Coleção pessoal de Funchinha

Encontrados 3 pensamentos na coleção de Funchinha

Hoje!

A vida é cheia de coisas simples! As coisas mais simples são, quase sempre, as mais belas, as que nos marcam, que nos preenchem a alma. A simplicidade de uma rosa vermelha, de uma noite de luar com o céu repleto de estrelas cintilantes, as ondas que enrolam na areia e deixam a espuma com "desenhos sugestivos", o nascer do Sol, especialmente quando surge da montanha, dessa montanha linda aí, e se deixa camuflar pelas folhas multicolores das árvores, chegando até nós ou então o pôr do sol, à beira-mar ou ainda a luz da Lua refletida no mar, deixando parecer que nas pequenas ondas estão a boiar cardumes de peixes cor de prata. Podemos ainda encontrar a suprema paz de espírito sentando-nos junto a um ribeiro ou um riacho bordejado de salgueiros, a apreciar a beleza dos movimentos dos diversos peixes nas suas formas e cores que "ensaiam bailados" com que nos brindam. Eu sei lá! Tantas e tantas coisas simples, bonitas e cheias de vida que nos fazem simplesmente gostar de viver. Para não falar da leitura de um conto seu e no "mergulho" do seu enredo que tantas vezes nos faz viajar e transformar num personagem. Hoje, quero dar-te um beijo, abraçar-te, ficar assim alguns momentos! Saborear-te! Como se estivéssemos a comprazer-nos com uma das coisas simples que antes citei, porque há dias que sentimos falta deste tempo de quietude das nossas almas. Momentos únicos de que nos alimentamos em toda a plenitude, na mais bonita cumplicidade que nos une Astridy Gurgel.
Maria Luisa

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO

O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais medicina, mas menos saúde. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos...

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del.

Sorriso!
Estava aqui pensando! Sim, porque a gente sempre pensa, como fala minha namorada! Quero que fique bem claro que concordo plenamente com ela Rs. Pois então, estava aqui pensando que o sorriso é uma dádiva barata que está em nossas mãos para oferecer a alguém, se podemos fazer o dia de alguém melhor, basta apenas um sorriso. Lembro-me, quando era mais nova, adolescente, que andava na escola com um livrinho atrás para que os nossos amigos e amigas escrevessem qualquer dedicatória… Chamavam-se livros de autógrafos. Na altura não queríamos os autógrafos de pessoas famosas, queríamos apenas os dos amigos, porque eram eles que mais interessavam na nossa curta vida. Nesse livro escrevíamos uma quadra, uma frase... Interessava apenas pôr lá uma coisa qualquer e assinar. O meu livro estava cheio de quadras, frases, e evidentemente muitas assinaturas… Às vezes quando se procura algo, encontram-se dentro de um baú estas preciosidades e ficamos a tentar lembrar quem eram aquelas pessoas. Na verdade umas lembro-me, algumas nem por isso. Lembro duma das frases que me marcou para sempre: “Sorri sempre, ainda que o teu sorriso seja triste. Porque mais triste que o teu sorriso triste é a tristeza por não saber sorrir”. Nunca soube quem a escreveu, a original, mas sentia-a profundamente. Ainda hoje, e na verdade, assim é.
Quando estamos tristes por alguma razão, um sorriso alheio faz-nos sentir o impulso a responder com um sorriso, e, como que por magia, as razões para essa tristeza diminuem. E que dizer quando os filhos sorriem para os pais? São sorrisos que nos fazem sentir nas nuvens, com uma alegria imensa que só os filhos fazem os pais sentir… Receber um sorriso das pessoas de quem gostamos, saber que estão felizes, é do melhor que o mundo tem. Para ver um sorriso no rosto das pessoas de quem gostamos movemos céu e terra. E então, sorrimos também. Porque nos sentimos realizados. Nada… Mas mesmo nada volta a ser igual até que um sorriso, verdadeiro e sentido, regresse e nos contagie.
Aqui vai o meu sorriso para ti, amor!
Maria Luisa