Coleção pessoal de guiplacido
Será que posso te chamar de princesa? Eu sei, não sou seu cavaleiro de armadura brilhante. Não empunho uma espada para te proteger dos constantes devastadores de sonhos e de paixões. Aliás, meus pulsos já estão fadigados, minha cabeça então nem se fala. Mas que modos os meus, ficar falando dos meus problemas para uma princesa, não é uma postura de um cavaleiro. Quer dizer, na verdade nem sou um cavaleiro. E também é verdade que eu não tenho muito a te oferecer, não sei quais são seus planos, mas provavelmente eu não me encaixo neles. Queria vir montado a cavalo, te olhar e dizer: “Princesa, venha e seremos felizes para sempre.” O problema é que não sei cavalgar, muito menos sei o que significa “felizes”. Mas quem sabe eu não possa chegar algum dia e te dizer: “Princesa, vamos tomar um café?” Isso seria mais condizente, convenhamos, e bem mais divertido. Além de condizer com minha falta de armadura brilhante e minha falta de modos. Seria um pressuposto pra eu ficar com aquele gostinho de café, digo, de querer de novo. De querer te chamar de princesa, mais uma vez.
Que eu possa olhar nos teus olhos e dizer,
que ninguém precisa de mim pra viver.
E talvez você consiga falar o que sempre quis,
que não depende de ninguém pra ser feliz.
Mas se um dia eu conseguir segurar a sua mão,
talvez lhe provarei que nada será em vão.
E se por acaso de tudo isso você esquecer,
eu te lembrarei e te farei viver.
As palavras dizem o que demonstra a fé,
naquela brisa fina e fria do amanhecer,
com uma caneta a mão e uma xícara de café,
procurando o que escrever, sobre o que é viver.
Quase sempre tenho um turbilhão em mente,
a pequena brisa se transforma em ventania,
dentro de mim sou intruso, incoerente,
gelado pela ousadia infinda, sem harmonia.
Cinzento esse dia dominado pelo vento,
nos desvaire além do pensamento interno,
me leva a um frio imponente, violento.
Mas até diante de assombroso inverno,
boas atitudes não perecem com o tempo,
marcam vidas, me faz eterno.
De repente paro por um breve instante,
enxergo algo por demasiada clareza,
nada me retira essa visão delirante,
alucinação talvez, já não tenho certeza.
Constantemente isso retoma minha lucidez,
da apoteose dos sonhos, já não sei mais nada,
e a imagem tão bela, que me repete outra vez,
distancia de mim por não ser tão contemplada.
Eu lhe espero, fecho os olho pra enxergar,
mas nada de tão belo me retorna a visão,
impossibilitado, tento fazer o tempo voltar.
Sem resultados, não sinto nada, nada não,
mas o tempo me surpreende, não vou contar,
só lhe direi: Imagem tão bela, me tire do chão.
Angustiante é te ver assim,
por decepções entristecida.
Com esperança pra dizer enfim,
que a vida ainda não foi vivida.
Mas o teu semblante sem mistério revela,
uma saudade reprimida.
Em tua mente sua consciência martela,
por uma lembrança ainda não esquecida.
E pela força esplêndida da expressão,
com personalidade ainda não perdida.
Digo que por você estendo a minha mão,
e dou a minha vida.
A vida é cada momento, é cada segundo.
É você, é o meu mundo.
Passa minuto, passa hora.
A vida é tudo, a vida é agora.
A vida é minha, a vida é sua.
Ela não para, sempre continua.
A vida é forte, ela não cansa.
A vida é doce, mas não é mansa.
A vida traz, a vida leva.
Ela amedronta, mas não é treva.
A vida provoca, causa vontade.
A vida passa, e deixa saudade.
E quando penso, posto do saber,
me expresso sucintamente:
maravilhosa vida de viver.
Quantos monstros imaginários foram arquivados nos subsolos da sua mente furtando seu prazer de viver e dilacerando seus sonhos? Todos temos monstros escondidos por detrás da nossa gentileza e serenidade. A maneira como enfrentamos as rejeições,decepções, erros, perdas, sentimentos de culpa, conflitos nos relacionamentos críticas e crises profissionais, pode gerar maturidade ou angústia, segurança ou traumas, líderes ou vítimas. Alguns momentos geraram conflitos que mudaram nossas vidas, ainda que não percebamos. Algumas pessoas não se levantaram mais depois de certas derrotas. Outras nunca mais tiveram coragem de olhar para o horizonte com esperança depois de suas perdas. Pessoas sensíveis foram encarceradas pela culpa, tornaram-se reféns do seu passado depois de cometerem certas falhas. A culpa as asfixiou. Alguns jovens extrovertidos perderam para sempre sua autoestima
depois que foram humilhados publicamente. Outros perderam a primavera da vida porque foram rejeitados por seus defeitos fisicos ou por não terem um corpo segundo o padrão doentio de beleza ditado pela mídia. Alguns adultos nunca mais se levantaram depois de atravessar uma grave crise financeira. Mulheres e homens perderam o romantismo depois de fracassarem em seus relacionamentos afetivos, após terem sido traídos, incompreendidos, feridos ou não amados. Filhos perderam a vivacidade nos olhos depois que um dos pais fechou os olhos para a existência. Sentiram-se sós no meio da multidão. Crianças perderam sua ingenuidade depois da separação traumática dos pais. Foram vítimas inocentes de uma guerra que nunca entenderam. Trocaram as brincadeiras pelo choro oculto e cálido. A complexidade da mente humana nos faz transformar uma borboleta num dinossauro, uma decepção num desastre emocional, um ambiente fechado num cubículo sem ar, um sintoma fisico num prenúncio da morte, um fracasso num objeto de vergonha. Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta. Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-Ios e utilizá-Ios como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá- Ia, criticá-Ia, usá-Ia (Foucault, 1998).
Um amor que surge assim subitamente,
faz o coração a mais forte bater,
sensação que não sai da mente,
coisas que a gente não consegue entender.
Quando estou com você não sinto meus pés tocarem o chão,
você me faz flutuar na emoção,
o teu jeito me faz delirar,
eu não consigo parar de te amar.
E de repente tudo fica mais bonito,
os meus objetivos parecem ser alcançados,
tudo fica mais colorido,
quando você esta do meu lado.
Sorria, a vida pode passar rapidamente, e uma boa lembrança que você pode deixar, é a imagem do seu sorriso.
Hoje o dia nasceu cinza,
e a cor dos seus olhos não consigo ver,
não sei se estão brancos por paz,
ou cegos pelo amanhecer.
Se eu pudesse neles tocar,
não sei se conseguiria te devolver
a cor intensa que ele tinha,
o brilho, e a exuberância
de quando você era minha.
Mas do que importa nisso eu crer,
se a cada dia o céu se torna mais escuro,
e seus olhos brancos vão desaparecendo,
no meio da escuridão me sinto inseguro,
mas tudo acontece como deveria estar acontecendo.
Nos nossos dias uma gota de amor,
pode te matar a sede,
ou te afogar,
mas isso não impede
de que seus olhos brancos assim possam permanecer,
seja por paz, ou pela cegueira desse amanhecer.
Não consigo fugir:
De você tento fugir,
não tenho mais o que fazer,
pro meu coração estou a mentir,
se continuar a me esconder.
Vejo o brilho nos seus olhos,
sinto o gosto da sua boca,
paixão que me deixa louco,
amor que me faz suspirar,
desejo de sempre te encontrar.
E se por acaso um dia você partir,
dos seus olhos é que vou lembrar,
vontade não mais existir,
mas tropeçando irei continuar.
Você sabe que não vou conseguir te esquecer,
mas prefiro fingir,
do que mostrar que estou a sofrer,
tento ser forte,
e rezo pra que um dia o nosso amor volte a ter sorte.