Coleção pessoal de franebert
Poeminha Sentimental
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
Hoje eu choro. Pois percebi que o mundo não é mais cor-de-rosa, o significado do amor foi apagado. Na vida existe o bem e o mal, mas se amor ainda fluir o bem ganhará, só que não flui, daí o mal sempre ganha. Eu gritei. No meu mundo era tudo perfeito, dominou-se um sentimento ruim, agora mesmo sem eu querer choro sempre, grito sempre. Mas não sei realmente por quê. Sei que o mundo não pode voltar, mas eu posso continuar tentando. Na ignorância do homem é que se perde o brilho do amor. E na virtude de quererem mudar é que se vê que não tem forças e desistem. A desistência os leva a deixar o amor e estragar os sonhos. Felizmente, existem aqueles em nosso meio que fazem do amor um estilo de vida, no qual se renova a cada dia na certeza de uma esperança. Se todos fossem assim, eu não choraria mergulhada em ódio, mas riria com o esplendor de um pássaro que se liberta a cada dia com se não restasse nenhum segundo cortando os céus azuis numa manhã de verão.