Coleção pessoal de freiyapavloski

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⁠São somente olhos
Mas sempre que posso os observo
São somente fios
Mas sempre que posso os aliso
É somente uma pele
Mas sempre que posso a toco
É somente uma pessoa
Mas sempre que posso a amo
É somente um amor
Mas sempre que posso me apaixono
É somente uma paixão
Mas sempre que posso a lembro...

⁠quem dera ser um fraco
resistente como um fiapo
cada arfar de meu fracasso
prova meu fiasco
todo dia subo ao pódio de minha vida
é tão cômico, uma história já lida
nunca há um ponto de partida
minha finalidade é abrasiva
cada tristeza bate de forma tão ardida
sinto o aperto de forma tão lasciva
procuro um ideal
como uma moça perdida
sinto-me sujo, uma pele encardida
escrito de forma cursiva
junto de pessoas de bastão
mesma origem, distinta levada
são tantas pessoas de bom coração

⁠cada um dos teus sinodos
viver com mais uma geração de gordos
um futuro destinado ao lodo
devo atracar-me a um porto
ou acostumar-me
a esse modo de vida e ser um morto
dar aos nascidos
a chance do aborto
não afirmo nada
por metade queria me fazer um corpo

⁠aonde meu corpo cai
minha mente retrai
e minha alma se esvai
o lugar onde ninguém chega
nem meu pai
sinto cada que ele vai e eu fico
sou uma prole de caráter misto
metade é dotada a outra é do abismo
queria por ti ser bem visto
adoraria ser um amigo bem quisto
um homem de fé comparável a um bispo
tenho as virtudes comparáveis
as minhas atitudes
"vá, estude garoto
isso vai te garantir saúde"
eu quero qualquer coisa
que ela retorne
que o bom tempo volte
poder ver cara a cara a morte
entender na minha alma o imenso corte
praguejar o malévolo bode
de algum coração ser o lorde
tornar-me um homem forte
poder ser interpretado
como uma pessoa de grande porte
e não ser o fracasso
não ter somente erros crassos
querer me tornar um lado
encerrar todo meu viver cabisbaixo
não ter só um lado
não passar por caldo
ver meu barro lotado
como desaparecido dado
lada no fim ser encontrado
em meio ao nada, um jovem dopado

não quero nunca mais te ver
não é só te esquecer
é tentar me isolar
não lembrar como permitiria seu toque me aquecer
te permitiria ler cada lágrima
deixaria você encarar meu pânico como piada
acho que nem perceberia
ainda te veria como aliada
nada me deixaria de fato alertado
em meio aos teus braços
eu quebraria a cara
ouviria algo como "você foi avisado"
só para denovo me sentir amado

⁠que anseio de ter nossas conversas
denovo.
Os mais bobos assuntos
Até ás mais profundas falas
imagine nós dois presos numa sala
discutindo sobre casa grande e senzala
abordando o que exala atração em mim
seria um texto feito somente por ti
o que é bom em você
um texto feito por "mua"
porque você não vê nenhuma qualidade em si
ambos complexados
afundados na mesma poça
enterrados no mesmo horto
mortos pela a aversão ao orgulho
um mergulho na autodestruição

⁠poemas alcoólicos, mente torpe
você só cospe as palavras
um tiro numa ruma sem poste
a cada gole você perde seu norte
você pede que ela volte
cada palavra não dita ecoa
sua mente boa
parece efeito de uma velha broa
ao aportar em casa
percebe sua desonra
mas que tristeza
a falência da trompa de um elefante
e é dos fortes, um grande
que potencial deixado para trás
um imenso atrase

a toda aflição que me bate
que age pelo abate
que cai e se esvai⁠
cate, mate, aí de mim contrapor
toda dor que se esquece
pode queixar-se
mas isto é o viés de cada viela
que se abate com ela

toda disposição que temos
foi recado da aflição
todo cadáver jogado ao chão ⁠
sendo devorado pela paixão
este sentir faminto como um cão
só vai rasgar nosso coração
mas compartilho aos cachorros
muita compaixão
que nefasta visão
por que tem que ser assim?
eu te amei com todo afim de meu peito
é cômico até
acho que devemos todos rir

precisava mentir?
eu te levava como força motriz
tanto você disse planejar
tanto disse me amar
eu era feliz apenas por te conquistar
queria somente poder navegar
no mar do seu coração
que eu acreditava poder tomar
esperava colonizar pela paixão
queria tanto te fazer bem
mas tua alma era de outrem
encoberto pela libertinagem
esse manto de turva margem
amava tanto seu semblante
mas você cobiçava outra imagem
seu peito era um verniz
de boba adornagem
o tanto que te desejei, te quis
mas você era um mera atriz
você e suas mentiras

⁠te digo as mais belas mentiras
dignas de jornais
aquelas pequenas tiras
dizer que é feia como monalisa
você deve pensar "ele me analisa"
sim! eu queria te compreender
entender o olhar que me conquista
que bobo! é só mais uma mentira
é para entender essa persona falha
esta que mata a cada dia
eu só choro em casa
você me fez sentir um nada

⁠É cansativo, mas vou ter que arruinar tudo denovo
ah inútil esforço, saber que vai acabar no mesmo molde
miro na personalidade de Travis
interpretado por de Niro
agravado na solidão
arruinado pela moça dos olhos claros
um enorme marco
símbolo do meu fracasso
Mas eu mudo, não fico irritado
apenas desalmado
sou apenas um grava erro
uma forte decepção
as vezes queria largar tudo de mão
infligir o mal parece catártico
sou a gigantesca aflição

hoje é uma bela páscoa
preciso de nada
para encontrar o prêmio⁠
nem mesmo um mala
até porque achei uma beleza nata
por acaso, eu já te informei?
creio que nem te contei
mas lindeza que me refiro é a tua
nunca te vi sem maquiagem
mas mesmo "crua" deve ser linda
do tipo que Da Vinci pinta

com tanta dor escrevo sobre o amor
aquela vermelha cor
que me traz um agridoce licor
esse ardor de tão misto sabor
que traz consigo o martírio
tendo nisto visto
o arcebispo do flagelo
que se reconhece por martelo e prego
que mesmo se constar como dolorido
ainda se deseja por perto

eu sei que parece doido escrever isso⁠
mas, vamos tentar denovo?
escrevo isto parecendo um morto
um corpo farto de ser inútil e gordo
prometo, eu não mordo
não tão forte como um canicorso
apenas choro como um louco
talvez isso te assuste um pouco
mas isso é só para ver
o nosso relacionamento
como o velho novo

vou tentar achar em outro lugar ⁠
o que me fazia feliz amar
vou ter que me durar
lembrar de nós me faz lacrimejar
mas devo te obedecer
pois quando tu disse para esquecer
eu tive que da memória te perder
para não te vender a tristeza
que vai te adoecer
sei que isso vai doer
entender isso vai me corroer

⁠procuro em cadamomento no luar
um brilho tão avido quanto teu olhar
não importa quanto venha a observar
nunca irei me cansar
pois sempre lembro de ti
te amar é carregar um duro pesar
de não poder consumar o acariciar
queria eu poder te curar
com cada afago, beijo
com meu fitar meigo
sou um mero leigo, longe do clero
e daquela que aquece meu coração
com a paixão

⁠queria eu desenhar
poder os elementos amarrar
que sozinho ao ventos não são nada
só sei amar, ainda aprendi errado
mas nem isto consigo consumar
talvez saiba escrever
talvez saiba bater
Mas, frustar-me hei
sei o que me fez ser
ou, simplesmente, não
me enlaço nessa confusão
demonstrado como uma pessoa rasa
essa carcaça morta me abraça
o corpo de um homem
mortopelo ego

⁠adornado e mobiliado por ossos
retirado dos mais vazios mortos
raspados pelo erronêos lados
atirado a um feio poço
tomado por heróis martirizados
todos sacrificados
pela honra de homens desonhorados
me vejo neles
que fui tentar ser amado
por algo tão desalmado

há venenoso dardo que foi
ornamentando por um cara falso ⁠
que de certo é um pretensioso bardo
desviado por falsos méritos
mentiras de um tom raro
ele diz ser dono de 500 cavalos
que mentira! se muito tem um aviário