Coleção pessoal de GabrielDPegasus
Oh que saudade tenho em amargura lembro,
O único eterno seio que não nega amor
Desmoronado e canceroso meu legado de dor;
Navego por águas mortas, meu orgulho aumenta no escuro
De linho revestido a manga de veste torta
Tocar gaita e comer caviar em sossego,
Ouço uivos dos cães carniceiros nas noites aflitas
Perseguido pelas sombras sem contraste, meu sangue é mais amargo;
-Não importa a índole desse sujeito amordaçado,
Leila foi envenenada por este whiskey que tomou;
a cada pouco, perdeu-lhe esperança, está setenciado!
Entre os muros altos e ferros da grade, ajuda o anjo negou!
Em extremo pranto e tremor, luz que desgranha
Choro na madrugada, mas a única que ainda me amava
Por mimsacrificou-se como a pomba revoada
Que carregou o julgo no meu lugar, que ao outro lado atravessava
A criatura de enormes asas me atormenta
Na sua presença, por ódio me consome
Da pendurada réu entre a corda, morta inocente, arrependido nada adianta
Serena noite em melancolia,navego em mar de lamentos em blames
Bebo o tempo todo, para matar o vazio por dentro
-Kraron por que não morri?ésmeu coordeno eterno
Está morto é melhor que encontrar algum sentido
Preparo o gatilho,e navego pelo desastroso destino
tudo que existe e resiste
há seu lado bom e seu lado mal,
como voa o alteroso gavião real,
no sol ou na terra, ataca cruelmente
como voa em altivez, suas garras pregam majestade,
que perfura as escamas das cobras astutas,
aura que ilumina as asas, não regem absolutas,
contraste forma-se rústicas sombrassem hombridade
tudo que sobe outrossim do lado se inclina,
a natureza se interface, que segredo revela-se a alquimia?
arrola da vista!onde avulta no esmero altar de Esmirna.
Fosso dos ossos
Neste fosso de ossos
malditas almas vagam
almas que vagam perdidas
no bosque dos ossos...
regavam sangue de moídas
em escuras ruínas,
amordaçados pela dor...
libertem das correntes os desvanecidos
arranque-os dos laços de pavor
desse fosso de cadavéricos ossos,
por que nas torres altas se chora em torpor?
alma que clama esvaída, que não atura essa dor
coração domado desde o primórdio de minha mocidade,
com novos olhos admirava os seus deslumbres indiscretos
como se inclina, teu olhar me fascina, me apraz e me ousaste,
afrodisíaco de alma, pois só tua face me transcende a gozos
preso por pensamentos indignos, em teus braços amarrado
em laço passarinheiro por sentimentos escurecidos ao sonhar,
quando criança corria pelo convento, agora interdito condenado
em sonhos me exílio para com a chave o baú mágico encontrar
não me importo nem me abato, pesadelos careço do teu fulgor
luminosas são suas singularidades, seus cabelos de fogo me possui
mas, um grande guardião de rocha, atalha meu caminho de amor;
ainda sou cavaleiro heráldico, me sinto assim desde o vinho que bebi
sua doçura me arrebata onde voo acima de seu mausoléu e homiziar,
fugir em teu ser, não arcar com as consequências desse mundo fatídico
e as fantasias que me enforcam, preciso dessa sua glória pra tocar,
seus seios, minha flauta e meu coração faiscante, sou refém de vida moroso
De noite
era ontem de noite, sucumbido ali
inclinado por seta oriunda esvaído
fiquei assobiando, um dom da vida risti,
acanhado de mim mesmo, forte exaustão
para onde eu vim?- sozinho em calafrios
tive um fúnebre choro silente, pesadelos
quando adormeci, desvario nele então
sentir vontade de tê-lo, no túnel de solidão
acordado em tremor, voltei a deitar para ver
aquele espírito morto apontar para caminhos
menos bulício que minha alma de tormentos,
no limite obscuro faleceu em sossego,
entre meu peito perdido em mim mesmo,
escarnecido de meu repouso em prólogo