Coleção pessoal de gleicepriscila48

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Canaviais.

Vocês vieram da família das gramíneas,
nasceram no berço da Oceania
e viveram por um bom tempo,
cercadas de montanhas densas e robustas.
Entretanto, cresceram e criaram raízes,
raízes estas como garras de felinos.
Com o decorrer das emigrações,
suas sementes foram disseminadas
e diversas nações,
as colheram de braços abertos.
Mãos ágeis e calejadas,
cultivaram as ramas preciosas
gramas estas que eram regadas,
com o suor de um povo batalhador.
Fosse em baixo de chuva ou de sol,
verdejantes canas-de-açúcar,
se mantiveram de pé
e feito grãos de cristais,
se espalharam em grande escala.
Oh! Canaviais!
Permaneçam a nos enlaçar,
com doçura e versatilidade.
Oh! Canaviais!
Continuem a derramar,
a pureza do melaço,
para nutrir o solo
dos nossos corações.
Oh! Canaviais!
A Terra gira, gira e não se cansa,
de brindar pela sua existência.
Oh! Canaviais!
Ainda que nós seres humanos,
muito das vezes agimos mal
Porém, não desistam da gente não!
Já diria o velho ditado:
“rapadura é doce, mas não é mole não!”
Oh! Canaviais!
És fonte de energia,
és o combustível que sustenta,
a nossa perspectiva de um mundo melhor.

A voz que clama.

Mulheres guerreiras,
Munidas de inteligência,
Trajadas de coragem,
Reivindicam pelos seus direitos.
Vozes que ecoam
Como um trovão,
Vozes que cortam o atlântico,
E desmorona barreiras.
Mulheres de todas as nações,
Clamam em um só coro,
A sede pela paz
E a fome pela igualdade.
Mulheres de fibra
Entrelaçam suas forças
E fio à fio
Traçam metas,
Mesclam sabedoria
Com determinação.
Feito colcha de retalhos,
Constroem pouco à pouco
Histórias de lutas e conquistas.
Batalhas estas
Que deixam marcas profundas.
Porém o combustível para prosseguir,
É a vontade de vencer
Todo tipo de preconceito.
E a esperança,
Ah! a esperança!
É a chave crucial
Para libertar as amarras
De todas as desigualdades.
Portanto a voz que clama,
Nunca pode se calar!

O girassol e a linda menina.
Em um certo vilarejo, havia um maravilhoso jardim com várias rosas, jasmim, gardênias, violetas, cravos, copos-de-leite e um gracioso girassol.
O vento vinha delicadamente, dançando fazendo exalar o perfume das flores.
Lá só existia alegria, paz e harmonia.
Os pássaros cantavam o hino do amor e as borboletas aplaudiam com júbilo.
Ao lado corria um riacho com águas cristalinas onde os peixes transbordavam de tanta felicidade.
O sol acalentava sorridentemente iluminando o ambiente.
Porventura, surgiu de trás de uma árvore uma linda menina com seus cabelos anelados e um par de olhos parecendo dois retalhinhos do céu, que observavam o esplêndido girassol.
O girassol era de um amarelo intenso e suas pétalas de um tom alaranjado que brilhavam majestosamente.
Enquanto o girassol exibia sua elegância, a linda menina continuava a lhe observar.
Porém, a garotinha Não se conteve e foi se aproximando serenamente passando por entre os cravos, copos-de-leite, jasmim e enfim pode apreciar o girassol de perto e perceber o quão era deslumbrante.
Prontamente a linda menina começou acarinhar o girassol e dos teus lábios desabrochou um belo sorriso e o seu coraçãozinho bateu freneticamente de tanta emoção.
- Em seguida ela lhe deu um doce beijo e os teus lindos olhos azuis brilharam de contentamento.
Um pouco mais adiante, perto das rosas e gardênias estava um colorido beija-flor beijando delicadas violetas.
Para a linda menina foi inesquecível toda magia vivida naquele belo jardim que localizava-se em um vilarejo.
Foram dias fantásticos que a garotinha viveu na casas dos avós durante as férias escolares.
A linda menina morava na cidade grande e lá não encontrava o frescor da natureza, o belo canto dos pássaros e não vislumbrava flores tão brilhantes, perfumadas e muito menos um girassol tão extraordinário e magnífico igual ao que havia naquele fascinante jardim.

⁠Tecendo História.
Em perfeita sinfonia
Um bando de araras anunciava,
Os prelúdios de grandes transformações.
O vento quente de verão
Beijava com esplendor,
As perfumadas folhas das aroeiras.
E em veneração
As miúdas flores vermelhas,
Caiam feito tapetes
Por cima da terra dourada,
Ah! Terra adorada de Salvador!
Já o mar!
Com suas águas espumantes,
Trazia um povo fugido
Da tropa de Napoleão.
Ao desembarcarem,
Ondas de satisfação os invadiram,
Uma vez que o sabor adocicado,
Derreteu toda salmoura
Que até então
Envolviam a alma.
Porém, a coroa portuguesa
Ainda iriam provar,
Do gosto amargo de muitas batalhas.
Contudo, D. João VI decretou
As aberturas dos portos
E a comercialização inglesa,
Foi permitida.
Dentro de poucos dias,
A corte se despediu
Da região baiana
E mergulhou, na cidade maravilhosa.
Pedras sobre pedras
O Brasil foi erguido,
Deixou de ser colônia
Para ser Reino Unido.
Neste período Joanino
Construíram palácios, teatros e escolas.
A fauna e a flora foram rebuscadas,
Em “Belas Artes”.
Rio de Janeiro, à então capital do Brasil,
Era a que mais desfrutava
De todas essas melhorias.
No entanto, as demais capitanias
Se viam injustiçadas,
Já que os impostos, só aumentavam
E os laços internacionais se estreitavam.
Entretanto, a população lutava
Para se libertarem,
Das correntes políticas e econômicas.
Revoluções explodiram no Brasil
E também, do outro lado do atlântico
E os estilhaços de insatisfação,
Se espalhou por toda direção.
Dessa forma, D. João não teve saída.
Voltou para Lisboa,
Largando no Rio de Janeiro,
Seu filho Pedro de Alcântara,
Como príncipe regente.
O jovem governante se encontrava
Em uma maré de dificuldades.
Uma vez que a elite de Portugal,
Desejava restabelecer
A aliança colonial.
Então, a realeza exigiu,
Que o D. Pedro também retornasse.
Apesar disso, o príncipe decidiu
Trilhar o caminho separatista.
Facções se formaram,
Mas o povo confrontava,
E não aceitavam os retrocessos.
logo, um clube de resistência se formou
E o senado brasileiro recebeu,
Uma carta com milhares de assinaturas
Que defendia a permanência,
De D. Pedro no Brasil.
E como se dançasse um “minueto”,
O príncipe bateu os pés
E com a voz imponente declarou
Que iria ficar!
A corte combatia
Os privilégios brasileiros.
Ainda assim, influenciadores incentivavam,
Que D. Pedro continuasse a marchar
Em busca de mais autonomia.
Em meio a tantas tempestades,
Um feixe de luz inundou
A mente da princesa Leopoldina.
Posto que, o príncipe viajava
Para resolver alguns conflitos.
O poder agora se achava
Nas mãos, da jovem princesa.
Com adrenalina correndo nas veias,
Leopoldina convocou
Uma sessão extraordinária
Conduzida, por José Bonifácio,
Visto que era considerado,
Braço direito de seu esposo.
Corajosa e determinada,
A imperatriz assinou o decreto,
que iria escancarar as portas,
Da tão almejada liberdade.
De imediato, os sinos tilintaram,
Espalhando a grande novidade.
Já no litoral paulista,
O príncipe havia sido avisado,
Da valentia de sua Leopoldina.
De pressa, D. Pedro de Alcântara
Levantou a espada
E a sua voz, cortou o horizonte
Ao proclamar a independência do Brasil.
Enquanto isso,
O sol irradiava esperança.
E o rio Ipiranga,
Transcorria tranquilamente.
Outrora, se reinventava,
Contornava todas as pedras,
Que surgia em seu percurso.
Portanto, a natureza revelava
As dificuldades que a pátria,
Ainda iria atravessar.

Imenso amor.
Confesso que te amo;
amo tanto que já não é mais possível
camuflar este sentimento
que incendeia o meu ser
e assim, como um camaleão,
almejo revelar
as cores desta paixão.
Deixa vai?
Eu gritar para o mundo ouvir,
o quanto te desejo!
Não se preocupe com o que vão dizer,
pois a chama desse amor
derreterá qualquer barreira.
Deixa vai?
Eu percorrer os caminhos do seu corpo,
mas com carta-branca
para alcançar o teu coração.
Deixa vai?
Meus dedos embrenharem-se
em teus cabelos encaracolados,
em desalinhos e carícias,
Prometo mexer ainda mais
com as tuas emoções.
Deixa vai?
Eu me perder nas profundezas
dos teus lindos olhos negros
e em seguida poder me encontrar,
no calor dos teus braços.
Deixa vai?
Eu mergulhar em teus lábios fartos
e de imediato, colorir
o céu da tua boca com o meu sabor.
Deixa vai?
Eu soprar bem no pé do seu ouvido,
palavras doce feito mel,
mas com o poder de um furacão
que irá ti provocar
um misto de sensações.
Deixa vai?
Eu caminhar do teu lado
rumo à felicidade
Não quero apenas uma aventura,
mas sim, para toda a nossa eternidade.
Em vista disto, pintaremos
as páginas do livro da vida
com todas as cores do arco-íris.
E se eventualmente, a tempestade chegar
não se aflija,
porque certamente nos agarraremos
no alicerce da confiança
e nos abrigaremos
na fortaleza deste imenso amor!