Coleção pessoal de helenamarcia

Encontrados 11 pensamentos na coleção de helenamarcia

A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.

Oi! :)

Evoluir..
Nesses últimos dias essa palavra tem tido um significado de extrema importância na minha vida.
Quando as coisas estão acontecendo exatamente como você quer,você esquece tudo de ruim que viveu um dia..Todos os desabores que a vida tem.E aí vive tão plenamente aquela alegria achando que nunca vai ter fim,até que os problemas surgem e você se pergunta: Por que?
Nos vemos completamente despreparados,desarmados e sem perspectiva..O que não entendemos é que eles servem para nos dar boas lições.Sim!Até mesmo os momentos ruins..Porque é justamente com eles que conseguimos enxergar o quanto somos frágeis,e precisamos às vezes nos encontrar para tentar entender tudo e buscar uma solução..E só então podemos nos recuperar e voltar a ter momentos felizes novamente.
A vida é uma constante evolução..
de sentimentos,momentos,autoconhecimento..
E não tem como não citar Deus.Graças à Ele,somos plenamente capazes de continuar essa longa caminhada..
E é por esta razão que quero ser melhor ainda!E poder fazer cada momento valer a pena.
Ponderar,acalmar e evoluir sempre.

Há pessoas desagradáveis apesar das suas qualidades e outras encantadoras apesar dos seus defeitos.

A razão pela qual algumas pessoas acham tão difícil serem felizes é porque estão sempre a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será.

Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam e então você vence.

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.

Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!

confissão

Quando eu morrer, Mãe,
esqueçe este filho
tão triste, tão pobre,
que só pede uma planta no túmulo.
Quanto eu morrer, Mãe.
tudo o que peço é uma oração crepuscular.
Quanto eu morrer, Mãe,
perdoa a falsa alegria,
o riso gratuito,
a alegria postiça,
que escondia uma tristeza tão grande
que você, Mãe, nunca suspeitou.
Quando eu morrer, Mãe,
perdoa os erros todos deste filho
que nunca deixou de ser criança

Bem-aventurado seja principalmente Aquele que se amou de amor maior, e que se foi. Quem sabe, um dia, há de voltar e será bem vindo entre todos, pois quem ficou será consolado e será exaltado, por que cumpriu a pena da separação imposta, a condenação ao exilio compulsório na sua própria terra, o sofrimento da solidão devorante.
Bem-aventurado Aquele que volta, por que será perdoado e acolhido e haverá a sua espera um sorriso inédito que eu lhe reservo com avarento cuidado e uma ternura exclusiva lhe aguarda e eu lhe ofereço de presente uma tristeza pessoal que nunca foi dividida com ninguém, por que lhe pertençe por direito natural, uma certa tristeza que só ele mereçe.


Milton Dias

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia, e perduram: teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.

Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.

PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX
(ofereço generosa recompensa)

Você foi a esperança nos meus dias de solidão, a angústia dos meus instantes de dúvida, a certeza nos momentos de fé.