Coleção pessoal de Gislenemsarte

Encontrados 14 pensamentos na coleção de Gislenemsarte

E eu que não sabia
Que não vivia
Apenas refletia o pensar
O sentir, o emanar
É coibido, proibido
Por mim, por todos, por nós

Quem me dera poder desfrutar dos desejos
Que perturbam minha mente, me acorrenta
Em forma de anseios, e castigam minha alma
Quem me dera poder apagar o convencionalismo
A razão implícita, a abrupta corrosão do ser humano
Em forma de cordeiros que semeiam lucidez
Deturpada de enlaces grotescos e falta de sagacidade
Quem me dera a destruição na tentativa de pleitear
Os contratos, as desilusões, as falsas razões

Poderia ser louca, se assim me apedrejassem
Deveria sofrer pela minha insanidade
Saberia que nada disso seria verdade
E que pouca seria, a vontade de me normalizar

Hoje, me afogarei
Serei gélida, não sentirei,
Abdicarei, serei estátua
Sofrerei,
Sou fraca, estúpida
Falta coragem, astúcia
Normalidade me afeta
Aflige, assusta

Sinto a tristeza de estar feliz pateticamente
De uma forma absurda e desigual
Não pertenço aquilo que me atormenta
Apenas sorrio pelo que me faz triste

Enquanto o vidro estiver estilhaçado
Pisarei sobre os cacos,
Que me farão sangrar
E cada gota derramada
Uma lágrima escorrerá de meus lábios

Vale assoprar?
Há chagas e dor
Mas está apagado
Ainda há cinzas?
Sim, e teimam em reascender
E o que faço?
Faça uma escultura!

Se pudesse arrancaria minhas asas
Para que não voasse tão longe
Não te encontraria no céu
E não poderíamos voar tão alto
Meu anjo
Que me vigia todas as noites
Vela meu sono
E me faz percorrer os céus
A doce ilusão de planar
Velejar pelos ares
Sem asas, cairei no abismo
E ao olhar para o céu
Verei-te flutuar

Hipócritas são aqueles
Que distorcem o pensar
Confundem ao agir
Celebram a farsa
Exala o cheiro
De muitos detritos
Odor de mentira
O escárnio

Esmagado, seu sangue se funde ao de muitos
Meu corpo se esfacela em migalhas
A vida perdida em um segundo
Um corpo me comprime
Perco o ar, vejo a luz
É o fim, o fim de tudo

Posso correr e cair
Mas sempre tenho o pensamento ofegante
Que me faz respirar profundamente
E mergulhar em meias palavras
Transcender os fatos é decidir
Não ter receio de esperar
De carregar e vivenciar
O espetáculo é itinerante
Inesperado e árduo
A quem comete erros
É possível justificá-los, porém jamais apagá-los

Embora sublime seja um peso que me caia sobre as costas
Prefiro levá-lo aonde é possível sentir os espinhos

Respirar nem sempre é natural
O natural de sentir nem sempre existe
Onde há clausuras nem sempre há verdade

Sinto vontade de acordar
E dormir profundamente
Onde meus anseios disputam pela ignorância
O prazer de conhecer é subjetivo
Aleatório e confuso