mundo tem pouco,
e terá menos a cada alvorecer,
aprendendo dose certa do egoismo,
pra não me barganhar por bananas,
digo adeus ao altruísmo, abandono minha mãe,
abandono meu velho e enrugado lar,
um druida barbado, digo adeus e viro as costas,
desejando consistentemente que o destino traga forças,
esse menino de rua precisa caminhar sozinho,
pego minha bolça, e pros amores digo adeus!
Algumas coisas nunca mudam,
as outras somos nós, querida,
então, pastor, de volta ao silêncio,
trilha de estrelas sem fim,
guiando minha mente dentro da escuridão,
por favor, me dê um minuto sozinho,
"o último a sair apaga a luz",
levantei a mão e disse: "eu",
uma alma trancafiada num corpo,
"i lie just a little when i say i need you",
tudo confuso, tudo bugado outra vez.
estrelas no céu,
barquinho de papel,
numa poça d'água que leva pro mar,
correnteza forte,
coração leve,
homenzinho se foi,
um dia e uma noite perdido no mar,
"beijos salgados" ele diria,
beijos da lua ele tinha,
sozinho e com frio,
se foi,
a moça da praia sentada na areia,
esperando uma noite e um dia pelo seu marinheiro,
chorava escondida e brigava com o vento,
"volte pra casa" ela diria,
"e volte inteiro",
o barquinho já naufrago ela avistou,
e ate a areia nosso homenzinho boiou,
não era um robusto marinheiro,
o moço delicado era jardineiro,
e de rosas e moças ele entendia,
amigos ficaram,
entre poemas e vinhos,
o bom moço lhe plantaram,
uma erva daninha no coração,
semente marota, semente de amor,
e então, ao redor da fogueira,
menos quente que seus corações,
eles dançaram,
e de muito felizes se embriagaram,
todos os seus medos se dissiparam,
e sem sabem, quase casaram,
"quase mesmo", diria o marinheiro,
quando os pés plantou na ilha solitária...(continua)
Pedrinho
Quem se levantará pra vingar minha morte?
Em que dia a justiça será feita por mim?
O que há de ser dito quando eu estiver frio,
com minha mãe chorando na boca da minha vala?
Quem sabe a verdade se calará e me esquecerá?
As luzes se acendem na minha cabeça,
aquela mulher me roubou a paz, tudo incerto,
meia culpa disso tudo é minha, eu sei,
os amores de sangue me virarão as costas,
e os de Deus chorarão por mim, outra alma perdida;
injusto, injusto demais, eu seria um benfeitor,
agora escolho se dou a minha mãe um filho homicida,
ou um pacote de carne pra ela por num buraco,
toda via peço desculpas à plateia,
não era assim que o show deveria terminar.
Era o meu amor, e pra mim,
eras a coisa mais bonita desse mundo,
meu par e amigo, meu guia,
tu era as muitas notas de Debussy,
Batman e Robin. heróis de manhã cedinho,
e a solidão veio pra mim, como a noite,
e eu enfim não tinha a quem indagar a vida,
ninguém segurará minha mão,
pra atravessarmos a rua se eu voltar à 3ª serie,
cai, ralei os joelhos e fiquei lá, só.
Era o meu amor, e todo mundo via,
meus olhos de criança brilhavam ao falar teu nome,
meu herói, Superman, tudo era simples ate ai,
então você tropeçou e caiu, e eu te deixei lá,
meus braços curtos de criança não te alcançam, irmão,
impotente eu sou sem ti, porque ate em brigas te amei,
sinto muito por tudo, talvez a culpa seja minha,
como as lagrimas que caem sobre o ébano
dos sustenidos do meu velho piano,
já não fazemos mais um bom dueto,
nem ao menos somos bons sós,
então adeus!
Tanto tempo que larguei meu bigode-cafajeste,
já não vivo te roubando beijos na saída da escola,
sabemos que um dia você quis retribuir
e assim nossa musica desandou, errou-se no tempo,
sai disso jurando aprender uma lição, te apaguei de mim,
pois quem perde o encanto entrega o coração.
Eu era Deus sobre a pele do teu pescoço,
mas logo veio a tempestade do tempo,
jogando sobre nossos ombros fardos de momentos
nos quais não existia um "nos", então sem perceber,
parei de perseguir teu cheio pelas ruas,
não habitavas mais em mim; como um salão vazio,
eu não voltei a amar, aborreço-me fácil,
vou embora muitas vezes e nem um adeus dei,
foram tantas meninas de 20 e tantos anos assim?
Cavalos se deitam quando muito cansados,
fugas sem fim em pastos verdes longínquos daqui,
o vento na crina os mantem apaixonados,
meu amor, a quanto tempo o nosso vento parou de soprar?
Eu só desejo ir embora, então deixe-me ir,
rufar os tambores do meu peito,
e contar pra mim que não te odeio mais,
saber verdades não ditas, e assim sorrir e acenar,
nisso me manter meu, por um meio egoísta.
pois ja sabemos, há amor em todo lugar,
menos aqui, menos entre nos!
Forte mesmo é o amor,
ignora as definições e os preconceitos dos idiotas,
aparece pra todos em versões únicas de si,
adaptável, mortal e renascente,
sagaz que vem com a casa arrumada
e vai antes da bagunça chegar,
forte mesmo é só o amor,
e pra não morrer em combate contra ele,
o deixo passar e ser,
abro-lhe a porta, faço sala e rezo pra que se vá,
sem deixar marcas no meu carpete,
e então entendido está,
forte é só o amor,
e não se pode negar!
Bêbados fazem péssimas escolhas,
bebi e dormi abraçado com ela, uma desconhecida,
abri a porta pra que bagunçasse minha vida,
e ela bagunçou!