O amor é apenas
um sinônimo das nossas
conveniências.
Amar é como fumar um cigarro
Te acalma,
te relaxa,
te faz viajar,
mas te mata um pouco a cada dia.
Tenho um profundo desprezo pelo que
a humanidade se tornou.
Hoje somos tão artificiais quanto os produtos
Que usamos, você diz um “bom dia” e um “eu te amo”
Com uma facilidade que está na palma da sua mão,
Mas quando é para encarar a realidade olho no olho
Você treme.
Eu nunca precisei encarar o abismo,
Ele sempre esteve aqui dentro de mim.
Eu ainda escuto as mesmas músicas
Ainda amo um café amargo e forte,
Ainda saio de casa, tomo uns drinks e
Passeio aos finais de tardes,
Ainda leio bons livros,
Ainda faço as mesmas coisas,
Meu coração, porém, não é o mesmo
Há algum tempo.
Somos apenas o resultado
De todos os nossos traumas.
Muitas pessoas temem a morte,
Pobres coitadas.
Não fazem ideia de que a vida é muito pior.
Nossa vida é apenas uma queda em voo livre
E todos vamos atingir o chão.
A madrugada sempre será daqueles
Que sabem ser sozinhos.
O que te prendeu?
Foram as raízes da insegurança
Ou a ancora de fardos passados?
Os cacos do meu coração partido,
Hoje são as armas que uso para enfrentar o mundo.
Tem sempre uma esperança morrendo dentro de nós.
Eu ando por aí, eu observo o mundo e as pessoas,
eu as ouço, eu as vejo, eu as sinto e noto os seus semblantes tristes.
E então eu chego conclusão:
Há mais pessoas mortas andando pelas ruas
do que enterradas nos cemitérios.