Coleção pessoal de heldicemachado

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BRINCANDO COM AS PSICOLOGIAS.

A mais nova anedota que iremos contar envolve dois gigantes da Psicologia, um é Burrhus Frederic Skinner, nascido em Susquehanna - Pensilvânia, em 20 de Março de 1904 e morreu em Cambridge no dia 18 de Agosto de 1990, o outro é Sigismund Schlomo Freud, nascido em Příbor em 6 de maio de 1856 e morreu em Londres no dia 23 de setembro de 1939, porém ficou mais conhecido como Sigmund Freud.

SKINNER E FREUD - A psicanálise e o desejo e o Behaviorismo e as emoções, o diálogo dos séculos.

Skinner andando pela rua avista seu principal rival Freud, e decidi falar com ele para começar a analisar as contingências. Freud avista Skinner e fica espantado, pensa se não falar com ele com certeza irá parecer que ocorreu um comportamento de esquiva ativa, se falar e ir embora Skinner iria afirmar que Freud emitiu comportamento de fuga, que dilema! É melhor Freud conversar com ele e ver o que esse rapaz anda sonhando...

Skinner e Freud encontram-se:

Skinner diz: Olá Freud, como vão as contingências da vida?

Freud diz: Vai bem, e seus desejos e sonhos, muita sexualidade?

Skinner diz: HAHAHA, você não muda mesmo em rapaz...

Freud diz: É o conflito entre as instâncias psíquicas que me deixam assim

Skinner diz: Ainda com essa teoria, rapaz...

Freud diz: E você, como vai Eros e Tanados, tudo em harmonia?

Skinner diz: Sim, tenho muitos reforços para me produzir alegria e esperança.

Freud diz: Certo, sempre sublimando seus desejos, gostei!

Skinner diz: Explique-me o que é o desejo para a sua Psicanálise?

Freud então fica assustado, mas começa a explicar sobre o desejo a Skinner...

Freud diz: Bom, o ser humano é um ser que deseja. O desejo é o nome ou a representação do que nós éramos na nossa pré-história, vivendo de instintos para sobreviver, buscando alimento, água, ou seja, vivendo de uma maneira biológica. E de repente existe um momento que o homem pode usar palavras, instrumento para modificar o mundo e a partir desse momento nasce o desejo. De maneira bem sucinta o desejo é a violência que nós, através da história de uma sociedade, cultura, psiquismo dos nossos pais, cometemos sobre os instintos humanos, essa violência é a transformações dos institutos em linguagens, fazendo, assim, nascer o psiquismo humano. O desejo é aquilo que persegue um objeto e quando esse objeto é atingido o mesmo perde a sua significação. Existem bons e maus desejos: o mau desejo é aquele que se realiza instantaneamente, fazendo que haja anulação da erotização do corpo do outro, ou seja, o desejo mau é aquele que na medida em que ele aparece ele é consumado, pois a velocidade da satisfação compromete o desejo. Porém o desejo bom é aquele que pode começar e não ter um final rápido. O maior desejo do ser humano e o desejo de ser desejado pelo outro, seja por qual qualquer motivo, apesar de achar que o principal desejo do ser humano e o de ser desejado intelectualmente. Skinner, já falei bastante de desejo, gostaria que você falasse o que é as emoções para o Behaviorismo?

Skinner diz: Ok, Freud. A emoção jamais deixará de ser um fenômeno complexo, onde encontramos a eliciação de respondentes e emissão de operantes. Não existe distinção entre sentimentos e emoções em minha visão.

Freud diz: Skinner, o que é a alegria?

Skinner diz: A alegria, como disse lá no inicio de nossa conversa, é a consequência de apresentações de estímulos reforçadores primários ou condicionados.

Freud diz: E a tristeza?

Skinner diz: A tristeza ocorre quando estamos em privação de estímulos reforçadores, ou algum deles nos é tirado repentinamente, há um término dos mesmos.

Freud diz: E a raiva?

Skinner diz: A raiva acontece quando somos expostos a estímulos aversivos primários ou condicionados, porém isso pode tornar-se medo, isso irá depender da ontogênese e filogênese, ou melhor, da contingência em questão. No medo temos uma probabilidade reduzida de ir em direção ao objeto que nos causa essa resposta emocional, há um aumento da probabilidade de nos afastarmos desse estímulo aversivo.

Freud diz: Sempre fiquei ansioso para saber o que é a ansiedade em sua visão?

Skinner diz: A ansiedade nasce quando entramos em contato com um estímulo pré-aversivo cuja há alguma ligação com um estímulo aversivo que tem grande chance de acontecer no futuro. Tirei sua ansiedade com minha resposta?

Freud diz: Sim, estou aliviado.

Skinner diz: Sabia, pois o alívio é produzido pelo destruir de estímulos aversivos ou pré-aversivos, nesse caso a sua dúvida.

Freud diz: Skinner, tenho de ir, foi bom conversar com você e trocarmos conhecimentos

Skinner diz: Igualmente, e vê se para de fumar esses charutos.

Freud diz: HAHAHA, até logo.

Skinner diz: Até um dia.

Moral da história: Apesar das diferenças absurdas entre essas teorias, pois uma é extra-psíquica e a outra é intra-psíquica, o respeito entre elas é o que as torna igual.

CONTATO NA GESTAlT

Quando a nossa vida está uma gestalt aberta, buscamos no contato com o próximo uma forma de nos centrarmos. E é nesse campo cheio de pré-contatos e pós-contatos que procuramos nos atualizar, porém o que acontece quando significamos algo errado? Nesse caso, perdemos a chance de perceber pessoas únicas e cheias de potencialidades, destinando elas a tornarem-se meros fundos em nossas vidas, em vez das figuras que elas poderiam ser, mas e se nós nos permitissemos ser contatados por elas? Ai se manifesta para nós, como um fenômeno, um leque de possibilidades, onde essas pessoas introjetam em nosso ser um saber novo, e assim nós podemos ser significativos a elas, projetando a experiência adquirida ao decorrer das nossas atualizações, onde cada função do contato tornar-se uma relação “Eu-Tu” e onde as fronteiras do contato se tornam permeáveis e, por conseguinte, a semi-permeabilidade tão almejada; por fim fechando as gestalten que geram as angustias de nossas relações, isso porque finalmente aprendemos o quanto essas pessoas podem ser significativas para nós, como um insight de que a nossa existência é mais completa pela existência do outro.

BEHAVIORISTA APAIXONADO

Quando a vida está repleta de punição, acrescentando estímulos aversivos e retirando os positivos, nós, ás vezes, alimentamos a frequência de esquivas e fugas, nem sempre ciente de que emitir essas repostas fortalecem nossos medos, inseguranças e padrões comportamentais inadequados. Porém é ai, no meio dessas contingências aversivas, que nos deparamos com aquele reforço positivo inesperado, com aquela pessoa que não reforça somente o meu comportamento adequado, mas também minha pessoa. Com assertividade, fala o necessário e, principalmente não me pune; expressa seus sentimentos e opiniões sem negar as minhas. E nessa relação empática - ação do organismo e modificação no ambiente - que gera comportamento, se forma uma bela relação não coercitiva, onde o reforço positivo não é mais unilateral e sim recíproco. Quando estou em privação de sua presença reforçadora, a magnitude dela aumenta de sobremaneira, aonde somente o escutar de sua voz já me faz entrar em estado de saciação. Espero ser reforçador em sua vida, e não praticar, mesmo que sejam comportamentos indiscriminados, extinção sobre você nos momentos em que você precisar do meu reforço positivo. Que consigamos aumentar os nossos repertórios comportamentais adequados juntos, e que possamos manter aqueles já instalados em nossa ontogênese que sejam reforçadores para ambos - como seu olhar sobre mim, que eliciar respondentes e me faz emitir operantes. E diminuir de frequência daqueles que nos deixam tristes. Quero que sejas meu ambiente até que chegue o momento de não podermos mais emitir nenhum comportamento.

DUALIDADE

São como dois caminhos
Ora sinto-te próximo a mim
Noutro estás distante
Ás vezes inflamas o desejo
Outras paira a superficialidade
És como um bombeiro piromaníaco

SOLIDÕES

Nunca pensei
Que esse silêncio
Que gritava de ti
Poderia me encontrar
E me fazer companhia
Ali calada
Pensando em nada
Estava alguém
Desacompanhada
Lia livros
Ouvia músicas
Ria com amigas
Mas lá voltava
Novamente
Para aquele lugar
De nenhuma gente
De repente
Nasce a ousadia
Fui lá
Para conversar
E as solidões
Antes presentes
Deram lugar
Aos dois contentes
De se afastar
Das solidões

GOTEIRA POÉTICA

Não tem jeito.
Eu já tentei
Escorre sempre
Toda vez que percebo
Lá está ela
Respinga nas ponderações
Ou em comentários despretensiosos
São metáforas
Licenças poéticas
Brincadeiras linguísticas
E cá está ela
(Es)correndo na lentidão do tempo
Quando a tempestade aparece
Ela fica incontrolável
Essa goteira poética
Que me acompanha
De tempos em tempos
Em meu apartamento

DISTRAÇÃO

Surgia ela andando ligeira e paralelamente a mim. Ao longe a via, distraindo-se intencionalmente para não olhar em meu rosto. Abaixou sua cabeça e apanhou o celular rapidamente da bolsa – que, destacando, combinava perfeitamente com seus brincos. Viu-o e mexeu com seus dedos nele como se estivesse realizando alguma operação, vendo uma ligação, um whatsapp, não sei – aqui cogitamos o que desejarmos. Sabia que nada ali havia, claramente. Foi engraçada e ao mesmo tempo sedutora tal situação. Pois ela sorria ao ver as mensagens, não do celular, logicamente, mas as que nós trocávamos com esses sinais nossos. De um lado eu, observando-a acanhada e encabulada. Do outro lado ela, fazendo-se obra à admiração minha. Lembro-me de poetas românticos cunharem isso de corte, enfim. Aproximamo-nos um do outro, lado a lado ficamos por segundos, preciosíssimos segundos. Neste instante eterno ela levanta a sua cabeça e olha-me com um sorriso discreto. Eu, em ato retribuidor, sorrio do mesmo modo. Cumprimentamo-nos cordialmente com o clássico “Olá” e seguimos nossos caminhos. Não trocamos frases, porém trocamos sentidos. São circunstâncias como estas que acendem e animam a vida. Perceber a maravilhosidade de tudo isso é uma experiência fascinante. Pergunto-me quantas vezes as coisas incidem ao nosso redor sem que atribuamos algum valor? Talvez careçam referências para se conseguir avistar certas coisas. Afinal, o mundo é aquilo que apreendemos e tudo o que estiver fora de nossa compreensão não existe para nós. Nossa, até me distrair depois de tudo isso.

UM CAFÉ, UM SORVETE E UMA CONVERSA (PART I)

Era hora do sol sair de cena vagarosamente – bastava que oferecêssemos nossa atenção a ele e lento fazer-se-ia -, pois assim podíamos apreciar a chegada do ocaso. E assim o foi. Neste dia preferi por passear sozinho. Nada como uma tarde em boa companhia, a minha própria. Longe desta ser uma postura egocêntrica, mas apenas uma atitude de alguém que aprendeu a apreciar a sozinhez de quando em vez. Enfim, já andando por horas decidir sentar-me para sossegar as pernas. E com isso permitir com que os ventos dos 4 cantos apossassem-se de meu corpo. Fiquei ali e relaxei por alguns instantes. Já saciado do banho das brisas fui até uma loja para comprar algo para beber, pois a “sede” fez-se presente. Olhei, olhei novamente, contudo tantas eram as opções com as quais me deparei no cardápio que me fizeram não conseguir nada escolher. A atendente – que por sinal fora educadíssima – disse-me a seguinte frase: “O que acha de um simples, saboroso, clássico e não tão quente café?”. Claro, disse eu. Como não pensei nisso antes. Adorei a pedida. Escolhi, então, um lugar distante e silencioso – como de costume - para acomodar-me e degustar pacientemente o meu café. Nisso, vejo chegar ao mesmo estabelecimento em que estava uma “amiga” – essas aspas que sempre me amparam. Sabe aquela moça pela qual você já foi apaixonado nos tempos de escola, entretanto para a qual nunca se declarou? Aquela pela qual você suspirava em silêncio? Aquela pela qual noites em claro ficou? Aquela pela qual você conseguiu apenas uma amizade? Pois é, essa mesma, vítima de nosso amor platônico. Bons tempos essas paixões infantis – como se toda paixão não tivesse essa marca piegas, enfim. Ela entrou e pareceu-me procurar por alguma coisa. Procurou, virou e revirou a cabeça e os olhos por todos os lados, entretanto nada encontrava. Vi que ela estava para sair de lá com ares decepcionantes, porém não a deixei ir. Solicitei à garçonete que a fosse chamar para que me notasse. Foi ai que ela me viu e trocamos acenos e sorrisos. Fiz gestos para que ela viesse para perto de mim e assim pudéssemos conversar. Ela veio – para minha alegria. Ficou de pé diante de mim que, automaticamente, fez-me levantar também. Perguntei-lhe se ainda lembrava de mim, pois já faziam alguns anos que não nos víamos. Ela disse: “como poderia esquecer de você”. Abraçamo-nos. Nessa hora fui tomado por uma euforia interna. Perguntei a ela o que fazia naquele lugar e ela me disse que estava esperando uma amiga, porém que até aquele momento não havia chegado. Propus-lhe que se sentasse comigo para espera-la e quem sabe tomar ou comer alguma coisa até lá. Ela, inicialmente, relutou, disse estar com pressa e que não queria me atrapalhar. Disse a ela que seria um prazer tê-la como companhia e fazer-me de companhia a ela até a possível chegada de sua amiga; que em nada atrapalharia, pelo contrário. Ela, então, finalmente, disse sim – mais uma vez para minha alegria. Perguntei-lhe se desejaria pedir alguma coisa e apontei a ela o cardápio sobre a mesa. Com o tom de voz delicado, disse ela: “Acho que vou tomar um sorvete de açaí com tapioca”. Excelente! Que venha o soverte paraense, disse eu tentando ser engraçado – com louvor. Gargalhadas e risos surgiram em nós nesta hora. Com um ambiente mais descontraído instalado, perguntei-lhe como estava a vida. O que andava fazendo. Planos. Projetos, enfim. Queria saber dela e como encontrava-se naquele momento – uma forma de matar uma saudade dantes inexistente. Conversa vai e conversa vem e nós já tínhamos sabido muita coisa um do outro. Ela já havia terminado de tomar o soverte e eu já havia terminado de tomar o meu café. E adivinhem só? Perfeito, ela não apareceu – para minha felicidade. Ela me disse que já estava ficando tarde e que teria de ir, pois seus pais haviam combinado de irem busca-la para um aniversário. Antes de irmos – disse eu - o que acha de apreciar a saída do sol? Veja, está acontecendo. Ela aceitou e percebi o quão alegre ela e eu estávamos naquele momento. A boca dela não conseguia conter seus lindíssimos dentes. Escoramo-nos na orla e lá permanecemos até o cair da noite. De repente o celular dela toca e ela o atende. Adivinhe só quem era? A amiga? Errado. Eram os pais dela a chamando para ir embora. (CONT...?)

CONFISSÃO LITERÁRIA

Você é como um livro.
No qual falta um capítulo
Talvez seja o "Quem é você?".
Acho que por isso te leio tanto.
Procurando seus vestígios.
Em todas as páginas.

DÚVIDAS DE PRIMEIRO ENCONTRO

E se eu a convidasse para sair?
Está uma noite tão linda
Pensei em leva-la a...
Sair de si por alguns instantes
Acho um excelente local
Ela aceitaria esse ingresso?
E se eu a pedisse para passear comigo?
Passear pelas ruas
Nas quais ela se perdeu de si mesma
Seria uma boa pedida?

QUARTO BAGUNÇADO

O meu quarto não é bagunçado.
Não existe nada fora do lugar.
Tudo está onde deve estar.
Não existe o “não-lugar”.

IRRADIAÇÃO

Não tive como escapar.
A radiação se espalhou.
E fui contaminado.
A bomba caiu sobre mim.
Por sorte não morri.
Porém eu comecei a irradiar.
A bomba de emoções era enorme.
Foi nuclear no meu eu.
Agora irradio.
Sem querer.
Irradio amor.
Irradio carinho.
Irradio ternura.
Irradio afeto.
Irradio potência.
Se você deseja.
Contaminar-se.
Basta se expor.

IMPRESSÕES ENTRE AMIGAS

A: E o que você achou dele?
B: Ah! Não sei, nem conheço. Mas ele é bonitinho.
A: Eu também não, mas achei ele tão inteligente, educado e sensível
B: Então vai lá, fala com ele, besta.
A: Eu? E por que ele não vem falar comigo?
B: Mas o interesse não é seu, lesa?
A: Meu? Que nada.
B: Tudo bem. Deixa que eu falo, então.
A: NÃO! Tá louca? O que ele vai pensar?
B: Tu tem medo de quê, menina?
A: Não sei o que dizer a ele. Não quero parecer boba ou fácil.
B: Seja você mesma. E veja o que rola.

Tem dia que estou tão inspirado
Que estouro com facilidade
Não posso conter
Esses estilhaços
São plumas
São cacos
Que ferem
Que saram
Não posso contê-los
Talvez sem algum zelo
Nem mesmo com apelo
Não há um porquê!?
Tudo acaba dependendo
Do instante
Do momento
Não peço que aceite
Nem veja beleza
Pois até mesmo eu
Não tenho certeza
Com toda a clareza
O que quero dizer
Há quem me condene
Que se diga ofendido
Em ter me sentindo
O que posso fazer?
Não posso jamais
E isso eu afirmo
Deixa de viver
Porque que você quer
E todo esse verso
Meio desajeitado
Não clama sentido
Nem leitor assíduo
Sou eu mais uma vez
Brincando com a vida
Escrevendo ao bel-
Com todo -prazer
Para encerrar
De um jeito elegante
Quero parabenizar
A mulher
Esse ser fascinante
Mulher ser divino
Que me causa paixão
Meus parabéns
Por serem quem são

UM SOPRO DE VIDA

- Como você consegue? Me diz.
- Como você consegue ser tão sensível?
- Como você consegue ter todo esse carinho?
- É como um perfume que exala constantemente.
- Chega até a me enjoar às vezes.
- Será hipocrisia sua?
- Falsidade?
- Não é possível alguém ser assim.
- Você não odeia?
- Não sente raiva?
- E inveja?
- Me diga, vamos!
- Bom, não sei (risos modestos)
- Digamos que eu creia que entendi o quanto nós somos miseráveis.
- Miseráveis no sentido que a vida é trágica.
- E quanto esforço é necessário para dizer que não.
- O quanto o cosmos é indiferente a nós.
- Mesmo que nós continuemos dizendo que não.
- Ou seja, que existe sim uma finalidade para tudo isso chamado vida, afinal.
- Uma vez me perguntaram se eu acreditava em milagre.
- Eu disse, claro!
- Toda vez que eu vejo manifestações de amor.
- E por favor, não me peça para definir de que amor estou falando.
- Quando alguém realmente se dispõe a ajudar alguém sem procurar algo troca.
- A não ser o puro prazer de fazer o bem, mas que mal a nisso?
- Novamente por favor, não me peça para definir bem e mal.
- Acho que a gente não entra muito em contato com esse tipo de sensibilidade corriqueiramente.
- A gente vive hoje sentindo que tudo é competição, guerra, conflito.
- Que precisamos estar defensivos sempre.
- Que precisamos sempre desconfiar primeiramente.
- Sim, talvez a vida seja tudo isso mesmo.
- Mas só isso?
- Não!
- A vida é mais que isso.
- Acredito que cheguei em um vazio e em um sofrimento tão grande por ter tido um contato cara-a-cara com a tragédia que aprendi a valorizar certas coisas.
- Como, por exemplo, o fato de poder estar dizendo tudo isso para você.
- Enfim, acho que o que quero te dizer é o seguinte...
- Sim, há momentos em que eu não sou sensível.
- Sim, há momentos em que eu sinto raiva.
- Sim, há momentos em que eu sinto tudo isso que você me disse.
- Porém eu não cultivo essas coisas em mim.
- Sinto porque é humano.
- Sinto porque não há como passar na vida sem sentir.
- Porém eu escolhi – em alguma medida – viver assim, sensível, carinho.
- Me faz bem.

SERIEDADE

- Você é tão sério.
- Eu?
- É.
- Por que você acha?
- Não te vejo sorrindo.
- Ah! Já sei.
- É porque você me pega sempre refletindo seriamente a minha próxima piada.
(Risos conjuntos)

NOVELAS?

O que seria da vida sem novelas?
Novela, novela e novela...
Mas ai a gente
De repente
Se vê em um nó
Difícil de desnovelar
Desvelar
Revelar
Por onde começar a (des) tecer?
Não importa por onde
No fim das pontas
A linha se tece novamente
Porém de modo diferente
E tu
Novelas?

O MELHOR QUE NUNCA VEM

O que será que nunca vem? O que será que as pessoas tanto esperam? Isso está parecendo pergunta de poeminha barato, né (risos)? Talvez. Bom, parecendo estranho ou não, esse título quer falar das relações amorosas na contemporaneidade, ao menos de um determinado ponto de vista, é claro. Antes de adentrar especificamente no tema (polêmico para alguns), vou narrar um breve prelúdio a você, leitor(a), em relação a esse texto. Assim, inspirei-me em escrevê-lo após uma conversa de almoço com uma amiga, que por sinal é uma das poucas que tenho que cursa a área de ciências exatas. Encontro-a, casualmente, e a convido para almoçarmos juntos e bater aquele papo furado (que para mim acaba nunca sendo essa furada que dizem, risos). Em nosso último encontro, incrivelmente, o assunto acabou sendo esse que apresento aqui, coincidentemente ou não, trazido por ela naquela ocasião, segundo ela própria. Até perguntei se não teria sido eu que havia abordado essa questão de amores (um tema sempre delicioso para dissertar) na última vez, porém ela me disse com ares de certeza que não. Bom, se não fui eu, o que será que isso quer dizer? O que está por trás disso? Ora, leitor(a), não veja coisas onde não existe nada para se ver. Sem interpretações selvagens. Às vezes um assunto é só um assunto, mesmo que ele se repita com determinada frequência e intensidade por parte do falante e em contextos específicos ou distintos. (Ah! Como eu queria acreditar nessa pureza em alguns momentos, risos). Brincadeiras à parte, às vezes um assunto é só um assunto mesmo. Bom, terminado esse prelúdio, vamos indo.
Já sentados em nossos respectivos lugares e realizado nossos pedidos, ela começa o diálogo propriamente dito com a seguinte afirmação em tom caloroso-gracioso-catártico: “A vida é complicada, meu amigo Héldice”. Nessa hora eu até quis confirmar (até porque não nos faltam argumentos para dizer que a vida é complicada, né? risos) e depois fazer uma das minhas clássicas piadas (que por sinal são fatalmente sem-graça, e acabam fazendo rir pelo simples de fato da instalação de dó nas pessoas em relação a mim, risos), entretanto meu espirito curioso não me deixou ficar por ai e acabei por dizer: “Jura? O que te faz pensar que a vida é complicada?” E adivinhem só o que surgiu? Sim, o amor (Há quem goste de escrevê-lo com letra maiúscula, risos). Ele como sempre atravessando os ditos, não ditos e mal-ditos de nossas falas cotidianas. Minha amiga, então, relata agora em tom preocupante: “Héldice, eu não dou certo com ninguém, é impressionante”. “Nunca acho a pessoa certa”. Não vou abordar aqui, para tristeza de alguns, a questão do tipo de amor que ela está trazendo e fazer aquela historicidade critica tão clichê e brega que, por vezes, torna-se enjoativa de se ler. (Deixo essa tarefa para os grandes teóricos críticos do amor, risos.) O que quero ressaltar aqui é outra coisa. Ela prossegue dizendo: “Sabe, eu sinto como se o outro, aquele que eu não tenho, fosse sempre melhor.” Quando essa frase surgiu me fez pensar vários pontos e por isso optei por ir mais fundo e verbalizei a clássica expressão: “Fale mais sobre isso, risos”. Então ela diz: “Olha, assim... Faz tempo que eu não fico e não namoro com ninguém.” “A sensação que tenho hoje é que existe alguém melhor que vai superar este que estou gostando no momento”. Procuro por mais sentidos e digo: “Como assim?” E ela diz assustada: “Isso é estranho, mas é como se hoje eu não me relacionasse com alguém porque estou presa a um outro que pode ser sempre melhor”. Nessa hora pensei em ter compreendido (o que acabou por ser verdadeiro depois) o que ela queria me dizer, porém queria ouvir mais claramente dela e por isso falei: “Olha, acho que entendi, mas me explica melhor”. Então ela fala o queria, finalmente, falar: “É que eu espero sempre ‘O MELHOR QUE NUNCA VEM, ou seja, acho que a pessoa que me faz sentir algo, que me afeta, não é a que vai me fazer feliz, porque existem tantas outras por ai, por que seria justamente ela, entendes?” A conversa continuou (e ficou muito interessante, por sinal), porém paro por aqui e, finalmente, vou trazer à baila o foco que quero dar a esse texto.
Caro leitor(a), vocês estão entendendo o que essa fala quer dizer? Não é novidade para ninguém que muitos dizem que a nossa sociedade atual está de pernas para o ar, que está tudo mudado, que as coisas não são mais as mesmas, os valores estão diferentes, a gente vive em um caos, blá, blá, blá. Não vou entrar na discussão crítica em relação a isso. Apesar de meu posicionamento ser bem discordante em vários pontos desse sentido. Contudo, evidentemente, reconheço as transformações que acontecem na contemporaneidade em nossas relações e que podem trazer, minimamente, validade para discursos trágicos como esse que citei inicialmente. E, claramente, não há como negligenciar como todas essas transformações afetam diretamente as estruturas sociais e subjetivas, didaticamente falando, risos. A questão que quero levantar é como essas transformações incidem inteiramente no fenômeno das relações amorosas, especificamente, abordando as consequências trágicas, malgrado minhas críticas teóricas em relação a essa posição.
Isso não é nenhuma novidade, entretanto gostaria de ressaltar esse acontecimento que intitulo aqui de “inibição pela fantasia do porvir” por acha-lo extremamente interessante e que vem se manifestando em muitos relatos clínicos (e cotidianos) que venho estudando. O que quero dizer com “inibição pela fantasia do porvir”? Bom, vem acontecendo com relativa intensidade uma produção subjetiva no sentido de nos pausar e inibir no tocante a vivência de nossas relações amorosas justamente pelo ou por um aprisionamento no futuro. Podemos atribuir tal feito a noção capitalista no tocante a produção de variedades, de opções e que se estendem para além de um simples mercado de produtos comerciáveis. Tal processo de produção vem tomando e se tornando (como sempre foi) um grande motor no que tange a instalação de comportamentos, em formas de pensar e sentir a vida. Além, é claro, dos múltiplos discursos que vieram abalar as verdades dantes estabelecidas acerca das vivências dos amores. Como assim? A lógica é que as pessoas não estão vivendo relações, dentre tantas outras questões, pelo fato de estarem visualizando e sentindo antecipadamente que a pessoa pela qual se sentiram afetadas amorosamente é inferior a uma outra que ainda não apareceu efetivamente, ou seja, essa lógica instala-se puramente no plano da fantasia. Acontece, então, uma desvalidação do afeto em favor da fantasia do porvir que, certamente, também produz sensações no sujeito. O qual seria o problema desse fenômeno? Bom, em si mesmo não há nada de errado nisso. A questão é a queixa que ele formula nas pessoas, sendo do tipo: “Eu queria viver essa afetação, mas não me permito, porque acho que ainda não é a certa, há outras superiores.” "Eu queria viver, mas não consigo". Neste sentido, essa lógica se perpetua sem o sujeito ter controle disso. O que estaria por trás de tudo isso? Vou tentar lançar algumas hipóteses.
Tenho a nítida impressão de que vivemos uma crise simbólica. O que é isso? A nossa vida está acelerada a tal ponto que não há mais tempo para refletir acerca dos acontecimentos. Não há mais tempo para elaborar as situações. Para ler teóricos que estão comigo nesse raciocínio, procurar: Zygmunt Bauman, Gilles Lipovetsky e Jürgen Habermas. Vivemos uma dinâmica puramente espacial e não mais temporal. Há um excesso de discursos para apenas uma situação. E não é que isso ocasiona o problema, porque deve haver sim discursos vários para os fenômenos. A questão que afeta o sujeito aqui são as não-dialogações dos discursos entre si. E também não é problema eles não dialogarem. O ponto aqui é como o fato deles não dialogarem afeta o sujeito, e nada mais. Posso dizer que vivemos um fast-food de teorias, ou um “fast-words”, sejam elas quais forem. E isso acabou por se aplicar também em nossas relações amorosas. Não estou dizendo que não deva haver várias opções, contudo como toda e qualquer insurgência teórica ela vai trazer consigo suas negações e complicações pragmáticas e utilitárias implícitas e explicitas. Outro ponto no qual quero bater é que não podemos esquecer que estamos mergulhados em uma determinada cultura e que somos subjetivados em determinados processos discursivos, como, a título de exemplo, relações amorosas de teor romântico, monogâmicas e heterossexuais. Seria estupidez dizer que esses textos sociais não atuam no sujeito contemporâneo, independente deles serem críticos ou não a esses sistemas. O que acontece, então, é uma dificuldade em alguns indivíduos de se relacionarem com os discursos com os quais e pelos quais se subjetivaram e com os que estão disponíveis a eles a todo momento. Há um menu de verdades para se seguir. Basta escolher. E não precisa permanecer a mesma por muito tempo, você pode trocar ao bel-prazer e a hora que quiser. O que isso pode ocasionar? Uma crise na noção de identidade. As relações tornam-se, nessa perspectiva, instáveis. O outro agora parece distante e incompreensível, pois os códigos da comunicação se tornaram confusos. Há uma desordem simbólica entre os sujeitos que acometeu, entre tantas coisas, as relações amorosas.
O quão sofredor para alguém pode ser querer viver uma relação, porém é inibida por uma fantasia de que aquela afetação não merece crédito porque haveria outra superior e melhor que ainda vai acontecer? Esse é apenas mais um dos fenômenos (já de muito tempo) que está acontecendo para que nós pensemos sobre. Há quem diga (né, Freud?) que as neuroses são frutos de um passado reprimido. Neste caso, é o futuro que vem reprimindo o desejo.
Pergunto a você, caro leitor(a), estará você esperando esse MELHOR QUE NUNCA VEM?

O QUE VOCÊ TANTO OLHA?

Será que fui completamente tomado por minha pulsão óptica? Por aquele voyeurismo charmoso? Talvez. Hoje me peguei admirando as coisas, certamente fruto de uma determinada disponibilidade diante das contingências, malgrado frequentemente ter esses estados existenciais por motivos que não vem ao caso citar (risos). Vi as pessoas caminhando, almoçando, trocando palavras, sorrisos, espantos e tantas coisas. Pude perceber tudo isso ali, calado (como sempre) no meu canto. Escutando e sentido o ambiente e suas relações.
Olhei duas moças caminhando juntas e via a amizade. Olhei para um casal de namorados brincando um com o outro e via o amor. Olhei para algumas atendentes de um restaurante se ajudando para servir o almoço para um grupo de amigos e via cooperação. Olhei para as multidões de jovens saindo da universidade e via a pressa. Olhei para um professor gritando no celular e via a irritação. Olhei para uma moça colocando a mão no rosto para se proteger do sol de meio dia e via as formas de lutar. Olhei uma senhora caminhando de um lado para o outro esperando o próximo táxi e via a expectativa. Olhei para um gatinho bebendo água da vala e via uma potência para viver. Olhei para uma moça procurando seu espelho na bolsa e depois passando um batom vermelho e via a vaidade. Olhei para tudo ao meu redor e via o quanto a vida é a vida. Olhei para mim mesmo e vi o quanto a arte está ao nosso redor.

HOMEM SENSÍVEL DEMAIS (ENSAIOS DE AFETOS, PARTE II)

Homem sensível demais é chato.
Homem sensível demais é sem graça.
Homem sensível demais é irritante.
Homem sensível demais não me atrai.
Homem sensível demais dá enjoo.
Homem sensível demais perde a beleza.
Homem sensível demais me dá sono.
Homem sensível demais é meio bobão.
Homem sensível demais acha que está abafando.
Homem sensível demais acha que entende de mulher.
Homem sensível demais já é demais pro meu gosto!
Poema polêmico? E nesses tempos contemporâneos é chiquê dizer que as coisas são polêmicas, dá mais frisson, em teoria, na discussão (risos). Hoje, cara leitora (texto dedicado as mulheres), vamos falar desse “homem sensível demais” da atualidade. Será que esse papo vai ser chato? Não sei. Vamos ver. Bom, sabe aqueles homens que são o avesso completo do bruto das cavernas? Aquele que se intitula delicado, que entende de poesia e por isso acha que saca tudo de mulher e seus quereres? Pois é, esse mesmo. Quero falar especificamente dele em relação a perspectiva feminina (uma delas) da coisa. Como assim? Um homem escrevendo um texto para querer falar de como a mulher entende o homem sensível? Vocês poderiam pensar: Não será muita pretensão sua, Héldice, desejar fazer isso? Talvez (risos). Mas prometo não ser daquele tipinho machista arrogante que as feministas extremistas odeiam com todo ardor (risos). Se eu disser para vocês, leitoras, que homem sensível demais é chato, dá sono, não atrai, dá enjoo, é irritante e sem graça, o que vocês me diriam? Algumas poderiam dizer: Claro que não! Homem sensível está em falta no mercado. Homem cavalheiro, cordial e carinhoso é o que queremos. Já chega de homem idiota, bruto, arrogante que se acha o tal por quem tem carro etc. Não aguentamos mais! Bom, acalmem-se, leitoras! Vou me explicar (risos). Quando faço essa crítica em relação ao homem sensível não estou com isso advogando no que tocante ao retorno da brutalidade naqueles moldes de patriarcalismo aristocrático e àquele papinho de superioridade política, social e blá, blá, blá de homem em relação as mulheres. Essas relações de poder já estão tão claras, assim como suas críticas, que falar nesses termos é até meio bobo. Não estou também dizendo com isso que não devamos criticar determinadas situações onde essas mesmas relações de poder estão impressas de modo injusto, como, a título de exemplo, mulheres que ganham menos que homens na mesma função de trabalho ou aquelas que sofrem violência doméstica. Não, não é disso que estou falando. Estou falando daquilo que vocês, leitoras, esperam (se é que esperam alguma coisa) de um homem hoje. É arriscado (porém adoro correr riscos) tomar dianteira em relação a essas questões de padrões do que viria a ser um homem interessante para as mulheres contemporâneas, contudo farei, mesmo assim, algumas reflexões no sentido que podem ao mesmo tempo universalizar e individualizar as coisas nesse sentido e que, certamente, não pretendem jamais esgotar a discussão.
Esse homem sensível demais que vem surgindo no mercado por ai é fruto tardio do movimento feminista extremista. Não é difícil visualizarmos as grandes transformações que tanto vocês, leitoras, sofreram no que tange ao movimento da “emancipação feminina”, assim como nós, homens. O efeito é conjunto. Foi e continua sendo um processo de reorganização em diversos sentidos. Podemos citar hoje a grande pressão que vocês sofrem em relação a realização profissional, status social, independência financeira, psicológica etc e tal. Aquelas que ainda querem casar, ter filhos e ter uma família são criticadas por essas “emancipadas”. Essas críticas surgem mais ou menos assim: Queres casar? Deixa disso! Vai cuidar da tua carreira! Você tem de se estruturar! Essas críticas soam como se houvesse alguma impossibilidade concreta de conciliar casamento e aspecto profissional (risos). Contudo, acho que existem coisas que vão para além daquele papo que dizem que nós podemos nos reinventar, construir homens e mulheres aos nossos bel-prazeres. Em que sentido quero colocar isso? Trago, então, a seguinte questão: Até que ponto essa desconstrução (necessária em muitos sentidos) realizada pelo movimento feminista em relação aos papeis sociais, construções simbólicas de gênero e tal vem e veio transformando os homens naquilo em que vocês menos queriam? É frequente as queixas que ouço de mulheres (e de homens também) em relação a essa questão. Ao mesmo tempo que vocês querem ser independentes, querem escrever suas teses do doutorado, alcançar um excelente emprego e, por conseguinte, um bom salário, também querem ser delicadas, sensíveis, demandarem cuidados e serem femininas. Será que a emancipação de vocês implica em serem delicadas, sensíveis e almejarem cuidados? Em teoria, é claro que não! Eu acho isso uma tolice. Porém, no concreto, as coisas acabam sendo, infelizmente, diferentes. Diante dessa postura fálica (psicanaliticamente falando) da mulher no contexto social o homem acabou por se sentir meio perdido de qual seria o seu papel frente a esse novo contexto. Daí o homem sensível demais ser fruto dessas transformações. Agora pergunto a vocês: Será mesmo que esses homens sensíveis demais agradam vocês de fato? Até que ponto aquela brutalidade dos homens das cavernas não seria interessante e até clamada por vocês nesse homem contemporâneo? Claro que vocês querem homens sensíveis, que as escutem, que procurem compreender suas dinâmicas. Isso para mim é fato. Agora, até que ponto essa sensibilidade pode atrapalhar no que tange ao desejo homem-mulher? Deixo essa missão de respostas para vocês, leitoras.