Coleção pessoal de gabriel_luiz_maroli

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⁠A Sátira Escarlate

Em meu coração, onde o verde se veste em festa,
Nosso amor nasceu, uma piada indigesta.
Romeu e Julieta, farsa em dois atos,
Nossa paixão, risível em seus estratos.
Loucos varridos, num abraço apertado,
Pela sátira cruel fomos laçados.
O amor nos cegou, comédias sombrias,
E no palco da vida, a morte nos via.
Insano o querer, frenesi desmedido,
Um drama grotesco, jamais esquecido.
Um espetáculo vil, de risos macabros,
Onde os amantes caem, como bonecos fracos.
No século findo, a razão ditava,
Que o amor era entrave, que a alma embaraçava.
Psicológico erro, desvio profundo,
Das metas da vida, um estorvo imundo.
Assim nos amamos, na contramão da história,
Um gracejo amargo, de efêmera glória.
E a sátira implacável, no final da jornada,
Nos cobrou o preço: a vida roubada.

(Inspirado em Romeu e Julieta de William Shakespeare)

Lembranças

⁠Em Timbó, onde o sol beija a colina,
Há sombras longas, de estranha sina.
Certos homens, fantasmas na memória,
Seus feitos ecoam, sem ter mais história.
Nunca morreram, em lendas suspensas,
Seus nomes sussurram, em bocas tensas.
Heróis de outrora, em bronze eternizados,
Mas seus corações, jamais foram amados.
Viveram de glória, de feitos marcantes,
Em livros de história, figuras gigantes.
Porém, a doçura de um toque suave,
O calor de um lar, a alegria que move,
Jamais sentiram, presos à missão,
Às frias armaduras da ambição.
Seus olhos não viram a flor que desabrocha,
Nem a simples beleza que a vida nos troca.
Assim, pairam sempre, em nosso pensar,
Modelos distantes, sem poder tocar.
Certos homens nunca morrem, é verdade,
Mas em sua eterna fama, falta a humanidade.
E há outros, vagando em meio à multidão,
Com almas silentes, sem ter direção.
Nunca viveram, pois medo os consome,
A ousadia dorme, o instante não some.
Passam os dias, sem deixar um traço,
Seus sonhos murcham, num lento fracasso.
A voz embargada, o passo incerto,
A vida se esvai, num deserto aberto.
Não provam o vinho, nem sentem o abraço,
Seu mundo é pequeno, um eterno compasso
De rotinas vazias, de olhares fugazes,
Prisioneiros de si, em tristes miragens.
Então, a balança da vida nos mostra,
Que a imortalidade, às vezes, é a nossa
Maior solidão, um fardo pesado,
Se o viver de verdade, nos foi negado.
Pois de que vale a lembrança perpétua,
Se a jornada terrena foi sempre incompleta?
Melhor a vida breve, sentida e vivida,
Que a eterna existência, fria e esquecida.

⁠Cicatrizes Douradas:

Entre farpas e atritos, a chama vacilou,
Quase um ano de provas, onde a dor nos testou.
No cadinho da luta, a esperança teimou,
E em meio às tormentas, um amor renasceu, brotou.
Não prevíamos a força que em nós iria jorrar,
A união que nos prende, um querer singular.
Agora, em laços profundos, almas entrelaçadas,
Um só corpo, um só intento, em jornadas trilhadas.
Entre trancos e quedas, a mão sempre a amparar,
Nos altos e baixos, o firme querer ficar.
Nosso amor, feito de fibra, resiste ao vendaval,
Um farol que não se apaga, um porto eternal.
As marcas do passado, em ouro se converteram,
Lições que nos moldaram, mais fortes nos fizeram.
E a certeza reside, em cada toque e olhar,
Que este amor que nos une, jamais irá findar.

⁠Sinfonia em Silêncio:

Eu poderia dizer que te amo, a frase antiga e leve,
Mas nos meus lábios, hoje, um peso novo se inscreve.
Outrora, a melodia fluiu, singela e sem temor,
Mas teu compasso acende em mim um sentimento maior.
É mergulhar em sono denso, onde a alma se abandona,
E o coração, enfim liberto, confessa que a paixão detona.
Um cárcere de afectos rotos, rendido ao teu poder,
O amor, enfim, me alcança fundo, não posso mais correr.
É pegar a estrada aberta, sem pressa e sem destino,
E no horizonte vasto, sentir-me um peregrino
Lavado em luz e cores puras, um éden a alcançar,
Onde cada suspiro teu me ensina a respirar.
É a ânsia de viver a vida em cada instante raro,
Guardar no peito cada segundo, teu sorriso tão claro.
Para então, por breves pausas, o tempo adormecer,
Em cada piscada perdida no momento de te ver.
Meus sentidos te pressentem, um radar delicado,
Em cada célula, a tua aura, um tremor extasiado.
Teu toque acende em meu corpo uma febre voraz,
E a euforia me consome, em um incêndio audaz.
Meu coração, qual rio bravo, em fúria desmedida,
Faz meu sangue ser torrente, por toda a minha vida,
Ao som da tua voz que ecoa, canção que me desarma,
Desfazendo as fortalezas, incendiando minha alma.
Não posso aprisionar em "amo" a vastidão que sinto,
É um oceano sem margens, um universo infinito.
Por isso, em cada gesto, em cada olhar profundo,
Eu te vivo em silêncio, neste amor sem segundo.
Só sei ser assim, em cada fibra do meu ser,
Um poema vivo em teu encontro, eterno amanhecer.

Serei alguém perfeito?

Em versos crus, a verdade se revela,
Não sou o doce que teu sonho modela.
Meu gosto amargo, um choque ao paladar,
Desfaz a imagem que ousaste idealizar.
Esperavas mel, encontrou fel em mim,
A decepção, um abismo sem fim.
Não me aprovas, e a dor me assola,
Pois te mostrei a face que te amedronta e controla.
Mas sou caleidoscópio de sabores,
E te apresentei o pior dos horrores.
Se suportares a amargura em meu ser,
Te darei flores, um doce amanhecer.
E, vez ou outra, um frio na espinha,
Para provar que a vida não é só mesquinha.
Não sou inédito, nem tenho tal poder,
Tudo o que faço, já fizeram, é um desprazer.
Mas prefiro a derrota inicial,
Para te surpreender no contexto final.
Do que a vitória precoce, ilusão fugaz,
E te perder na desilusão que me satisfaz.

⁠Percebi que tinha sonhado:

Seu fulgor, eclipsava Van Gogh e seu pincel,
Capitu, em seus mistérios, perdia o cruel papel.
Aos meus olhos, a perfeição, em cada curva e detalhe,
Um sonho vívido, um amor que não se espalha.
Mas a aurora, impiedosa, o véu da ilusão rasgou,
E a miragem, em sombras, lentamente se afogou.
A beleza que me extasiou, em névoa se desfez,
E o sonho, em realidade, a dor me fez revés.
No despertar, a solidão, em meu peito a ecoar,
A lembrança de um amor, que jamais irei tocar.
E a beleza que sonhei, em meu coração a arder,
Um sonho desfeito, que jamais irei esquecer.

⁠Minhas lamentações:

Em meu peito, a tristeza faz morada,
Um lamento profundo, alma magoada.
O universo, em conspiração sombria,
Contra minhas forças, noite fria.
A alegria, outrora tão vibrante,
Sucumbe ao peso, instante a instante.
Lágrimas vertem, rios de dor,
Em meu pranto, um clamor de amor.

⁠Me sinto perdido nas estrelas.

Em meio às estrelas, me sinto perdido,
Em meio a galáxias e universo, me encontro no seu sorriso.
Poderia me sentir vivo, buscando aventuras sem sentido,
Mas ainda assim, me sentiria perdido em meio às estrelas.
Seus olhos, um par de constelações,
Guiando meu olhar em meio à escuridão.
Seu sorriso, a luz que rompe as solidões,
E me devolve a esperança e a direção.
A vastidão do espaço me assusta e me fascina,
Mas a proximidade do seu amor me acalma.
Em seus braços, encontro a minha sina,
E a paz que minha alma tanto clama.
As estrelas podem brilhar intensamente,
Mas nenhuma delas se compara ao seu fulgor.
Em você, encontro meu lar eternamente,
E o sentido que a vida me negou.

⁠Reencontro

As cinzas do passado, o vento levou,
E em nosso jardim, uma nova flor brotou.
O perdão, como chuva, a alma lavou,
E o amor, renascido, em nós se ancorou.
Na estrada da vida, tropeçamos, caímos,
Mas o amor, qual farol, nos guiou.
Com passos incertos, nos reencontramos,
E em nossos corações, a chama reacendeu.
As mágoas, como sombras, se dissiparam,
E a luz do perdão, o caminho iluminou.
Em cada olhar, a verdade encontramos,
E em cada toque, o amor se renovou.
Com a alma leve, e o coração em paz,
Seguimos juntos, em um novo amanhecer.
O amor, como um rio, nos leva além,
E em cada abraço, a certeza de pertencer.

Para minha amada.....

Importância dela na minha vida.

Em teu olhar, o sol encontra morada,
E a lua, em teu sorriso, se revela.
Em teu abraço, a alma é acalentada,
E o tempo, em tua presença, se congela.
És a melodia que embala meus dias,
A poesia que colore meus sonhos.
Em teus beijos, encontro a magia,
E em teus gestos, os mais ternos donos.
Em teus passos, a vida ganha dança,
E em tuas palavras, a esperança floresce.
És a luz que dissipa a escuridão,
E o amor que em meu peito permanece.
Em tua essência, a força me invade,
E em teu amor, a paz me encontra.
És a razão que me faz ser mais forte,
E a chama que em meu ser nunca se afronta.
Em teu amor, a vida se completa,
E em tua presença, a felicidade se eterniza.
És a âncora que me mantém firme,
E a razão pela qual meu coração se desliza.

Depressão..

Nas sombras da alma, a tristeza se aninha,
Um manto de angústia, que a vida definha.
A solidão, companheira constante,
No peito aperta, um nó sufocante.
O vazio ecoa, em cada passo incerto,
Um labirinto escuro, de um destino deserto.
As lágrimas caem, em noites frias,
Reflexo da dor, em melodias sombrias.
A amargura da solidão, um fardo pesado,
No coração ferido, um grito abafado.
A esperança se esvai, como areia entre os dedos,
Restando apenas o eco, de medos e segredos.
Na escuridão da alma, a melancolia floresce,
Um jardim de espinhos, onde a alegria não cresce.
A solidão, um véu que cobre a visão,
Deixando apenas a dor, em eterna prisão.

⁠ignorância

Num mundo onde a luz da razão se esconde,
A ignorância tece véus de sombra e medo.
Onde a verdade se curva e se rende,
Aos gritos da mentira e do enredo.
Cegos de alma, vagamos sem destino,
Presos em grilhões de ilusão e vaidade.
Acreditamos em mitos, em desatino,
E a sabedoria se torna raridade.
Erguemos muros de preconceito e ódio,
Onde a empatia e o amor não têm lugar.
Julgamos e condenamos sem remorso ou tédio,
E a compaixão se torna um verbo a olvidar.
Acreditamos em gurus e falsos profetas,
Que nos guiam por caminhos de escuridão.
Vendemos a alma por promessas vãs e secretas,
E a liberdade se torna mera ilusão.
Mas há uma chama que ainda arde em nós,
Uma centelha de esperança a cintilar.
Que nos impele a buscar a verdade, a sós,
E a romper as correntes que nos prendem a penar.
Que a luz da razão ilumine nossos passos,
E que a sabedoria seja nossa bússola a guiar.
Que a ignorância se dissipe, como fumaça em abraços,
E que a humanidade encontre um novo lar.

⁠Minha estranha favorita.

Minha estranha favorita, Com seus olhos castanhos esverdeados e cabelos claros, Uma alma livre e um coração selvagem, Que me encanta com sua beleza e sua loucura.

Ela é como uma flor rara, Que cresce em um lugar escondido, Uma estrela brilhante no céu noturno, Que ilumina minha vida com seu brilho.

Ela é minha amiga, minha confidente, Minha companheira de aventuras e sonhos, Uma pessoa única e especial, Que me faz sentir vivo e completo.

Eu amo sua estranheza, Sua individualidade e sua autenticidade, Ela é como uma obra de arte, Uma criação única e perfeita.

Eu sou grato por ter encontrado essa mulher incrível, Que me ensinou a amar e a ser amado, Que me mostrou que a vida é uma aventura, E que a felicidade está nas coisas simples.

Minha estranha favorita, Eu te amo por quem você é, Por sua beleza interior e exterior, Por ser a pessoa mais incrível que eu conheço.

Obrigado por existir, Por me fazer feliz e por me inspirar a ser uma pessoa melhor. Eu te amo para sempre, minha estranha favorita.

⁠Amizade solitária.

O sol se pôs, deixando o céu em cinza, E a noite chegou, trazendo consigo a melancolia. As lágrimas caem como gotas de chuva, E o coração chora, em silêncio e sem ruído.
A solidão é minha companheira fiel, E a tristeza, minha amiga mais leal. O amor se foi, deixando um vazio imenso, E a vida perdeu seu brilho, seu encanto e seu senso

Sinto-me perdido, sem rumo, sem direção, E a dor me consome, como um fogo em combustão. O tempo não cura, apenas anestesia, E a saudade permanece, como uma ferida aberta.

Queria poder voltar no tempo, refazer meus passos, E evitar os erros que me levaram a este impasse. Mas o tempo é implacável, e a vida segue seu curso, E eu só posso me conformar com meu destino, com meu infortúnio.


Um fracasso.

Em versos tristes, a alma se revela,
Um labirinto de sombras, onde a dor se instala.
O fracasso, um manto que me envolve e pesa,
E a cada passo, a esperança se dispersa.
As lágrimas, como rios de desilusão,
Afogam os sonhos, a doce ilusão.
O espelho reflete um ser desvanecido,
Onde a alegria se perdeu, em um passado esquecido.
A solidão, companheira constante,
Acalma a alma, em um abraço distante.
As palavras, como navalhas afiadas,
Cortam a carne, ferem as esperanças frustradas.
Mas em meio à escuridão, uma faísca teima em brilhar,
A chama da resiliência, que insiste em não se apagar.
Pois mesmo na queda, a força se encontra,
E no fracasso, a oportunidade de recomeçar.

⁠A Canção Silenciosa da Solidão

Na vastidão da noite, onde as sombras dançam,
A solidão se aninha, um abraço frio e denso.
Um eco silencioso, uma melodia triste,
Que ressoa na alma, um lamento persistente.
No vazio do quarto, as paredes sussurram,
Histórias não contadas, segredos que se acumulam.
O coração anseia por um toque, um olhar,
Mas encontra apenas o reflexo de um vazio sem fim.
As lágrimas caem, como pérolas noturnas,
Iluminando o caminho da dor e da angústia.
A alma se curva, sob o peso da ausência,
E a solidão se torna a única companhia.
Na escuridão da noite, a esperança se esvai,
E a solidão reina, um manto de melancolia.
Mas, no silêncio profundo, uma voz sussurra,
Que a solidão é apenas um capítulo, não o fim da história.
Pois, mesmo na escuridão mais densa,
A luz da esperança ainda pode brilhar.
E, no tempo certo, a solidão se dissipará,
Como a névoa da manhã, revelando um novo amanhecer.

Um legado.

⁠Na aurora da filosofia, o pensamento se ergueu,
Buscando na natureza o que o mito escondeu.
Pré-socráticos, os primeiros a questionar,
O mundo sensível, a arché a desvendar.
Tales, o sábio, na água encontrou a origem,
Anaxímenes, no ar, a essência que dirige.
Heráclito, o obscuro, no fogo a transformação,
Parmênides, o ser imutável, a ilusão em ação.
Pitágoras, nos números, a harmonia perfeita,
Empédocles, nos quatro elementos, a receita.
Anaxágoras, nas sementes, a diversidade,
Demócrito, nos átomos, a realidade.
A physis, a natureza, em constante movimento,
A busca pela verdade, um eterno experimento.
A razão desperta, a mitologia se desfaz,
O período pré-socrático, um legado que nos traz.

Eu sou um caos.

Em meio ao turbilhão de pensamentos,
Onde ideias dançam em desalinho,
Reside a essência do seu ser,
Um caos criativo, um labirinto divino.
Como um furacão de emoções,
Você varre a monotonia,
Desafiando a ordem estabelecida,
Com a força de uma sinfonia.
Em cada curva do seu caminho,
Há um universo de possibilidades,
Onde a lógica se rende à intuição,
E a razão se curva à sensibilidade.
No caos que habita em você,
Há um brilho intenso, uma chama acesa,
Que ilumina a escuridão da dúvida,
E revela a beleza da sua natureza.
Não tema o caos que te habita,
Pois nele reside a sua força,
A capacidade de se reinventar,
E de encontrar beleza na desordem.

⁠Os seus olhos.

Nos seus olhos, um oceano profundo,
Onde a alma mergulha e encontra o seu mundo.
Um brilho que acende a mais densa escuridão,
E revela a beleza de cada emoção.
Nos seus olhos, um espelho da alma,
Onde a verdade se mostra, sem nenhuma calma.
Um olhar que me prende, me encanta e me guia,
E me leva a um lugar onde a felicidade irradia.
Nos seus olhos, um amor que transcende,
Um sentimento puro, que jamais se rende.
Um laço que nos une, forte e verdadeiro,
Um amor que me faz sentir completo e inteiro.
Nos seus olhos, encontro a minha paz,
A calmaria que acalma e me satisfaz.
Um porto seguro, onde posso me abrigar,
E no seu amor, para sempre me entregar.