Coleção pessoal de gustavo_pires_1
Se realmente quer me conhecer,
deveria bater na porta dos meus demônios,
eles seriam bem mais sucintos do que eu.
Oceano
Um caminho solitário
em meio da selva triste
idolatrado e excomungado
persiste e insiste
quebrado
arte me consola
poesia é a fonte
onde me embebedo
e me enpantufo
frivolidade e intensidade
cadê o apego ao frio
dizem sobre emoções
me perdendo à razões
solitude
implica
quão sozinho está
entre dilema de amar e matar
uma orgia de dizeres
fomentando os saberes
a vida é como um mar
onde não sei nadar
vivo na tentativa de não me afogar.
Atmosfera
Há dias
Acho que poderia escrever o dia inteiro
Ainda assim não se cessaria
alvoradas à alvoradas
madrugadas à madrugadas
esta dor não passaria
como se eu fosse dióxido de Carbono
na atmosfera
Mudando a estratosfera
Meu peito range toda vez
Vazio entre versos
Não simpatiza com solidez
Frio entre invernos e verões
Sentimento turvo como rio Solimões
Sangue e mais Sangue no band-aid
É eles não entendem
É eles não compreendem
Cansaço dia após dia
Minha Mente se desmancha
Covas semeadas de sementes imundas
sensações importunas
Este ócio me perturba
Mais uma vez me mato querendo ser rei
Tu passou por aqui, fez estrago
Não pediu a conta
Devastado, você vem em meus relapsos
Diludidos em tragos