Coleção pessoal de gustavo_dias
A ansiedade nos torna reféns do futuro. Enquanto que, para os depressivos, o passado torna-se um hóspede inconveniente.
A ansiedade causa 'nós'
e 'entrenós' na garganta,
um mar de reboliço
no estômago,
como se estivesse sempre a velejar.
O enjôo é constante
e a terra nunca está à vista.
Dor de Amar
A ansiedade me corrói
o ciúme me tortura
me atormenta
e eu só queria
perder esta mania
de amar as pessoas
até sair sangue...
Depressão é excesso de passado em nossas mentes. Ansiedade, excesso de futuro. O momento presente é a chave para a cura de todos os males mentais.
"Destino é apenas algo que inventamos por que não podemos suportar o fato de que tudo o que acontece no mundo é acidental."
O vazio no peito não tem fundo.A maioria passa a vida tentando preenchê-lo enquanto alguns, os mais raros, se jogam lá dentro e descobrem que sem chão eles podem voar.
Madrugada de Inverno
- Ela apareceu em uma fria madrugada de inverno a mais linda e perfeita dama, jeito doce forma sublime, aparência estonteante, ele, logo se apaixonou, de tudo fez, se dedicou, se entregou, simplesmente se jogou, infelizmente um dia a conquistou, alguns meses se passaram, ele agora já não sorria, sofria calado, abandonado, entristecido, desesperado, mas um dia ela falou, já não da mais pro nosso amor, assim então, ele concordou, o amor passou.
- O amor passou, mas não morreu o que faria ele¿ oh meu deus, ainda triste em um bar, com suas dores a curar, as feridas abertas ainda doíam, mas a maior dor era lembrar, daquela maldita madrugada doce e fria de inverno.
Minha amiga Solidão
No meio da madrugada a solidão vem me falar de você.
A noite tá fria, o quarto tá frio,
a minha cama também está fria.
Me rolo na cama...Já quase amanhece...Cadê você?
Minha cabeça já confunde os pensamentos,
E o meu coração, já confunde os sentimentos.
Estou só... E só a Solidão é a minha amiga.
A sua ausência me pertuba,
Eu não sei mais o que sinto por você
Saudade fundido ao amor,
Ódio...Talvéz angústia
Porque não dizer...Ciúmes
Amanhece, a realidade chega
Vou esperar por mais uma madrugada,
Pra comtemplar a minha amiga Solidão.
A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.
Voltei a ter crises de insônia, e isso tá acabando com meu sistema nervoso. Até ver o sol nascer entre os prédios nessa selva de pedra se torna triste quando não se dorme.
- Estou me sentindo estranho hoje...
- Por que?
- Sei lá, hoje acordei com vontade de tudo que, com muito esforço, eu deixei de gostar...
- Cigarros? (risos)
- Também!
- Do que mais?
- Você.
A DESPEDIDA DO AMOR
Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.