Coleção pessoal de GLourdes
Quando será o próximo assalto?
Esta terra que afirmamos ser nossa, de nome Angola, nem sempre chamou-se assim. Bem lá atrás, em séculos longínquos, foi habitada por povos de nome "khoisan" que pelo que se sabe " nunca reivindicaram a sua titularidade". Este povo, séculos mais tarde, foi empurrado para as margens da sua "então terra" por indivíduos de cultura homogênea vindos do Ocidente africano, conhecidos por "bantus", que com o passar dos tempos viram-se "donos disto tudo" atribuindo-o o nome de " Reino do Congo"... E lá vindo das Europas, um Sr. que por acaso veio a caça sem cão, tomou de assalto e legalizou esta terra como sua, instalando-se com a sua família... Em 75, já um novo povo, que não era tão bantu mas sim miscigenado, cansado de viver de aluguer numa propriedade que já foi sua, (re)assaltou a terra (com todo o respeito e mérito pelos nossos antepassados que lutaram), legalizou e ficou com o título de propriedade. Ainda estamos dentro do prazo deste título de propriedade, mas quando será o próximo assalto? E quem serão os assaltantes?! Será o "espaço" (outras galáxias) o próximo alvo a assaltar ou será usado apenas como artifício o que na minha infância se dizia "apanhei e não roubei" pois aquilo não pertence a ninguém?!
Pela herança racial, traços linguísticos e gastronômicos é notável a presença árabe no sul europeu, especialmente, na Península Ibérica . Alguma vez reivindicaram, estes, os seus direitos históricos sobre tais territórios?! ...E o Sr. Cabral que de passeio pelas Américas, pura e simplesmente, decidiu fazer das terras, que até então, pertenciam aos índios em suas e mais tarde, um povo novo e Crioulo ( formado por uma miscigenação sem igual) decidiu que o título de terra português que até então vigorava por lá estaria, já, fora de prazo ( expirou) e decidiu pelo "grito de Ipiranga" ploclamar a República Brasileira.
Em suma o que se pode dizer é que o espaço físico/terra não é propriedade específica de um povo se não da humanidade. É para um povo, apenas, propriedade temporal.
A nacionalidade não é uma "condição " biológico, mas é essencialmente uma condição espiritual e jurídica. Temos, todos, a obrigação de nos servirmos dos recursos de que dispomos da maneira mais racional e sustentável possível de forma a que os próximos titulares desta propriedade, ou seja, as futuras gerações não sejam penalizadas pela nossa irracionalidade.