Coleção pessoal de Gui031425
Os ventos que às vezes
Levam para longe o que amamos
São os mesmos
Que trazem algo mais para ser amado
Nós não podemos chorar pelo
Que nos foi tirado
Nós não iremos... / Nós não iremos...
Nós amaremos o que nos foi dado
Pois tudo que é realmente nosso, não irá embora.
Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.
Saudade
Daquele amor adventício,
Resta apenas lembrança;
De momentos afogueados
E embriagados de esperança.
O amor forasteiro se foi,
Levando na mala a paixão;
A felicidade é apenas momentos!
Ah que doce ilusão!
Tudo na vida é efêmero!
Bens, amores paixões...,
A arte do viver é de poucos;
E de raros guardiões.
(GG)
Zé doidinho
Aconteceu no Maranhão,
Com um tal Zé doidinho,
Homem inteligente e sábio;
E também espertinho.
Conhecidos nos bares e cabaré da solidade
Por ter morado com duas irmãs gêmeas:
Embriagues e sobriedade.
Morando com embriagues,
Zé doidinho não tinha paz nem sossego,
Eram criticas de todos os lados;
E não parava no emprego.
Dormia pouco e enchia o saco,
A vida era agonia e desapego;
Os crentes diziam, sai diabo!
Destruindo ainda mais o seu ego.
Um dia sem explicação,
O Zé deixou embriagues;
Foi morar com a cunhada
Que morava próxima a Inês
Por ser ela mais alinhada
E usar perfume Francês.
A noticia correu rápido
Sendo o caso do mês.
Tudo parecia um sonho,
Os primeiros dias com sobriedade,
A terra parecia o céu;
Era maior felicidade.
E a todos ele dizia,
Eu amo a sobriedade!
E nunca mais a deixarei;
Até a eternidade.
Este fato aconteceu,
Meu caro leitor,
Na ilha mais bela do mundo;
São Luis ilha do amor.
Terra de poetas filósofo e escritor.
Ferreira Gullar, Humberto, Josué Montello...
Volta ao meu Maranhão
E o que mais anelo.
MELANCOLIA
Debruçado em pensamentos,
Corpo e mente esmorecidos;
Amigos de outrora já não andam mais.
Entristecido.
O maior bem é a vida.
O maior medo é a morte.
A maior virtude é a sabedoria.
Respiro, que sorte!
Tudo que tenho é o agora,
Nenhum minuto a mais;
O presente já é passado.
Sem mais.
Quando eu fechar os olhos,
Não levo malas, projetos nem sabedoria.
Irei morar na mais bela cidade.
Utopia.
ANALOGIA
Hoje fui ao teatro.
Vi atores e personagens esquisitos,
Enganadores, peritos-hipocritas;
Dos menos favorecidos.
Hoje fui ao teatro.
Vi deuses e demônios embrulhados,
Manipulando mentes doentes; e inabalizados.
Para depois enganá-los.
Hoje fui ao teatro.
Vi mascaras e mascarados iníquos,
Dizendo que o céu é a terra ou inversamente.
Por um pouco de níquel.
Hoje fui ao teatro.
Vi uma plateia faminta e sedenta de Deus,
Gritando, louvando, chorando. Fanáticos inconsequentes;
Chamando um pobre-diabo de crente.
De todas as doenças que vi e vivi,
A mental é mais devastadora;
Deixando fendas para Judas e lobos.
Liberdade, liberdade. Sonhadora.
Vida particular não se expõe no face!
Pois os que gostam de você vão ficar tristes e os que te odeiam vão ficar felizes.
Não sou ateu. Só não Aprendi o suficiente pra acreditar, e pouquíssimas são as coisas em que tenho certeza absoluta: A Morte e uma delas.