Coleção pessoal de gabrieladialmeida
The clock is ticking
the room is spinning
and I’m not sure who I am anymore
Maybe I am just lost
and need to be found
Or maybe this is just a dream
that soon will be right behind
I can’t say why I’m like this
or why I feel this way
But I just can’t keep moving on
and pretend it is okay
Where have I been?
I want my soul to be cleaned
But there’s something hauting me
I hate this mask
and it is all I’ve got
I can’t live in fear
and my friends aren’t near
I need somebody to rescue me
Na maior parte do tempo não sinto nada, mas quando sinto é sempre nesta intensidade. Gostaria de saber a resposta de muitos porquês na minha vida, mas sei que a resposta está dentro de mim mesma. Só não sei aonde procurar e nem exatamente pelo quê.
Se eu já me cortei de propósito? Não. Se eu já quis? Sim. Se eu já quis coisas piores que isso? ...Sim. Se eu me machuquei de verdade tentando? Não. Se eu tenho raiva de não ter conseguido ás vezes? Talvez. Se eu estou orgulhosa disso? Não. Se eu gosto de soar dramática toda vez que falo sobre meus sentimentos? Detesto. Se eu já desejei ser outra pessoa? Sim. Se após uma análise da minha vida será encontrado algum motivo para eu me sentir ou ser assim? Não.
Então porque diabos eu me sinto assim?
Eu queria tanto, mas tanto não ser desse jeito. Esse poço de inseguranças constantes, de preguiça com o mundo social e de emocional instável. Sabe, apesar dos pesares, fui uma criança tão feliz, nada disso me incomodava, quando tudo mudou? Por favor me diga, não consigo lembrar de tal momento e, ainda sim, aqui estou: tendo outro colapso nervoso. Esses momentos passam e sempre acho que sou uma pessoa melhor e que tudo vai melhorar, mas aí vem outro. E outro; e outro; e mais um ainda. É como um pires lascado, não está quebrado e não é impossivel de ser utilizado, mas o lascado ainda está ali e a tendência é só piorar.
Já li muito sobre esse medo de crescer e ter que encarar o "mundo real", mas essa é a primeira vez que eu realmente entendo. Digo, agora eu estou aqui, meus pais me sustentam, moro com eles e estão sempre atrás de mim por um motivo qualquer. Amanhã serei obrigada a fazer uma escolha profissional, ser meu próprio sustento, eventualmente achar um lugar para morar por conta própria e quando menos esperar estarei num ciclo sem fim de sustentação própria, talvez criando uma família própria, talvez sozinha... Talvez chegarei a assistir todos que conhecia partirem, talvez eu seja a primeira a partir. Mas agora é certo, não tem mais volta. Só tenho a opção de seguir em frente e isso me assusta de tal maneira que tenho medo de até simplesmente sair de casa. Eu sou tão nova para isso e mesmo assim me encontro devastada e assustada com isso.
Meu único desejo é parar o tempo na época em que eu vivia sem essas necessidades estúpidas, ou medos e inseguranças que me impedem de fazer tanta coisa. Só que é meu único desejo que não pode se tornar realidade
Tenho precisado mais disso aqui. Não porque esteja tendo uma crise, nem porque me sinto mal novamente ou aquele tipo de pensamento tenha voltado, mas porque ando precisando aliviar minha alma. Ando estado muito mais alegre e começo a sentir como se finalmente estou me libertando das correntes que tanto tempo me impediram de ser eu mesma, mas mesmo brincando tanto, eu ainda não consigo demonstrar um lado meu para as pessoas: o normal. Aquele que passa por problemas, que tem problemas de ser social, o que tem pequenas paixonites, que quer apenar ser como todo mundo mas não consegue por ser "do contra" demais. Por achar a sociedade idiota demais e, principalmente, por odiar a compaixão. Acho que já citei isso em um de meus pensamentos, mas é a mais pura verdade. Odeio compaixão, pois ela vem resposta da incapacidade e eu, meu caro, detesto me sentir incapaz. É como se fosse um orgulho interior, não consigo ao menos admitir para mim mesma que tenho problemas ás vezes, quanto mais para as pessoas ao meu redor. Estou cansada de ser uma pessoa tão fechada.
As paredes estão desmoronando, o piso está esfarelando, o teto dissolvendo e, lentamente, a verdadeira Gabriela ganha o processo e recebe sua sentença: a liberdade, enfim.
Algumas pessoas me perguntaram como era possível meu estilo de escrita ter mudado tanto com o tempo e eu achei muito engraçado. Meu caro, tudo na vida faz parte de uma eterna metamorfose. Eu nunca mais serei a mesma que sou nesse instante, e você não será mais quem é agora no futuro. De qualquer forma, vou explicar.
Eu simplesmente cansei de ter crises, de me isolar de tudo, de ser extremamente pessimista e, principalmente, de ter tanta raiva de tudo e todos. Foi uma fase na minha vida, apenas isso. E já passou. Aquele ódio constante só me fazia mal. Aliás, ódio só faz mal a quem sente. Ficar reclamando de tudo também; só piora as coisas. É o que chamamos de "Lei da Atração": quanto mais você reclama ou fala mal de alguém/alguma situação/qualquer coisa, mais daquilo você está chamando para sua vida. Parece besteira, mas vi acontecer na prática e o resultado não foi nada bom.
Para finalizar, eu me sinto bem melhor tentando manter uma singela esperança dentro de mim. De que tudo é por um propósito maior, seja lá pelo que for, mas que nada será em vão. Tenho crises ás vezes, mas já consigo limpar minha mente e fugir da obscuridade que ali já se encontrou, mas não mais.
Já vi gente falando que virei uma daquelas pessoas super otimistas que irritam todo mundo com sua felicidade extrema. Mas, quer saber? Prefiro ser assim, "tão irritante", se for pra finalmente conseguir minha paz de espírito e ser feliz de verdade.
Ah, mas que lindo dia! Novo, radiante e cheio de esperança. Segura em minha mão e oferece milhões oportunidades de dar certo. "Aqueles dias ruins já foram-se", disse-me, "por isso agora ouça-me com atenção: irei fazer-lhe feliz, mas apenas se você permitir que assim seja."
Extasiada, agarro-me a ele. Entretanto, este é um novo dia e novos dias sempre transformam-se em ontem rapidamente. Um pouco hesitante, continuo agarrada. "Não, não e não" penso, "Este será diferente! Dessa vez ele não será desperdiçado, pois farei dele meu amado que, com oportunidades coroado, apenas perderá-se no tempo após tudo ter sido devidamente conquistado."
Aos dezesseis anos, o adolescente sabe o que é sofrer porque ele próprio já experimentou o sofrimento, mas ele não percebe ainda que outros seres também sofrem.
Já te fiz muita canção
São quatro, ou cinco, ou seis, ou mais
Eu sei demais
Que tá demais
Eu chego com um violão
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
E eu vou cantando atrás
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
Se juntar cada verso meu
E comparar
Vai dar pra ver
Tem mais você que nota dó
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer
Quem vai comprar esse CD
Sobre uma pessoa só?
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Acho que minha insegurança vem unicamente de minha mente. Nasci de uma história maravilhosa de amor e fé, e acho que em consequência disso sempre senti como se todos tivessem altas expectativas em mim.
Eu tenho medo de decepcionar as pessoas, de deixá-las chateadas comigo, tenho medo de machucá-las. Por isso eu fujo demais... Mas estou conseguindo me encontrar aos poucos.
Faltam apenas alguns pedacinhos...
Não tenho certeza se o que estou a ponto de dizer é algo que pode ser compreendido, mas estou lentamente me trancando em minha mente. Ando procurando entender-me cada vez mais, porém acabo perdida nesse labirinto. Será que perdi minha sanidade? Será que não sou tão normal assim? Porque preciso criar uma outra Gabriela para viver minha vida? Eu quero viver minha vida, mas porque eu mesma me privo disso?
Sempre vi várias pessoas falando sobre esta tal estória de usar uma máscara durante o dia, e sempre achei que fosse asneira. Bobagem. Por quê seria isso preciso?
Agora passo por isso, mas ainda não entendo o porquê. Foi realmente preciso me transformar assim? Por quê tamanha insegurança?
Perguntas rodam minha cabeça como crianças em um gira-gira. Não consigo ouvir os gritos elas, não quero ouvir. Estou demasiadamente cansada para isso.
Possuo esse sentimento de nostalgia constantemente comigo. É como se tivesse vivenciado vividamente épocas em que nem havia nascido ainda; e também como se não fosse a mesma Gabriela de 15 calmos verões, mas sim uma Gabriela mais velha, observando a primeira passar por todas situações que esta já passou, em um tempo muito distante.
As pessoas possuem uma forma engraçada de lidar com as situações da vida, passando a agir de uma tal forma sem ao menos reparar no que está fazendo. Essa defesa vem do inconsciente e é realmente uma coisa muito engraçada, ver a defesa de cada pessoa se desenvolver relacionada a algo que lhe aconteceu. Mas por quê isso? Por quê adotamos esse comportamento? Por quê fingimos a felicidade?
Todas essas perguntas me levam a querer estudar psicologia, mas saber as respostas me faria uma pessoa mais sã, ou me enlouqueceriam? Será que saber o porquê do comportamento das pessoas me fariam mais feliz? Não acho que isso me faria bem, de forma alguma. "Pessoas inteligentes felizes são a coisa mais rara que já vi".
"Seria, então, melhor voltar para burrice, se é que isso é possível? Ou não deveria nem ter saído dela?" Já as respostas dessa pergunta, para mim, é impossível saber.
E, de repente, você se sente possivelmente perto de uma recaída. Junta todas suas forças e luta contra a paranoia, tenta se conscientizar de que o mundo não gira ao seu redor e que isso não é uma conspiração. Mas os pensamentos tentam, lentamente, invadir cada canto de sua cabeça. "O que será preciso para vencer isso? Será que esses pensamentos nunca irão embora para nunca mais voltar? Porque comigo?"
Se dobra, desdobra, torce e revira; finalmente conseguindo achar uma explicação. Coisas ruins sempre acontecem a pessoas especiais, é como se fosse um teste da vida, para provar se você realmente é especial.
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim