Coleção pessoal de gustavomatheus

Encontrados 20 pensamentos na coleção de gustavomatheus

Insistiu na mentira
que de tando insistir
fez da lágrima da verdade
o sorriso do mentir.

A moça temia ficar só
temia a própria companhia
até se conhecer melhor.

E os olhos dela disseram
"eu te amo" antes que ele
pudesse mover os lábios.

Não importa o caminho.
Em cada curva haverá
um coração despedaçado.

Não me arrepender? Pelo contrário. Arrependo-me constantemente. Aliás, prefiro conviver com os arrependimentos. Eles são bem melhores que as frustrações.

Sorrir é maravilhoso, mas somente as lágrimas ensinam.

Por isso alguns políticos necessitam tão desesperadamente de um inimigo, de um contraste. Assim podem se colocar como "o Bem.

Vivemos num mundo com prazo de validade. Somos os detentores desta fugaz ampulheta, e somente nossas mãos são capazes de arredar ou não as areias do tempo. Devemos não apenas incorporar uma mentalidade esperançosa de futuro, com preservação e desenvolvimento ambiental, mas também passar o aprendizado adiante, estimulando esta sensibilidade às novas gerações.

O verde é a cor da esperança, o caminho para o futuro.

O limite de qualquer dizer deveria ser a verdade.

Quem não tem a verdade como um limite, sequer precisa abrir a boca para mentir. Este mente pelo olhar!

Alguns se incomodam com o meu sorriso. Eu me incomodo com suas lágrimas.

É difícil acreditar, mas há quem escolha 4 semanas de cinquentinha em detrimento de 4 anos de Educação, Saúde e Transporte com bons níveis qualidade.

Num país onde Sarney, Collor, Garotinho, Arruda e Calheiros são autoridades ou "excelências", o senso crítico é uma mera maldição, e a ignorância, uma benção.

Já faz um tempo que desfilo por aí como se carregasse um alvo pendurado em minhas costas. Faz parte... Afinal, nossas decisões, escolhas e renúncias, trilham os caminhos que escolhemos. Mas ainda assim, com todas as dificuldades, me faço mais sorrir que sofrer.

Sinto, sim, o peso de toda energia negativa, toda inveja, todos os olhares odiosos e frustrações que atravessam a rua apenas para me atingir. Mas sigo no meu lado da calçada, com as mesmas intenções, sem alterar o ritmo de minhas passadas.Mais que o peso dos malefícios e complicações de minhas escolhas, sinto a leveza dos acertos, que mesmo ainda pequeninos, são suficientes para manter em meu rosto o sorriso, e em meu coração, a esperança.

E sorrindo, agindo conforme as minhas convicções, tendo a licença da minha consciência para sofrer e cometer alguns erros inocentes enquanto tento acertar, dormirei em paz e seguirei no mesmo caminho. Pois, mais importante que a vitória é a maneira com a qual lutamos e vencemos.

Imperfeitos

Somos, quase sempre, contraditórios. Pedimos muitas vezes para não sermos julgados, mas julgamos. Exigimos respeito, mas selecionamos a dedo os merecedores do nosso. Tendemos a dizer, com certa constância, que daquele “mal” ou atitude não sofremos ou carecemos, mas nem sempre é assim. Admitimos com facilidade os erros dos outros, já o nosso... Dificultamos o perdão, impondo a ele condições que não cumpriríamos. Aceitamos o orgulho, quando nosso, mas renegamos o alheio. Queremos que as pessoas sejam elas mesmas, desde que se comportem como esperamos. E muito mais...

Ainda não entendemos. Não descobrimos o que é isso aqui... Talvez seja essa nossa maior dificuldade, o medo entranhado no desconhecimento do que é viver num mundo que não é só nosso. A dificuldade em aceitar que ainda estamos sendo “feitos” e nunca estaremos “prontos”. Pois então, se assim for, pratiquemos compreensão. Antes mesmo de buscarmos uma evolução própria, melhorando nossos atributos, vamos tentar entender e aceitar os defeitos e até mesmo qualidades de outrem, independente de nós mesmos. Mal somos capazes de nos moldar, que dirá os outros.

Chora o menino, filho do mundo
Sem mãe nem pai, um corpo desnudo

Rosto em lágrimas e lama
Faz do nosso chão, sua cama
A bandeira nacional, cobertor
Única companhia, desafeto e amor

Trocando a alma por migalhas de pão
Alimenta-se de nuvens, sonhos e ilusão

Sorrindo para quem lhe renega
Assiste a dita classe média
Reivindicar sua morada

As tais senhoras e senhores
choram à mesma cena nas novelas
pois a ficção não dorme em sua calçada

O maniqueísmo está entranhado na sociedade. Chega a ser trágico ver tanto especismo entre seres da mesma espécie. Somos um constante oximoro moral!

Os inícios são difíceis. Eles já me fizeram valorizar críticas e ofensas sem sentido. Já me iludiram com elogios que até eu duvido.

O mau político mente por natureza, mas em períodos eleitorais ele se supera. Até mesmo na formulação de uma frase, o maldito consegue dizer mais mentiras que palavras.

A sociedade dará um importante passo quando perceber que crítica não é ofensa, luta não é briga, respeito não é medo, e adversário não é inimigo.

Percebemos o seu anseio por mudança, seu faro não se engana. Sabemos bem a falta que faz a esperança, mas o gritar, por si, não adianta.


É preciso arregaçar as mangas, exemplificar as ânsias, e falar com as mãos. Obrigar as vítimas de sua voz a pensarem duas vezes antes de lhe dizer não.


Os antigos jovens, que as caras pintaram, envelheceram. Sua geração, seus heróis e necessidades, há tempos morreram.


Só você se conhece e entende, somente a ti o antigo jovem se rende. Seus pulmões têm mais ar. O seu brado mais potência. Seus sonhos ainda não se encerram ao despertar, pois em ti não há sinal de desistência.



Então sonhe, mas o faça acordado. Não renegue o seu âmago indignado. Organize-se, não tema o novo processo. Entenda e aceite as bandeiras, evite o retrocesso.


As ruas, marchas e gritos são apenas metade do caminho. O seu fito precisa de direção e altruísmo, pois política é um lastro que não se constrói sozinho.


Aproveite enquanto o tempo lhe concede passagem, pois esta era és tu quem domina. Não deixe para o seus filhos o seu passado, sua dor, sua luta, sua sina.