Questionar-se dava uma sensação muito melhor do que saber a resposta.
- Tudo está mudando. Tudo vai ser diferente.
As coisas já tinham mudado... de mais.
Ser o centro das atenções deu a Phoebe um prazer nervoso.
Ele se fora para sempre, mas estava em toda parte. Parecia um milagre.
Uma mesmice mortal se abateu sobre eles.
Aos poucos, a turma da vizinhança começou a se dispersar, e Barry se recolheu ao seu quarto, atormentado pelo fracasso.
Ao lado dos registros vívidos da infância da sua irmã, a própria existência de Phoebe parecia indefinida, e isso a confundia e a enfurecia.
Ansiava por qualquer vislumbre que pudesse capturar da própria vida refletida de volta para ela.
Tinha medo dela. E Faith, depois daquele dia, já não parecia mais sentir medo de nada.
Aos olhos de Phoebe, a mãe ainda estava de luto, e ela gostava da segurança que isso passava, como adormecer sabendo que a outra pessoa sempre estará acordada, vigiando.
O que importava não estava ao alcance dos olhos
Precisava de sua família novamente.
Ela nunca se sentiu tão feliz
Mas era a solidão que a matava. Tinha dias em que só queria falar com alguém. Em vez disso, repetiu as mesmas memórias em sua mente, acrescentando novos detalhes, mudando alguns, tentando manter unidas as peças do seu passado.
Será que ele sente algum remorso? Será que se importa? Duvidava disso.
Os olhos da criança nunca deixaram os seus
Estavam ligadas por alguma força estranha e poderosa
Por dentro ele já estava morto
Estou me sentindo um grande impostor porque deixei toda a minha vida para trás e ninguém sabe disso.
Esponjar-se na lama não é a melhor maneira de ficar limpo.