Os limites do haikai libertam minha mente
Cara de inocente febril no início de abril — Mente que nem sente.
Flores no caminho — Sol brilha detrás do templo Trilhas de Bashô
Mente no presente — Brisa leve e refrescante balança os bambus
“Na vida ou na arte, se não agrega, jogue for…”
Breves folhas secas, maduras, quase a cair — Caminho do templo
Os ventos do inverno chegam por baixo da porta — Esquento o café
Frente fria chega — Roupas ainda molhadas secam no varal
Vento frio sopra — Ah, pão no forno compete com o café fresco
Lanternas acesas brilham no Bon odori — Parentes queridos
Manhã de neblina — Ah, o cheiro de palha úmida paira pela casa
Chego ao templo pro retiro de verão — Amigos reunidos
A Chuva termina e a tarde também tem fim — Flores cintilam
Na branca Izushi Toris sangram a neve — Marcas no caminho
Céu azul invernal — Pra cerejeira despida também chega a idade
“Este presente não existe sem o passado que o futuro espera”
Nos cálices de ouro abelhas buscam a vida — Colmeia repleta
Primavera rosa Perfuma toda a manhã — Aromas singelos
Na brisa úmida o som contínuo do rio — Caminho do meio
Vão de flor em flor zumbem por entre as cores — Ágeis operárias
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.