Coleção pessoal de Gilvanls

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A alma
A saúde da alma seria a felicidade, a ausência de perturbação e temor. A alma, quando o homem vive uma ataraxia, ou seja, virtude prática que seria próprio dos sábios. Essa prática que conduz o sábio no caminho da retidão longe das perturbações que o mundo possa oferecer. O homem sábio por assim ser, escolhe se retirar-se de tudo que lhe possa perturbar a prática das virtudes.

Nosso inferno pode ser conhecido por nós como a infelicidade, a qual nos é imposta através dos vícios e prazeres desordenados.

Flosofia Prática
A filosofia é a prática da virtude humana, essa prática é a própria manifestação da ação da Natureza, harmonia universal, ou seja, do Logos na humanidade. A filosofia é vista como um meio pelo qual alma recebe a sabedoria pura da manifestação do Logos na prática humana

Liberdade Ética
A liberdade de escolha pode possibilitar a escolha de obedecer à necessidade e a vontade. Sendo a liberdade capaz de conduzir o ser humano a uma vida acética, uma vida baseada na reflexão dos seus atos e modo de viver. Livre das vontades desordenadas que podem fazer mal não só ao corpo como também a própria alma, a ponto de torná-la infeliz. Sendo o ser livre e racional, torna-se capaz de fazer escolhas de acordo com as virtudes, estaria tornando a vida feliz com escolhas virtuosas sem muitos riscos de ser infeliz.

Liberdade

A felicidade e a virtude estão tão ligadas que podemos dizer que são “cúmplices”. Mas quanto à liberdade não é possível dizer o mesmo em relação à virtude ou em relação à felicidade. É possível se ter liberdade e não ser virtuoso até mesmo ser feliz. Também como é possível se ter felicidade e virtude não tendo liberdade.

Podemos tratar aqui a liberdade como um estado de vida, pois, mesmo alguém que esteja preso a correntes, em uma prisão de muros autos e salas pequenas, mesmo assim pode ser livre no espírito. Há possibilidade que se sinta livre para simplesmente ser o que quiser ser em sua imaginação, tem liberdade para pensar e sonhar com que quiser sonhar.

O ser humano pode ter a possibilidade e capacidade de se libertar por meio de seu espírito. Mesmo com o corpo no cárcere seu espírito o torna livre. Neste estado de vida, o prisioneiro pode até se contentar com a vida que tem, procura viver bem a vida que possui, é capaz de adquirir virtudes.

Homem Virtuoso
O homem virtuoso é livre, desapegado de seus bens que possui. É prudente com que possui, tem racionalidade ao usar seus bens, nisto estar o que torna sua vida feliz.

O mais inportante
O desapego aos bens materiais faz o ser humano livre e despojado, aponto de qualquer objeto de valor não mais é o importante ou causa de avareza e inveja. Não que possuir objetos valiosos seja ruim, tê-los ou não tê-los não é importante. Pois não são os objetos que o homem possui que o torna feliz, mas é como o possui. Não é importante o que temos ou deixamos de ter, mas o que somos e o que nos tornamos mediante o que possuímos ou não possuímos.

Razão e Liberdade
A razão nos torna conscientes de nossos atos, atentos aos nossos atos involuntários como o ladrão. Atentos aos atos, podemos ser capazes de sermos livres, pois controlamos as vontades e já não somos mais capazes de se deixar vencer e escravizar, mas sim dominar as próprias vontades. Quando o ser humano não é mais dominado pelos vícios e paixões desordenadas, isto quer dizer que se é livre.

É uma liberdade virtuosa, pois foi capaz de se libertar não só dos vícios que o mantinha cativo, mas de sua própria vontade e desejo, livre de qualquer desvio da felicidade. Portanto, a virtude de ser livre faz com que o ser humano chegue à felicidade definitiva, ele é conduzido naturalmente pela virtude. As virtudes se encontram, por sua natureza, contíguas à vida feliz.

Desapego material
Talvez seja possível ser amparado por bens e posses, capazes de confortar a vida sem que tais bens e posses se tornem causa de infelicidades. Também, sem que se torne deficiência para a mente que deve se conservar sã. Podemos fazer uso de todas essas coisas com naturalidade sem que seja necessário se desfazer dos bons costumes e ir contra a própria natureza. Os nossos bens e posses devem talvez esta a nosso serviço e disposição como objetos de uso, não como senhores de nossa vida.

Todas as coisas que se tornam nossa propriedade como objetos, são para nos servir e facilitar a nossa vida, não para nos fazer escravos e dependentes delas. Podemos ter uma vida feliz independente do que possuímos, tanto para mais ou para menos. Pois, a vida feliz pode simplesmente está na forma como utilizamos o que temos e o que somos.

Vida avançada
A idade avançada possivelmente não é o fim de tudo que queremos ser, mas o sinal que já fomos muitas coisas em uma única vida. A felicidade poderia ser alcançar longos anos de vida com nossas realizações passadas, nossos amores e virtudes adquiridos ao longo do tempo que passou.

Nossas marcas do tempo podem nos mostrar sinais de que podemos chegar à felicidade plena como pessoas realizadas. Talvez pelo que adquirimos ou pelas vitórias e derrotas ao logo da vida, mas pela própria vida que se estendeu na vivência das virtudes.

Ficar Velho
A vida que passou foi o tempo que tivemos para poder realizar e fazer a descoberta da própria vida que se esgota. O tempo passou e quase não se realizou coisa alguma. Não se imagina satisfação neste estado de vida, se não há satisfação, não é possível ser feliz. A insatisfação do homem pode ser a própria infelicidade.

Mas o estado de idade avançada não é o fim, podemos ver como recompensa de muitas realizações. Talvez as rugas sejam sinais que tivemos muitos amanheceres, nestes amanheceres o sol nos tocou ao longo dos dias passados. Se tivermos cansaço talvez seja porque se correu muito para alcançar o que sonhamos conquistar, o que amamos e o que possivelmente seria a felicidade.

Beleza humana
O homem deve compreender que o belo de um corpo não é a Beleza. Somente quando o homem percebe o belo presente nos corpos ele se remete ao inteligível, contemplando assim a verdadeira beleza. Os corpos têm vários outros predicados, mas as têm em uma determinada medida tanto de bem, belo e justo. Por isso, se deve amar o único corpo, mas a beleza presente em todos os corpos.

Da mesma forma que o corpo é belo a alma é bela, a alma permite passar da contemplação da beleza dos corpos para a contemplação da beleza em si. Sendo a beleza sem deficiência, plena, não cresce nem decresce.

Aparência
A aparência não revela a verdade interior do ser humano, não é sua linda veste com adereços, ou, o mais simples par de chinelas que vai dizer quem realmente é aquela determinada pessoa. Não é a aparência que vai nos revelar uma vida feliz ou infeliz, pois para isso é preciso ir além do que se apresenta aos olhos, do que se apresenta e parece ser.

Escolher bem
Nossas escolhas pelas virtudes podem ser um grande escudo que nos protege dos vícios. A prática de boas escolhas podem nos tornar mais invulneráveis as paixões desordenadas. Podemos crer que a vida não pode ser inerte, sempre a espera do poder de escolha do tempo, mas pode sim ser regida pelo poder de lucidez racional de cada um mediante suas escolhas. Podemos ter personalidades diversas mesmo se uma sobrepõe à outra, isso depende de cada pessoa saber qual poder será útil para si.

Podemos a partir desse pensamento fazer analogia com um sorvete de três sabores. Um pode ser mais adocicado que outro ou mais saboroso pela sua essência, mas acabamos escolhendo quase sempre o mais saboroso. Nisto nos cabe a virtude, que é nos ajudar a fazer escolhas acertadas com ajuda da razão. Basta que saibamos que não podemos tudo, nem todas as coisas são lícitas aos homens.

Nossas Escolhas
A vida pode ser o que desejamos e escolhemos que ele seja. Quando se quer uma sombra de árvore sobre a casa é preciso muitas das vezes plantá-la. Assim, pode ser nossa vida, é boa na medida em que se foi “plantando boas sementes” no passado. O presente rende “frutos” do passado e o futuro ainda não brotou, no entanto, se pode prever o que ocorrerá com nossa vida no futuro, de acordo com nossas ações passadas.

Vida Reta
A vida reta pode ser o ponto mais nobre e importante de superação para uma vida feliz. Pode ser a superação do corpo e da alma, das injurias e deficiências do mundo, as quais podemos dizer que é a infelicidade humana. A constante prática das virtudes pode nos proporcionar uma vida de retidão.

O ser humano que tem uma vida reta, na prática das virtudes, pode ser uma pessoa que dificilmente será atingida por tantos problemas capazes de gerar infelicidade. Podemos até mesmo pensar que seja possível superar os problemas mais diretos como a dor, questões de nível socioeconômico e de nível cultural.

Esperança
Podemos ser capazes de fazer da miséria uma vitória contra a injustiça, ou então do sofrimento um escudo poderoso contra a vingança e prepotência humana. Não poderiam ser capazes as maldades e injúrias do mundo de nos arrancar a nobreza da alma. Nossa vida feliz neste momento não pode ser apenas aparente, como já dissemos, mas algo real e concreto. Capaz de fazer da infelicidade um degrau para as virtudes e nobreza da alma.

Viver o agora
Se nos apegarmos demasiadamente ao passado corremos o risco de ficarmos imóveis perante a realidade da vida sofrida e não avançar na história. Com isso, se ficarmos preso no passado, apegado as lamurias, corremos o risco de não avançarmos na construção de um agora melhor, de um futuro melhor, pois estaremos inertes no mundo, sem pesar e sem razão. A irracionalidade em entender a vida como virtude ética talvez seja a real calamidade humana. Poderíamos a ter considerar pequenas deficiências que desvirtua ou torna virtuoso o ser humano

A Vida
Pode nos ser tarde quando dermos conta dos anos que se foram e com a idade avançada tentar reaver o tempo supostamente perdido. Muitos de nós procuramos ser virtuosos, praticar a justiça e o bem no final da vida, quanto que talvez a vida que levou não foi de busca pela felicidade. Ilusoriamente poderia ter vivido desfrutando de vícios e paixões desordenadas, ou ainda, sem o auxilia da razão, esquecendo de viver segundo as virtudes e uma vida feliz. Contudo não foi uma vida tranqüila, mas pode ter vivido mergulhado em uma vida infeliz.

Virtude
Muitas pessoas desejam quase sempre o verdadeiro e não o relativo é preferível à felicidade real e não uma felicidade relativa. O verdadeiro pode nos levar ao verdadeiro e não ao falso. É como uma edificação sobre rocha firme e não rocha composta por areia e barro, que pode até confundir, mas não pode enganar nem manter a edificação de pé. A virtude deve ser conhecida e praticada, para que não seja confundida com a aparência, nem muito menos os vícios e paixões desordenadas.